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Mão preta, alma branca
Agora que desfilas de mãos dadas com as crias do senhor
a luz do dia
Agora que te embriagas de luz e torna-te possível em seu
banho de luminosidade
Agora que mergulhas no vale das sombras e reapareces
intacto e luminoso
Agora que quebrastes os contornos paradoxais
de tua invisibilidade
Agora que as reparações as ações as cotas
derrubaram as comportas a ti voltadas
Resta-te agora quebrar as barras férreas da jaula
que aprisiona a tua alma
Resta-te agora romper os elos metálicos das algemas
que amarram o teu espírito
Resta-te agora rasgar a mordaça incômoda que trava
a auto-referência de tua razão
Resta-te agora sacar a viseira densa que separa a tua mente
de tua cara preta do espelho
Nelson Maca - poeta Local engavetado!
Do livro Pan África - Volume 3 de minhas obras incompletas
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sexta-feira, 17 de abril de 2009
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