segunda-feira, 29 de agosto de 2011

LÃNÇAMENTO; Leo Soulza / Mixtape Lute

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LANÇAMENTO/ Mixtape Lute!
Leo Soulza

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Sarau Bem Black
Sankofa African Bar - Pelourinho

Quarta-feira, 31/08/2011 / 19h:30min

Com Pocket-show de Leo Soulza

Mixtape Lute: R$5

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Leo Soulza

Em 1998 começou a trajetória musical de Leovaldo de Souza Lima, mas conhecido como Leo Soulza. Começou cantando Funk, inspirados nos Mcs cariocas Suel & Amaro, Márcio & Goro e Claudinho & Buchecha. Logo depois participou da formação do grupo Pop romântico “Grupo Áureos”, se apresentando nos colégios do Cabula e redondezas, além da cidade de São Gonçalo dos Campos. Começou então a fazer seu trabalho solo no Estúdio 3 H.O.T.S. (Three Heads On The Studio), que lhe rendeu a oportunidade de fazer uma participação com o grupo de Rap Elemento X.

Depois dessa participação fez parte de um dos grupos mais conhecido no cenário hip hop baiano que foi Afrogueto, fazendo diversos shows, inclusive dois deles com os Racionais MC’s. Junto com o Afrogueto, participou da final do IV Unifest (Festival Universitário de Música) na Concha Acústica. Fez participações também nas músicas “Curtindo um barato” que é o primeiro Single do grupo de Rap Loquaz e “Fale-me de amor” uma das faixas do CD do grupo 157 Nervoso (hoje “Niggaz 157”).

Atualmente acompanha o Mc Daganja, um rapper conceituado no cenário baiano, que lançou seu primeiro CD solo - Entre Versos e Prosas - no final de 2008. Desse projeto surgiram várias apresentações, incluindo o Carnaval 2009 no Circuito Osmar com Trio Bahia Sound System, homenageando os Sound Systems, junto com O Quadro e Sound System do Ministério Público. Com Daganja, participou do primeiro single do próximo CD do gangueiro, “Outra Vida”. E ainda participou do Vídeo clip com a música “Vai Buscar”, lançada em agosto no ano (2010) na MTV. Faz algumas apresentações com MC Armeng e Dj Leandro.
Tem seu trabalho solo voltado para o Rhythm and Blues (R&B) e Soul, inspirando em Usher e

Chris Brown, Ne-Yo, Brian Mcknight, Jeremih, Tyrese e outros. Já lançou o Single Basta Então da “Mixtape Lute” gravada nos Estúdios, Freedom Soul Record´s, Estúdio Coro de Rato e no Studio V.i.l.l.a. bem aceito na cena sopteropolitana. Acaba de lançar (agosto) a "Mixtape Lute".

Contatos: 71 8848-7661

Mais informações: www.soundcloud.com/leosouza

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sábado, 27 de agosto de 2011

o Maquinista Buzo faz um convite

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do conto à poesia

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Avisa a favela, chegou o grande dia. É "nesta" terça-feira no Bixiga. Lançamento do meu oitavo livro "Do Conto à Poesia"

Conto com a presença dos amigos (as) pra tornar essa noite inesquecível. Lançar um livro é responsabilidade e um momento único.

Dedico esse livro a todo mundo que mora no Itaim Paulista. A todo mundo que pega o trenzão da Linha Variant. A todos os coletivos literários da cidade de São Paulo que promovem saraus por toda cidade. A todos os poetas e poetizas que frequentam esses saraus e estão escrevendo a história. Ou melhor, reescrevendo. Agora a nossa versão dos fatos.

Porque a periferia ainda tem violência sim, mas também tem homens, mulheres e livros.
O momento é de festa, venha fazer um brinde.

Alessandro Buzo
escritor

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Fonte: www.buzo10.blogspot.com
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ENTREVISTA / Ângelo Flávio

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ARTE NEGRA REBELADA

Entrevista / Ângelo Flávio



Num misto de respeito e admiração, alegria e comoção, conversei com o consagrado negro ator, diretor e ativista soteropolitano Ângelo Flávio. Às vésperas do ATO ARTE NEGRA REBELADA, que acontece amanhã (26/08/20011) no centro Histórico de Salvador, ele nos fala de sua condição e da sua arte na cultura local e nacional. Comenta as razões de ter convocado esse ATO de reflexão interna e tentativa de retomada de diálogo com a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Artista inquieto, ativista combatente e ser humano sensacional, Ângelo Flávio não perde a esperança e nunca deixa de lutar pelo que acredita. Apesar de jovem, ele já aparece na nossa história como mais um caso de grandes artistas do teatro baiano e brasileiro injustiçado pelas políticas culturais que insistem em negar hostilizar ou simplesmente invisibilizar as produções artísticas com fundamentos e linguagens divergentes centradas em matrizes africanas e da diáspora negra. Mas toda a indignação de Ângelo Flávio, como as de outros que viveram e vivem seu negro-drama ao transitar na condição do “outro-estranho” pelo racismo brasileiro – popular e institucionalizado - se transforma em arte e rebeldia. Sempre. Nem elogios eloquentes nem prêmios da casa grande conseguem dobrar esse moço que, definitivamente, não nasceu para aceitar ser o “negrinho” que deu certo se, para ser aceito simbólica e materialmente (como ainda não foi), tiver que ser cordial, submisso ou então cego, surdo e mudo (aos dramas de sua comunidade) para se firmar e manter nas luzes da ribalta. As amarras de seus pés, mãos e mente foram desfeitas pela sua compreensão da força e efetividade do movimento negro. É comovente vê-lo falar da importância dos blocos afros e afoxés em sua adolescência. Não era de se esperar menos de alguém recebido com afeto familiar na própria casa de Abdias Nascimento, para um almoço que celebrava a alegria do encontro e, ao mesmo tempo, a continuidade da resistência do Teatro Experimental do Negro. Compartilhar lágrimas e risos pelo nosso povo tão violentamente tratado neste Brasil chamado Exclusão que herdamos historicamente foi o que aconteceu lá na casa do Mestre Abdias. E é que acontecerá no ATO ARTE NEGRA REBELADA.
África - One People - One Love!!

Nelson Maca - Blackitude.Ba
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Nelson Maca - Você pode nos falar um pouco do Coletivo Abdias Nascimento? Que tratamento o CAN tem recebido das políticas culturais do estado?

Ângelo Flávio - Entrei na Escola de Teatro da UFBA em 2000, isso porque um professor da Escola de Teatro da UFBA, Prof. Paulo Cunha, me emprestou o dinheiro para a inscrição. Passei de primeira no curso de direção, que aprovava, por ano, somente 10 alunos, e eu era o único negro da turma. O Coletivo Abdias Nascimento (CAN) nasceu na Escola de Teatro da UFBA em 2002, nasceu da insatisfação de ver que os estudantes negros e negras estavam fora da cena. Não protagonizavam as peças em cartas e nem produziam um discurso descolonizado. Então inspirado em Abdias, que criou o TEN – Teatro Experimental do Negro em 1944, formei um Coletivo de Estudos e passamos a discutir a constante ausência do protagonismo negro na cena Baiana e Brasileira, assim como, o ausente conteúdo epistemológico dos negros brasileiros e da Diáspora na grade curricular da Universidade. Depois formamos uma Cia Teatral. A formação atual do grupo são de atores, atrizes e técnicos profissionais, que desenvolveram sua capacitação no cotidiano de pesquisa do fazer Teatral com a Cia e fora da mesma. Com apenas 5 anos de existência recebemos prêmios enquanto Grupo e Atores e indicações à prêmio enquanto direção e dramaturgia. Uma conquista sem dúvida. Mas assim, como diversos coletivos teatrais negros, sofremos o risco de acabar, por falta de incentivo, de políticas públicas específicas para grupos de resistência Cultural. Nós nunca recebemos um centavo do Estado ou da União para produzirmos nossas montagens. E do que nós falamos? Falamos da dificuldade que o povo negro tem encontrado para re-existir física e simbolicamente no Brasil pós Abolição.

Pergunta - Sendo um artista consagrado nos palcos da Bahia e do Brasil pelo exímio trabalho - de equilíbrio técnico, estético e ideológico – qual seria a seu ver essa falta de “amparo” que você e outros artistas do seu porte sofrem no Estado

Ângelo Flávio - Gentileza sua. Vou responder isso com uma pergunta. O que faz com que estados como o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo contratem meu trabalho artístico e Salvador não? Eu nunca fui convidado para dirigir uma leitura dramática na terrinha. E isto é político!! O que penso e proponho artisticamente ameaçam o tráfico de influência e o clientelismo que imperam no setor cultural e sócio-econômico em nosso estado e poaís. Todos os meus espetáculos eu investi verba independente para produzi-los. Zigmunt Bauman está aí para elucidar a construção das redes e a liquidez das relações . Luto por uma rede que ainda está desassistida sócio-economicamente, e pago um preço alto por isso. O mundo parece me dizer não se pode lutar contra o sistema. Insisto e digo: me deixem ao menos sonhar.

Pergunta -
Por que você optou por ser um artista “militante” mesmo sabendo o quanto essa escolha “atravanca” sua carreira artística

Ângelo Flávio -
É o que me pergunto todos os dias. (risos) Acredito que seja espiritual. Eu fico profundamente mal quando vejo um mendigo, quando vejo a cara da fome e do abandono social. Quando vejo o futuro dilacerado nos olhos de uma criança. Eu vejo e o que vejo me dói, então eu grito. Meu grito é humano e minha ação que é militante. Nada me atravanca, estou em fluxo. Podem cessar o fluxo do acesso ao capital - como têm feito - mas não podem atravancar o fluxo da libertação, da emancipação da consciência. Acredito que do mesmo modo que houve uma organização para extrair do povo os seus direitos primordiais à vida digna, levando-os a miséria absoluta, temos o dever de nos organizar, para garantir uma vida cada vez digna para todos e todas indiscriminadamente.

Pergunta -
Qual a importância do movimento negro em sua trajetória de artista e cidadão?

Ângelo Flávio -
Quando recebi o Prêmio Braskem de Teatro na categoria ator-coadjuvante em 2004, fiz um discurso em defesa da inclusão de mais negros e negras no mercado cultural da cidade e do estado. Os diversos setores do Movimento Negro me fizeram uma linda homenagem, mapeando a Escola de Teatro com várias faixas em minha homenagem. Sou profundamente grato e lisonjeado por isso. Eu sou um menino criado na Baixa de Quintas, Liberdade, Pau Miudo, Cidade Nova e Caixa Dágua. Subia a ladeira do pelô para ver o Olodum, com as calças acima da sintura, bem “Brau”. Lá ouvi as canções libertárias do Olodum; na Liberdade ouvia as do Ylê Ayê, do Muzenza; no Pau Miudo as do Amantes do Reggae... Ouvi muito Edson Gomes, e adorava ir para os ensaios do Olorum na Caixa Dàgua. A Arte Negra me sinalizava uma realidade e profetizava uma união pela igualdade. Fiz muitos movimentos de maneira solitária. Lembro que uma vez, aos 18 anos, subi em um ponto de ônibus na Praça da Sé, no dia 20 de novembro, e comecei a falar das desigualdades sociais em que viviam o povo negro com as palavras que me vinham ao coração. Muitos me diziam desce daí maluco! Outros poucos ouviam silenciados. Quando desci foi um vazio muito grande. Chorei muito. O Movimento Negro que tinha contato eram os grupos musicais afros. Hoje lamento muito o fato deles, por um mecanismo de sobrevivência, terem virado outra coisa. Mas compreendo a mutabilidade da vida. Outras coisas vieram também, com outros olhares e outras sedes. Na UFBA conheci e me integrei ao Atitude Quilombola, aprendi muito com ele e, em particular, com Kleber Rosa e Valter Altino. Lembro da força expressiva de Vilma Reis do MNU em debates na Residência Universitária. A galera do NENU, MAKOTA, UNEGRO, enfim. Agradeço aos Movimentos Negros a formação do olhar mais humano para as questões de gênero, de homofobia e de direitos humanos.

Pergunta -
Como você definiria a Arte Negra da Bahia hoje?

Ângelo Flávio -
Podemos compreender como Arte Negra uma arte produzida por negros ou que tem na sua estrutura precisos traços simbólicos das matrizes africanas. Do ponto de vista diaspórico, uma vez que o povo negro foi capturado da África, espalhado pelo mundo e submetido a uma cultura de tradição hegemonicamente europeia, há na sua manifestação artística um caráter de resistência cultural através de uma memória afro-dialógica. Podemos, também, entender que o adjetivo Negra para o substantivo Arte torna-se político, quando há uma tentativa de re-significar a sua identidade Negra frente à cultura nacional unificadora. Foucalt aponta um tipo de poder que ele chama de “poder disciplinar” que possibilita a nós fazermos uma leitura do sujeito pós-moderno na trágica tentativa de afirmar sua identidade em um mundo globalizado. Milton Santos já fala disso muito bem. Então a Arte negra na Bahia e no Brasil é sinônimo de resistência e re-significação Cultural. Sim somos parte integrante da identidade nacional, mas ainda operacionalizamos na margem da cultura oficiosa e, quando somos integrados, é sob o formato alegórico, folklórico e carnavalesco. O Estado tenta resumir A Arte Negra às manifestações populares, que hoje, sem o dinheirinho estatal, que compram o sorriso de um povo que vive na absoluta miséria, e que são obrigados a sorrir e dançar vestidos de chita, de calça de capoeira, vestidos de baianas, de palha de bananeira, com rezas emboucadas ao lado vereadores, deputados e governadores, isto para o ganho do mês. A Arte Negra é conceitual, ela procura identificar e traduzir os signos da negrura espalhados espontaneamente no corpo do estado e confrontá-los dialeticamente com o que chamamos de civilizado.

Pergunta -
O que representa a Arte Negra para a Bahia e como a Bahia tem tratado sua Arte Negra?

Ângelo Flávio -
Precisamos fazer uma breve retomada histórica. Segundo Christine Douxami, os negros sempre estivaram presentes nos palcos dos teatros no Brasil, mas quando o teatro deixa de ser marginalizados, os negros começam a ceder lugar para os atores bancos pintados de preto. Aconteceu exatamente isso aqui, em salvador, em pleno século XX, num espetáculo do TCA. Depois de Abdias Nascimento, com a criação do Teatro Experimental do Negro em 1944, o cenário tende a mudar. Abdias questiona o protagonismo negro em todas as esferas, para além da cena teatral, e fomenta grandes discussões acerca do teatro negro, da dramaturgia negra e das políticas para arte negra em geral. Thales de Azevedo relata a dificuldade dos negros em fazer teatro desde 1950 em Salvador, Ele afirma a contundente resistência cultural da cidade aos grupos negros com a inquestionável falta de apoio. A Escola de Teatro da UFBA surge em 1956, daí vemos emergir atores como Mário Gusmão em 1958 - na peça O tesouro de Xica da Silva - e em 1959 , quando a Escola monta o Auto da compadecida de Ariano Suassuna é que Mário se destaca. Em 1971 Godi apresenta a mesma peça. Importante lembrar que na década de 70 o Brasil vivia uma organização contra a ditadura militar vigente, a burguesia questionava o imperativo do poder e nunca se preocupou em discutir as políticas reparatórias para a negritude escravizada. O teatro era o veículo para fomentação das discussões através da provocação estética, daí surgem grupos como o Teatro Negro na Bahia (TENHA/ 1969) que foram considerados racistas pela imprensa e elite baiana; Palmares Inaron (1976), Grupo de Teatro do Calabar (1983), Quintamci (1994), Bando de Teatro Olodum (1990) , o CTP do SESI (1991) entre outros grupos que, assim como o Coletivo Abdias Nascimento (CAN -2002), tiveram que resistir ao injusto confronto reacionário das elites baianas que detém o poder estatal e privado no estado. Então, O CAN é o primeiro grupo de Teatro Negro na Bahia, não sei se no Brasil, com formação superior - dentro da Escola de Teatro da UFBA. E isso é um avanço, mas se configura como atraso quando percebemos a ausência de apoio para que este sobreviva, criando mecanismos de pesquisas e registro da tecnologia teatral temática.

Pergunta -
Só pra citar dois casos recentes: Luís Orlando da Silva agonizou no corredor de um hospital público e Neguinho do Samba teve seu último atendimento médico num postinho de saúde. Não dá nem para pensar o cinema e a música negra na Bahia recente sem destacar a presença de ambos! Existe alguma outra perspectiva de futuro para os artistas negros que optam pela base que não seja enlouquecer ou agonizar em praça pública como Mario Gusmão, Sérgio Participação e tantos outros?

Ângelo Flávio -
Temos o dever de pensar que SIM, pois do contrário morrerá em nós, toda e quaisquer prospecção de um futuro melhor para todos e todas. Para isto é preciso não deixar os nossos ideais morrerem com o colapso da individuação capitalista, cujo o “salve-se quem puder” pauta paradigmas egóticos que se contrapõe aos direitos humanos. Precisamos nos mirar nas nossas conquistas, para sonharmos as possibilidades de um futuro. Eu tenho fé!

Pergunta -
O que é e o que pretende exatamente o ATO ARTE NEGRA REBELADA que acontece em Salvador na sexta feira, 26/08/2011?

Ângelo Flávio - É exatamente isso. É um grito de alerta ao estado e à sociedade civil, para não morremos simbólica e fisicamente. É um grito de beleza frente à barbárie banalizada. Estamos penando para re-existir frente ao massacre físico, simbólico e cultural do povo negro. É preciso um redirecionamento do olhar dos poderes públicos e da sociedade civil para com a produção artístico-negra da cidade. No carnaval temos os piores horários para o desfile, recebemos a menor verba e os menores incentivos da rede privada que reloca a verba pública para a cultura. Mas que Cultura? A cultura que as elites querem prestigiar, a cultura dos grandes camarotes, do Chiclete, de Ivete e outros etes. Na literatura, nas artes plásticas, na dança e nos teatros não há políticas públicas para garantir uma permanência de produção, mas paliativos sustentados a preços da miserabilidade artística. A falta de apoio estatal e privado (verba pública) para as Artes Negras promove uma falta de qualidade técnica e artística que atingem diretamente o povo baiano, gerando assim uma baixo auto-estima do povo negro, uma atrofiação cultural e morte simbólica da memória de um povo.

Pergunta -
O ATO está sendo convocado pelo Fórum Estadual de Performance Negra. Por quê? O que é o Fórum?

Ângelo Flávio - O I Fórum Estadual de Performance Negra da Bahia é um desmembramento do Fórum Nacional de Performance Negra. Ele surge da necessidade de discutir a democratização das verbas públicas, antes concentrada de forma viciosa nas mãos da elite braco- brasileira, com outros agentes que também congregam e desenham a cultura nacional, neste caso, os artistas negros. Assim foi criado o fórum baiano, por entender ser imprescindível a discussão das políticas culturais Nacionais e locais para a comunidade negra e, através disso, levarmos as nossas questões e proposições para o debate Nacional. Representamos cerca de 38 grupos de performance negra, entre companhias de teatro e dança negros do país, assim como experiências como as do movimento Hip-Hop, até então catalogados em todo Estado da Bahia.

Pergunta - Como foi o processo de articulação do ATO e qual sua expectativa para a próxima sexta-feira (26) quando essa ação toma corpo no Centro Histórico?

Ângelo Flávio - Acredito na possibilidade da construção. A Arte Negra é um bem e um direito de acesso de todos nós. Por isso espero não somente os artistas negros, mas toda a sociedade civil organizada que entende a importância da diversidade cultural para o livre trâsito de um imaginário descolonizado. A articulação do ato se deu dessa forma, com artistas, professores, historiadores, advogados, setoriais do Hip-hop... Em uma consulta propositiva de uma efetiva construção.

Pergunta -
-Vivemos hoje um governo que surge como aquele que veio por um fim ao centralismo “carlista” da política e da cultura. Você vê algum avanço... ou retrocesso... na política cultural da Bahia com relação às produções da Negritude crítica?

Ângelo Flávio - É dialético. Sendo breve, acredito que avançamos com a descentralização econômica para a cultura, mas retrocedemos com a máquina burocrática que emperrou o fluxo das produções de maneira geral. A esquerda tem visto a arte negra da mesma forma alegórica que a direita, a diferença é que a direita pagava melhor, mas poucos acessavam.

Pergunta - O Secretário da Cultura do Estado, Albino Rubim, tem conversado pessoalmente com grupos de artistas e produtores “apagados” historicamente pelo Estado; e outros “desacreditados” ou mesmo “rebelados” contra as políticas culturais da Bahia. Participei de duas dessas reuniões e ainda me perece cedo para observar ações efetivas desdobradas desses encontros positivos. Qual sua expectativa para com esse gestor?

Ângelo Flávio - Não tenho nenhuma opinião formada em torno de Albino, sei que ele é do PT e professor da FACOM-UFBA. Até que suas ações nos provem o contrário , “ andar com fé eu vou”! Me preocupa somente o fato de muitos dos nossos intelectuais perderem espaço de um pensamento livre para diálogo propositivo com o Estado, sendo incorporado como o Estado. Mas isso é faísca, fogo é outra coisa.

Pergunta -
Que experiência seu convívio com Abdias Nascimento lhe trouxe?

Ângelo Flávio -
A perspectiva de ser uma continuidade de um sonho possível! De amar fraternalmente a humanidade, assim como Gandhi e Mandela. Ele preparou um almoço especialmente pra mim, em sua casa no RJ, choramos juntos, lamentando os abutres que ainda sobrevivem sobre a fomentação da miséria alheia.

Pergunta -
- O que faria o inquieto Ângelo Flávio se sentir em equilíbrio com o mundo e com ele mesmo?

Ângelo Flávio -
Vou montar um espetáculo falando sobre o nascer do sol!!!

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ATO “ARTE NEGRA REBELADA”

Sexta-feira - dia 26 de agosto de 2001
Concentração: Escadaria do Gerônimo (Paço) às 13h:30moin
Articulação: Fórum Estadual de Performance Negra da Bahia


Todos e todas que entendem a necessidade e urgência de nosso ATO REBELADO que repassem estas informações para suas listas - ou divulguem como souberem e puderem - e que participem da construção desse dia que será ímpar para retomada da questão da produção da ARTE NEGRA LIVRE na Bahia pelos seus próprios Agentes: Artistas, Produtores, Incentivadores, Patrocinadores, Apoiadores, Gestores, Estudiosos, etc e etc. Ainda mais importante é sua presença na sexta (26), dia da RENASCENÇA de nossa contestação em tempos de uma crescente estratégia oficial de "engessamento" geral de nossos Artistas, Ativistas e Simpatizantes.

Prestigie também o www.bahianarede.com

Sempre com todo respeito às causas que me-nos comovem!!

Nelson Maca -
Blackitude: Vozes Negras da Bahia & Sarau Bem Black

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

LANÇAMENTO/ Letramentos de Reexistência (Hip Hop)

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Sarau Bem Black


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LANÇAMENTO
Letramentos de Reexistência
poesia, grafite, música, dança: Hip Hop

de Ana Lúcia Silva Souza

Sankofa African Bar - Pelourinho
Quarta-feira, 24.08

19h - Bate-papo com a autora seguido de apresentação do livro e noite autógrafos
20h - Noite de poesias do Sarau Bem Black

Com Heider Gonzaga, Lázaro Erê, Lucinha Black Power,
Luiza Gata, Nelson Maca, Robson Véio e Zezé Olukemi

Dj Joe toca KRS-One!

Venha e traga seu poema!
A Vibração Poética da Blackitude é Positiva!!

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Letramentos de Reexistência aponta para a diversidade de práticas letradas que conformam a realidade brasileira e confronta as grandes desigualdades existentes entre grupos, segundo sua origem social, escolaridade, inserção profissional, faixa etária, gênero, raça. Mostra também que a compreensão dessa complexidade e, principalmente, as possibilidades de mudança nas práticas letradas dos sujeitos são reais.

Ana Lúcia Silva Souza demonstra aqui a complexidade dos letramentos quando em meio a atividades culturais e políticas, nas interações por meio da linguagem no movimento cultural hip-hop, ela se alia a sujeitos que descobrem, localizam, apontam, propõem, agem e ensinam outros a agir. Nesse movimento, eles reinventam e conjugam os letramentos da vida e o da escola. Desse modo, em Letramentos de reexistência, vemos uma escola contestada, mas também deslocada a favor dos jovens, quando eles conseguem repensar e atribuir sentidos sociais à instituição.

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Levante dos Artistas Negros da Bahia Preta

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Arte Negra Rebelada

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Carta Conclamatória

O
FPNB - Fórum de Performance Negra da Bahia que representa cerca de 35 grupos entre Cias de Teatro e Dança Negros em todo Estado, junto a outros grupos e ativistas do movimento negro, conclama a sua participação no ATO público “ARTE NEGRA REBELADA” na sexta feira dia 26/08/11 às 13:30 A concentração será na Escadaria de Gerônimo, Pelourinho – de onde os manifestantes partirão até a rua Chile.

PRÓPOSITO

O Ato tem o propósito de ALERTAR a sociedade e as autoridades do ESTADO e União sobre a histórica e discriminatória ausência de políticas públicas efetivas para a produção do teatro e da dança negra em Salvador e no estado da Bahia. O Ato será de caráter lúdico, com recital de poesias e leitura de seu manifesto coletivo. Para demonstração de nossa unidade em solidariedade nessa ação, solicitamos a todos e todas que venham trajados de BRANCO e tragam sua poesia em forma de protesto!!


DIÁGNÓSTICO

Para não irmos muito longe, façamos um recorte de 20 anos pra cá. Os grupos de formação negra que receberam incentivos do Estado para produção artística em teatro ao longo de duas décadas não ultrapassam do número ínfimo de 5;
· Os Festivais de Teatro em todo o país - e principalmente na Bahia - alijam as produções negras da programação oficial, inviabilizando com isso a dinamização e intercambio cultural dos artistas negros; · As produções negras de modo geral tem investido verba independente na sua execução de seus respectivos produtos culturais; · A contínua falta de investimento dificulta a qualidade das produções negras, gerando com isso uma baixa estima nos artistas envolvidos – bem como descrença aos que pretendem investir em sua vocação artística essencial. Em muitos caosos, esse descrédito geral do Estado leva-os a desempenhar outras funções, desistindo do fazer artístico, causando, assim, um extermínio cultural; · O cachê oferecido aos artistas profissionais negros ainda são relativamente menores que aos brancos. Basta uma auditoria salarial séria para se constatar, também, que os percussionistas recebem o menor salário da banda, que os bailarinos de matriz africana recebem menos que os bailarinos de tradição Européia, assim como o movimento hip hop, artistas negros do reggae, entre outras performances artísticas e culturais negras.

IMPACTO

A Arte é um patrimônio cultural da humanidade e reflete a identidade do seu povo. Nem só de pão vive e prospecta o homem, a mulher e a criança, mas de poesia também! Se não houver negros em cena – e no imaginário - será trágico para todos os povos mas principalmente para o povo negro !!!


Atenciosamente, FNPB - Fórum de Performance Negra da Bahia

Contatos: 71 – 8882 4601 / 9111 4825
88469414 / 86447525 Salvador, Agosto de 2011

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Peço a todos e todas que entendem a necessidade e urgência de nosso ATO REBELADO que repassem esta carta para suas listas de e mail - ou divulguem como souberem e puderem - e que participem da construção desse dia que será ímpar para retomada da questão da produção da ARTE NEGRA LIVRE na Bahia pelos seus próprios Agentes: Artistas, Produtores, Incentivadores, Patrocinadores, Apoiadores, Gestores, Estudiosos, etc e etc. Ainda mais importante é sua presença na sexta (26), dia da RENASCENÇA de nossa contestação em tempos de uma crescente estratégia oficial de "engessamento" geral de nossos Artistas, Ativistas e Simpatizantes.

Sempre com todo respeito às causas que me-nos comovem!!

Nelson Maca
Blackitude: Vozes Negras da Bahia & Sarau Bem Black

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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Veja isso! É muito importante para nós também!

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Quarta é dia de Sarau Bem Black!

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HOJE TEM Sarau Bem Black

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Sankofa African Bar - Pelourinho

19h:30min - Cocentração

20h - Muita Poesia!!

Com: Heider Gonzaga, Lázaro Erê, Lucinha Black Power,
Luiza Gata, Robson Véio, Zezé Olukemi

Dj Joe toca a incrível Nneka (Nigéria)


Venha e traga seu poema!
A Vibração Poética da Blackitude é Positiva!!

Nelson Maca


Quem é Nneka?

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Yuri e Nelson Maca no cd do "in.vés"

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Cada único - Grupo Inv.és - Part. Nelson Maca



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Eu Amo meu Cabelo!

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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sidney Rocha Manda Avisar:

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A ACNF – Associação Cultural Nova Flor
& VáriasKeixas Produções

Promovem:




Marcus Garvey em Debate
“ Um Povo, Uma Luta, Um Destino!”

6ª Edição



A Associação Universal Para Melhoria do Negro – UNIA
Fábio Nascimento (Coordenador do Centro Cultural Quilombo Cecília / Pós Graduando em HistóriaAfricana - Ucsal),

A Independência do Haiti
Márcio Paim (Mestre em História - Ucsal-Ufba)

Liberdade, Redenção e Repatriação Internacional
Ricardo Cruz (Representante do Movimento Rastafari)

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20 de Agosto de 2011 (Sábado) / 14:30

Local: Sankofa, Rua Frei Vicente, 07, Pelourinho
Entrada Franca


Informações: 9205-5231 / 8648-0684 ( Sidney Rocha)
quilombocecilia@ig.com.br

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sábado, 13 de agosto de 2011

A Festa Afrobeat - II Edição

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A Festa Afrobeat

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A Festa Afrobeat é uma festa temática de músicas Afrobeat: um mix de percussão africana com jazz, highlife, funk, soul e cantos tradicionais africanos, resultando em ritmos únicos e contagiantes.

Considerado um dos mais expressivos ritmos contamporâneos do continente africano, o Afrobeat foi criado pelo multi-instrumentista nigeriano Fela Kuti no final dos anos 1960 e, desde então, vem sendo difundido pelo mundo. A partir de Fela Kuti, diversas bandas e artistas, sobretudo dos países Ghana e Nigéria, produzem essa música, que se converteu num fenômeno mundial.

A segunda edição d'A Festa Afrobeat, comandada por DJ Sankofa, e que traz a participação de Nelson Maca, apresenbtará músicas dos mais importantes e excitantes artistas e bandas do Afrobeat e afins, sempre com homenagem ao Black President Fela Kuti, que sempre incorporou, em suas surpreendentes e pulsantes músicas, uma forte crítica social.

A Festa Afrobeat ocorre, mensalmente, no Sankofa African Bar, casa ambientada ao estilo e sempre regada de músicas dançantes.
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FICHA

Onde: Sankofa African Bar - Pelourinho
Com: Dj Sankofa / Participação: Nelson Maca
Quando: Sexta, 26 de Agosto de 2001, 22h
Entrada: R$ 15

Realização: Sankofa - Blackitude

(DIVULGAÇÃO)


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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Axé de um Cabra Foda com as Palavras!



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HORA DE ACORDAR
01/08/2011 por MARCELINO FREIRE

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Aí os acomodados dizem assim: a literatura contemporânea está morta.

Nada acontece.

Aí eu pego o meu livro debaixo do braço e viajo.

Olha eu aí, "abaixo", com o Amar É Crime no sovaco, em foto do Fernando Gomes e ave!

Ter participado do Sarau Bem Black, que acontece há dois anos no Pelourinho, em Salvador, me encheu de vigor.

Nelson Maca, na foto comigo, é fera.

É emoção braba. A fala, a poesia dele, a postura, a luta.

Porra!

A casa lotada de DJ, poetas, contistas, tambores… E a palavra solta, desengaiolada. Desengravatada. Sem sonolência.

De fato, para quem coloca a bunda na cadeira e fica bufando letras anêmicas, a literatura deve estar mesmo azeda, sem brilho.

Meus amigos de ofício, acordem já e agora!

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Sem contar, ora, o carinho que recebi de todos lá na Bahia – especialmente da família do Maca. Que abriu a sua casa para me receber com bobó de frango, carne seca, jerimum.

E ainda tem quem se vangloria: de que a sua editora deu um jantar no Fasano.

E é mesmo, mano?

Vai catar coquinho.

Estamos precisando de mais verdade, afeto. Por onde passei, sério, encontrei velhos e novatos leitores. Recebi o respeito de todos. Esgotei livros, reanimei as forças. Tantas coisas que eu trouxe na bagagem.

Viva!

Agradeço a todos que estão comigo nesta nova trilha.

Amorosa e criminosa.

Vamos que vamos e bora embora.

E você, quando vem?

Eu fui faz tempo.

Salve, salve, saravá, amém!


Fonte: www.marcelinofreire.wordpress.com

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***Na humilde, com os pés no chão e a cabeça na luta - SEMPRE, eu só queria dividir a alegria da leitura dessas palavras com vocês!

One People! One Love!

Nelson Maca
Poeta Exu Encruzilhador de Caminhos

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Blequimobiu manda avisar!

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Família de Rua: MG>BA

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Família de Rua na Estrada


Realizando sua turnê de estreia, o Coletivo Família de Rua pega a estrada e desembarca em quatro cidades brasileiras trazendo na bagagem a essência da Cultura Hip Hop e do Skate.

Entre os meses de agosto e novembro de 2011, DJ, MCs, dançarinos, grafiteiros e skatistas invadem diferentes espaços de Salvador (BA), Juiz de Fora (MG), Uberlândia (MG) e Belém (PA) em edições especiais do “Duelo de MCs” e do “Família de Rua Game of Skate” – projetos que há quatro anos fazem muito sucesso nas ruas de Belo Horizonte.

Integrando a programação do Conexão Vivo Nacional, o projeto Família de Rua na Estrada levará a experiência belo-horizontina para diferentes palcos brasileiros a fim de promover um intercâmbio entre artistas do Hip Hop e skatistas de Belo Horizonte e das cidades visitadas e, ao mesmo tempo, contribuir com o fortalecimento da cena cultural (sobretudo do Hip Hop e do Skate) nessas localidades.
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Além dos das apresentações artísticas e competição de skate acontecerão também sessões de bate-papo sobre o processo de organização e produção dos projetos “Duelo de MC’s” e “Família de Rua Game of Skate” seguidas da exibição do documentário “O Som que Vem das Ruas” – filme que resgata a história do Mestre de Cerimônias (MC) da cultura Hip Hop em Belo Horizonte desde a década de 1980 e registra os bastidores da produção do CD homônimo, primeiro produto fruto do trabalho realizado a partir do “Duelo de MCs”.

Assim como o Família de Rua na Estrada, dezenas de projetos musicais de todo o país fazem parte do Programa Conexão Vivo, que reúne shows, festivais independentes, gravação de CDs e DVDs, produção de videoclipes, programas de rádio, oficinas e seminários que compõem uma rede nacional e permanente de atividades culturais envolvendo artistas, gestores e produtores culturais, iniciativas públicas e privadas.

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O Conexão Vivo realiza ao longo do ano um circuito próprio de eventos onde toda essa diversidade de ações acontece conjuntamente. Além disso, o programa também está presente em muitas das mais importantes iniciativas da cena musical brasileira, seja com o patrocínio de projetos ou parcerias artísticas em eventos de destaque no calendário nacional, e outros festivais independentes.

A construção e articulação de redes culturais nacionais, em diferentes segmentos artísticos, é o foco da Política Cultura da Vivo, que tem no Conexão Vivo uma de suas principais iniciativas. Detalhes sobre as outras linhas de atuação e sobre as formas de participação nos Programas Culturais Vivo estão disponíveis no www.vivo.com.br/cultura. E para saber mais sobre o Conexão Vivo, acesse o portal http://www.conexaovivo.com.br/.
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Como Tudo começou

Umas das manifestações culturais mais genuínas surgidas em Belo Horizonte nos últimos anos, o “Duelo de MCs” desde 2007 ocupa semanalmente o Viaduto Santa Tereza (no centro de BH) com o melhor das manifestações artísticas do Hip Hop. A cada noite de sexta-feira cerca de 700 pessoas dirigem-se ao viaduto na intenção de apreciar as habilidades de Mestres de Cerimônias (MCs), B.boys e B.grils (dançarinos), Grafiteiros e DJs, formando aquele que já é um ponto de encontro tradicionalíssimo na cidade. Tudo acontece na rua, num espaço antes degradado e esquecido, que nos últimos quatro anos tem sido revitalizado a partir da ocupação e do trabalho desenvolvido pelo “Duelo de MCs”.

Evento de destaque no cenário Hip Hop de Minas Gerais, o “Duelo de MCs” vem conquistando a adesão de grande público e o reconhecimento na cena artística contemporânea, tendo recentemente protagonizado o espetáculo “Guerra de Estilos”, realizado no Grande Teatro do Palácio das Artes, com grande repercussão na mídia.

Seguindo a mesma linha, em 2008 surge o “Família de Rua Game of Skate”, um campeonato simples, no qual skatistas disputam a melhor execução em manobras realizadas no solo (em chão liso). O Game acontece a cada dois meses, sempre nas tardes do segundo domingo do mês e ocupa o mesmo espaço do “Duelo de MCs”, o Viaduto Santa Tereza, no centro da capital de Minas. Skate, música e diversão são a tônica do projeto, que reúne em média 300 pessoas (entre crianças, adolescentes e adultos) a cada edição.
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Realizador do projeto

O Coletivo Família de Rua é um grupo formado por amigos que acreditam na essência da cultura e das manifestações artísticas urbanas. Para tanto, trabalha focado na promoção da Cultura Hip Hop e do Skate em seus moldes originais, preservando a originalidade e a força presentes na arte e no estilo de vida daqueles que respiram a rua cotidianamente. O coletivo é fruto do “Duelo de MCs”, que ao lado do “Família de Rua Game of Skate” são seus principais projetos.

Os DJs Roger Dee e Junin e os MCs PDR Valentim, Thiago Monge e Ozléo integram o coletivo, que em 2011 começou a desenvolver outros projetos, fruto do desdobramento de suas ações. Logo depois de lançar o CD/DVD “O Som que Vem das Ruas”, em junho de 2011, e começar a circular o Brasil com o projeto “Família de Rua na Estrada”, o grupo prevê o início dos trabalhos para captação do Projeto “Turnê O som que vem das ruas”, aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de MG, e a realização do “Duelo de MCs Nacional”, que promoverá um encontro com MCs de várias capitais brasileiras em Belo Horizonte.


O som que vem das ruas

Sinopse
“Duelo de MCs – O som que vem das ruas”


O documentário “O Som que Vem das Ruas” integra o projeto “Duelo de MCs – O Som que Vem das Ruas”, que traz além do filme um CD com 13 faixas assinadas por Mestres de Cerimônias (MCs) e produtores musicais belo-horizontinos. O trabalho é fruto de três anos e meio de realização do “Duelo de MCs”, encontro da cultura Hip Hop de Belo Horizonte que semanalmente ocupa o viaduto Santa Tereza, no centro da capital, com música, dança, graffiti e muita cultura.

O filme, parceria do coletivo Família de Rua com a G5 Filmes, conta a história do MC da cultura Hip Hop em Belo Horizonte desde seus primeiros expoentes, no início da década de 1980, passando pelas décadas de 1990, 2000, e chegando no que se tornou o “Duelo de MCs”. Além de ser um registro do processo de gravação do CD “O Som que Vem das Ruas” com registros das sessões de estúdio e depoimentos dos artistas participantes.

De fato, o vídeo já é um marco do Hip Hop da cidade, pois se trata de um produto no qual os próprios integrantes da cultura Hip Hop se propõem a contar sua história com amor e propriedade. Participam do filme ícones da cultura de rua da capital como DJ Joseph, DJ Roger Dee, Lili “Black Soul”, Dokttor Bhu, Eazy-CDA, entre outros, além de grandes nomes da cena atual, onde se destacam os MCs Pedro Vuks, Vinição, Din, Kdu dos Anjos e Nil Rec para citar apenas alguns.

Ficha Técnica

Produção: Família de Rua e G5 Filmes
Direção: Daniel Veloso e Eduardo Zunza
Edição e finalização: Daniel Veloso e Eduardo Zunza
Direção Musical: Roger Dee
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FICHA


Família de Rua na Estrada – Salvador 2011

13 de Agosto – Praça Wilson Lins – Pituba
15h – Família de Rua Game of Skate
20h – Duelo de MCs

14 de Agosto – Sankofa African Bar – Ladeira de São Miguel, 7, Pelourinho
15h O Som que Vem das Ruas – exibição do documentário e bate-papo


Contatos Família de Rua
Assessoria de Imprensa – Pedro Valentim
Contatos para Entrevistas
Pedro Valentim (PDR) – (31) 8391 3399
Leonado Cezário (Ozléo) – (31) 8587 7762
Thiago Monge – (31) 8896 5965
duelodemcs@gmail.com – E-mail


Canais
Blog - www.duelodemcs.blogspot.com
Twitter - www.twitter.com/familiaderua
Facebook - www.facebook.com/familiaderua
Bandcamp - http://www.familiaderua.bandcamp.com/

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

LANÇAMENTO / MIXTAPE Yogi Nkrumah

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MIXTAPE - Yogi Nkrumah

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Sarau Bem Black
Sankofa African Bar - Pelourinho
quarta-feira - 10/08 - 19h:30min.

Entrada Franca (cd: R$ 5)


YOGI NKRUMAH

Yogi Nkrumah é rapper e ativista do movimento negro. Poeta e arte-educador, cursa Direito. Aos 16 anos começou sua participação efetiva na Posse Ori (fundada em 1996), primeira articulação do movimento Hip Hop no Estado da Bahia. O contato de Yogi com o movimento Hip Hop foi através do DJ Mjay, no ano de 1993. Esse encontro estabeleceu uma relação que influenciaria por completo a trajetória do jovem negro que sempre buscou discutir e transformar a realidade de sua comunidade. Nesse contexto, foi provocado a escrever seu primeiro Rap, que denominou “Pedaço do Movimento”.

A partir integrou-se social, política e artisticamente ao movimento Hip Hop através do canto falado – O Rap. Em abril de 1998, foi formado o Grupo “Fúria Consciente” com os MCs: Yogi, Abel, Duendy e Mara. Este grupo traz influências pan-africanistas em suas letras. A africanidade é um tema muito explorado pelo Fúria Consciente. Músicas como: “Corrigindo a História”, “Pedaço do Movimento”, “Quem Somos?” e “Mulher Gera o Mundo” influenciaram e colaboraram em planejamentos pedagógicos das escolas públicas, nas quais promoveram a construção de Projetos como “Mulheres em Ação” E “Revendo a História”. Suas letras motivaram pesquisas sobre a História do Negro (a) no Brasil pelos jovens que buscavam suas próprias identidades. Yogi Nkrumah integrou a UPC (Unidos Pela Consciência), em Itapoã, e, depois, a PCE (Posse de Conscientização e Expressão), esta braço do movimento Hip Hop de Lauro de Freitas.




Yogi Nkrumah entende que sua musica e resultado e continuação dos esforços por libertação do povo preto e de combate ao racismo no mundo. Hoje segue sua trajetória em carreira solo. Está lançando sua MIX TAPE pela Freedom Soul Records, trazendo faixas como Bom Brigador, Muitas Vidas, Reaja, De Pilantragem a Pilantragem e Vagabundo Nenhum. Com a produção de DJ Leandro e participação de alguns parceiros (as) incondicionais, tais como: DJ Kiko, DJ Branco, DJ Bandido, Kaos MC, Vivi Akuaba, Clarissa Felix, Hamilton Borges, Advogados do Héu. Todos os irmãos da PCE: Mara, Duendy, Ricardo Andrade, Marcelo Diop, Claudio Ném,Vivian, Luedj, Liu Nzumbi, Giovane Chock Cultural entre outros cúmplices.

Gravações:

Músicas: “Corrigindo a história” Coletânea Valores da Terra- Ano 2000
Fúria Consciente – Álbum “MANIFESTIVIDADE” – Ano 2002
Musica: “Falange Terrorista” , “O bem Invade” - Ano 2003
Musica: “O Tema e o Rascunho” Coletânea Canto do Joanes - Ano 2008
Musica: “Obstáculo” MC Kalibre Ano 2008
Musica: “Auto Defesa” - Campanha nacional de Combate ao Extermínio da Juventude Negra Ano 2008
Artista Yogi Nkrumah – Mix Tape “Yogi Nkrumah” – Ano 2011


Fonte: DIVULGAÇÃO


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