domingo, 1 de setembro de 2013


Escritor mexicano Alejandro Reyes lança
o livro 
Vozes do Porão no Sarau Bem Black
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Evento acontece quarta-feira (04/08) no Sankofa African Bar e terá bate-papo, rodada poética e pocket-show com o rapper brasiliense GOG  
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A literatura produzida atualmente nas periferias brasileiras  é o tema do novo livro do  escritor mexicano Alejandro Reyes,  Vozes do Porão: Literatura Periférica/Marginal no Brasil (Editora Aeroplano), que o autor lança no país. Depois de passar pelo Rio Grande do Sul e São Paulo,  Alejandro chega a Salvador esta semana para uma série de atividades realizadas em parceria com o Coletivo Blackitude – Vozes Negras da Bahia.
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O ponto de partida é o Sarau Bem Black desta quarta (04/08), evento já marcante do calendário da cidade, que acontece semanalmente no Sankofa African Bar, no Pelourinho. Apresentado por Nelson Maca, Álvaro Réu e Mil Santos, participação das poetas juvenis Lucinha Black Power e Luiza Gata e discotecagem do DJ Joe – que esta semana toca raps do GOG. O Sarau, que começa às 19h30, conta com bate-papo, que terá as participações especiais do rapper brasiliense GOG e do poeta paulista Berimba de Jesus. No final da noitada poética, GOG fará um pocket-show.

Esta é a segunda vez que o Sarau Bem Black tem o prazer de receber Alejandro  Reyes. Foi no evento que ele lançou, em 2011, seu premiado romance 
A Rainha do Cine Roma (Leya), que fala sobre meninos de rua e cuja história se passa em Salvador, onde ele morou. Da ficção para o ensaio, Alejandro estudou com atenção a agitação literária que sacode as periferias das grandes cidades brasileiras, com foco em São Paulo.
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Com uma obra também voltada para a marginalidade, ele faz uma análise literária e política deste movimento, alimentada pelas experiências do movimento zapatista e de outros movimentos latino-americanos. Fruto de uma tese de doutorado na  Universidade da Califórnia, o trabalho, explica o escritor, tem “ intenção de contribuir para pensarmos juntos — escritores, ativistas, sonhadores das perifas múltiplas do nosso mundo — como construir alternativas neste momento de crise global”..
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Na quinta (05/09), Alejandro se encontra com os estudantes da Universidade Católica, no campus da Lapa (9h) e da UFBA, no Auditório I do PAF 5 (19h);  no dia seguinte, segue para o MAC/Feira de Santana, onde é convidado do evento Chá de Conversa e Som / Cultura , Resistência e Movimentos Autônomos; e no domingo (07/09), encerra sua programação no Museu Street de Salvador – MUSAS, na Gamboa de Baixo. Em todos os encontros, o autor autografa Vozes do Porão e fala da literatura marginal, periférica e divergente e temas relacionados como zapatismo, mídia independente, autonomia artística e política.
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Autor - Alejandro Reyes nasceu na cidade do México, é escritor, jornalista e tradutor. Viveu nos Estados Unidos, na França e nove anos no Brasil, inclusive em Salvador. É mestre em Estudos Latino-Americanos e doutor em Literatura Latino-Americana pela Universidade da Califórnia em Berkeley. É ativista e membro do coletivo de mídia alternativa Rádio Zapatista. É autor de Vidas de Rua, Contos Mexicanos, Sueños en tránsito: crónicas de migración, Vozes dos porões. Seu romance A Rainha do Cine Roma foi finalista do prêmio Leya (Portugal), menção honrosa no Prêmio SESC (Brasil) e ganhador do Prêmio Lipp 2012 (México/França) pela versão em espanhol. É tradutor do Manual prático do ódio, de Ferréz, entre outros livros, e editor de Metamorfosis, coletânea de escritores de Tepito e outros “bairros bravos” da cidade do México. Atualmente reside em Chiapas, México.

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Lançamentos Vozes do Porão: Literatura Periférica/Marginal no Brasil

Quarta (04/09): Sarau Bem Black - Sankofa African Bar - Pelourinho – 19h30
Bate-papo com Alejandro Reyes (México) e GOG (Brasília) e participação de  Berimba de Jesus (São Paulo). Pocket-show com GOG. Entrada gratuita. 
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Quinta (05/09): UCSal / Lapa – 9h às 12h
Mesa redonda: Literatura e Divergência: Literatura Periférica, Marginal e Divergente
Com: Alejandro Reyes, Nelson Maca, GOG e Berimba de Jesus.
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Quinta (05/09): UFBA / Auditório 1 - PAF VI – 19h
Mesa redonda: Discutindo a divergência na Literatura Brasileira
Com: Nelson Maca, Alejandro Reyes, GOG e Henrique Freitas; organização: Jorge Augusto
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Sexta- (06/09): MAC/Feira de Santana – 19h

Chá de Conversa e Som / Cultura , Resistência e Movimentos Autônomos: Literatura-Marginal-Periférica-Divergente, Zapatismo e Mídia Independente
Bate-papo com Alejandro Reyes; Mediadores: Nelson Maca e Bel Pires
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Domingo (7/09): MUSAS –Museu de Street Salvador/Gamboa de Baixo – Contorno
Hip Hop, Literatura e Autonomia Artística e Política
Com: Alejandro Reyes, Nelson Maca, GOG e Ativistas do Hip Hop-BA .Mediação: Julio Costa

segunda-feira, 5 de agosto de 2013



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Dupla de rap cubana Las Krudas faz show em
 Salvador e participa do Sarau Bem Black
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Pela primeira vez em Salvador, a dupla de rap cubana Las Krudas participa de duas atividades promovidas pelo coletivo Blackitude: Vozes Negras da Bahia: o Sarau Bem Black desta quarta (07/08) e, no dia seguinte, o show Mulheres Negras – Música e Poesia (08/08). Ambos acontecem no Sankofa African Bar, no Pelourinho. Formada pelas MC´s, poetas e atrizes Odaymara Cuesta e Olivia Prendes, a Las Krudas faz um rap politizado, que trata de temas como racismo, machismo e homofobia.
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As artistas vieram ao Brasil para participar do festival Latinidades, que terminou  semana passada, em Brasília. Também passaram por São Paulo, onde foram convidadas do sarau na ONG Ação Educativa. Em Salvador, cidade que sonharam conhecer pelas afinidades culturais, a agenda das Krudas  começa quarta com bate-papo e pocket show no Sarau Bem Black, a partir das 19h30 e com entrada gratuita.
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Realizado semanalmente, o evento poético tem apresentação de Nelson Maca, Álvaro Réu e Mil Santos, participação das poetas juvenis Lucinha Black Power e Luiza Gata e discotecagem do DJ Joe, que nesta edição toca música das convidadas. Formado em 1999 em Cuba, a Las krudas é um dos importantes nomes do hip hop da Ilha. Em 2006, as artistas migraram para os Estados Unidos, fixando-se em Austin, de onde já saíram para se apresentar em vários países. Além das convidadas, o sarau segue com sua habitual rodada poética e com microfone aberto ao público.
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    Na quinta-feira, a dupla retorna ao Sankofa African Bar para fazer uma apresentação completa, numa noite que exalta a força e criatividade femininas. As MC´s dividem a noite com a cantora de black music baiana Donna Liu e com a atriz gaúcha Vera Lopes. A programação começa às 19h30 com discotecagem da DJ Nai Sena, que toca também em outros momentso da noite. Depois, segue com a performance de Vera, que declama poemas dos autores negros Oliveira Silveira, Conceição Evaristo, Geni Guimarães  e Cuti Silva. Vera interage com as poetas Lucinha Black Power e Luiza Gata – que mostram textos de Solano Trindade, Paulo Leminski e Sérgio Vaz . Na sequência, Donna Liu mostra seu repertório envolvente e dançante e passa o microfone para as Krudas se apresentarem. O ingresso para o show custa R$10 e R$ 15 (casadinha).
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Vera Lopes  - Com mais de 30 anos de carreira, a atriz gaúcha tem atuado no teatro, cinema, recitais poético-musicais e comerciais, entre outros papeis. Estreou no teatro em 1978 e participou de vários grupos, como o Caixa Preta, em Porto Alegre, com o qual montou espetáculos como Hamlet Sincrético,  com direção Jessé Oliveira. No cinema gaúcho,  estreou no  premiado curta O Dia em que Dorival encarou a Guarda (1986) e participou de longas  como Neto Perde sua Alma (1998),Neto e o Domador de Cavalos (2005).  Atualmente morando em Salvador, Vera, que também é Bacharel em Direito, tem como foco de seu trabalho as expressões artísticas baseadas na cultura negra.
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Donna Liu - Iniciou carreira em 1996 na música gospel. Trabalhou com o maestro Sergio Souto e com  Manuela Rodrigues. Integra os projetos Opaxorô, do Mestre King, e Tocandomblé do grupo O Kontra, idealizado por Nei Sacramento. A música negra sempre acompanhou sua carreira, a exemplo do Rap, da Soul, do Rhythm and Blues (R&B), do Samba, do Blues e do Jazz. Lançou recentemente o vídeo clipe de sua composição “Meu Alvo” pela produtora Carcamano. Donna Liu é presença marcante no último álbum do rapper Afro Jhow, Sem Luta não há Vitória. Também participou do álbum Sinceramente de Mr. Dko, além de trabalhos de outros rappers de Salvador, como DaGanja, Deneshi e o grupo Primazia. 
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Dj Nai Sena - Fruto da primeira turma do Curso de Formação do DJ Jarrão, essa jovem e promissora artistas toca vertentes da música jamaicana como raggamunfin, dancehall e reggaeton. Integra os coletivos soteropolitanos Boom Clap Rec e Colé de Mermo Records, onde atua como Dj Residente. Participou de eventos como a II Semana Baiana de Hip Hop, Batalha de rimas 3º Round, Eliminatórias para o Duelo de MCs Nacional, Festival MARIA, festa de aniversário da Briga de Vira Lata e UFC  - Unidade de Freestyle Criativo, Mutirão de Grafite no Garcia e Baile Black – Casa Fora Do Eixo Vitória da Conquista.
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SARAU BEM BLACK
Convidadas: Las Krudas (Cuba/EUA)
Quando: quarta-feira (07/08), às 19h30
Onde: Sankofa African Bar, no Pelourinho
Entrada gratuita
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SHOW BLACKITUDE – MULHERES NEGRAS – MÚSICA E POESIA
Atrações: Las Krudas (Cuba), Donna Liu (música, BA) e Vera Lopes (poesia, RS). Participações da DJ Nai Sena e das poetas  Lucinha Black Power e Luiza Gata
Quando: quinta-feira (08/08), às 19h00
Onde: Sankofa African Bar, no Pelourinho
Ingresso: R$ 10 e R$ 15 (casadinha)

sexta-feira, 26 de julho de 2013


ÁFRICAS – NOSSA REPATRIAÇÃO!  
:: Para Jorge Washington



Quando Áfricas, do Bando de Teatro Olodum, estreou há 6 anos, minhas filhas estavam com 6 e 8 anos. Não me esqueço desse dia, pois notei uma expressão comum nas duas: leveza e alegria. Assistimos agora a estreia da temporada que se encerra neste final de semana. Fomos com muitos amigos e saímos felizes. Por isso sugiro a você que vá assistir Áfricas, que leve não só as crianças, mas seus jovens e velhos, para que possam experimentar essa felicidade. Como bem diz a sabedoria da canção popular: o que existe na vida são momentos felizes.
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Esse espetáculo tem a capacidade de nos sequestrar. Sua vibração me lembra os mestres da observação cautelosa nos atentando para o fato de que a leitura que interessa estabelece tensão, condição essencial para transformação, para a renovação da compreensão da realidade. Saio de cada vivência de Áfricas reafricanizado. Essa fruição de elementos e signos positivos elevam nossa autoestima e recompõem a nossa Grande Família.
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A peça flui a partir da potência da oralidade, tendo como mote a experiência de crianças que, num mundo que lhes é hostil, encontram histórias que as redefinem positivamente. Dessa forma são reconectadas à tradição africana, que exercerá sobre elas um magnetismo efetivo, transferido ludicamente ao expectador. Sendo o presente da peça numa feira, esta nos desperta para nossa riqueza cultural concreta que precisa ser vivida e preservada. Da memória do ancestral africano aos conhecimentos do senhor das ervas, os personagens permitem uma dupla reflexão sobre nós mesmos: o desrecalque de nosso entorno, de suas demandas físicas e abstratas, e um recuo às tradições que nos devolvem um pertencimento original e nos relocalizam historicamente. Impossível não pensar no grande paradoxo da Negritude baiana e brasileira, repleta de agressões e estigmas, porém que guarda um tesouro simbólico inesgotável de objetos, narrativas e mitos. Vejo aí a grande potência de Áfricas: engendrar elementos primordiais para nossa significação profunda.
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No perverso universo de conceitos, valores, formas e tratamentos que são despejados cotidianamente sobre os corpos e vidas da comunidade negra e, mais pontualmente, de nossa infância e juventude, a experiência que nos proporciona essa realização do Bando de Teatro Olodum não me diz outra coisa senão que pertence às obras de arte que conquistam uma dignidade imprescindível à nossa emancipação. Trabalhos como esse são uma reserva ecológica de humanidade, amor próprio e autoestima. Apontam caminhos de superação do racismo cotidiano.
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Tudo no palco se faz múltiplo e diverso, descentramentos das lógicas que colonizam nosso corpo e nossa mente. Há um trânsito fértil entre a música, a dança, o canto e a representação em si, em consonância com a pesquisa atenta das especificidades negras. Com cenografia enxuta, o uso das combinações tradicionais de cores dá uma identidade fundamental à ambientação, e tem seu complemento no sofisticado figurino. O “tambor falante” de uma das crianças que conduz a peça costura as várias estórias encenadas. A música negra se faz extensão do corpo e gestos dos atores. Canto e dança se integram organicamente ao universo sonoro. As coreografias são estratégicas ao andamento. Fundamentais na manutenção da tensão, navega nesse atlântico negro o barco multicor dos contos encenados.
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Nas realizações da arte participativa, há sempre o risco da essencialização do ideológico em detrimento do estético. Esperta, Áfricas estende dois fios condutores: o pensar a condição do povo negro e a construção de um espetáculo que prenda e divirta. Nisso acertou: tensiona e relaxa sem perder o tom da linguagem que a justifica. Cutuca a vida concreta ao mesmo tempo em que dá fruição à fantasia. Apesar de seu sobretudo infanto-juvenil, seu traje é para todas as pessoas e idades.
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Áfricas fica em cartaz no Teatro Vila Velha até domingo, 27/07, com início às 16h. Dessa montagem, saí de novo pensando no que foi que me fisgou ali. Há poucos dias, minhas filhas, agora com 12 e 14, sugeriram assistirmos de novo. Áfricas, em toda nossa família, engendra desejos reiterados de revivê-la por dentro, porque nos representa. É apresenta mais uma via na construção de nossas subjetividades. Aproxima e coletiviza através de uma identidade partilhada! Nossa repatriação.
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* Nelson Maca
Articulador do Blackitude e Sarau Bem Black, professor da UCSal, poeta divergente e membro do Conselho Estadual de Cultura

domingo, 9 de junho de 2013

Cuti no Sarau Bem Black


Sarau Bem Black recebe o escritor paulista Cuti
  
Autor lança no evento, na próxima quarta (12/06), o livro Kizomba de Vento e Nuvem



            
Realizado semanalmente no Sankofa African Bar, no Pelourinho, o Sarau Bem Black tem se firmado como um ponto de encontro de autores de todo o país - sobretudo os que fazem uma literatura divergente, periférica, alternativa. Na edição da próxima quarta (12/06), o evento tem o prazer de receber o escritor paulista Cuti, 61 anos, um dos autores mais importantes da literatura negra brasileira, que lança no evento o livro de poemas Kizomba de Vento e Nuvem (Maza Edições). O Sarau, que começa às 19h30, tem entrada gratuita.

           Cuti estreou na literatura em 1978, com o livro Poemas de Carapinha. De lá para cá, publicou também contos, ensaios e peças de teatro.  Kizomba de Vento e Nuvem reúne 106 poemas divididos em três partes: Preto no Branco; Afetos e Desafetos e Matutando. Seguindo a organização do livro  Negroesia (2007) - último livro de poesia de Cuti - , Kizomba navega pelas águas da identidade, das paixões e da reflexão sobre vários aspectos da sociedade brasileira.



            A programação do Sarau será aberta com bate-papo com Cuti, que fala sobre o novo livro e sobre sua trajetória literária. Ele também apresenta seu novo site, que traz novos textos e conteúdos de áudio e vídeo. Depois, o evento segue com sua programação habital, alternando poetas residentes e da plateia. O Sarau é apresentado por Nelson Maca e Mil Santos e conta com a participação das poetas juvenis Lucinha Black Power e Luiza Gata. A trilha sonora, sempre com artistas da black music nacional e internacional, fica a cargo do DJ Joe

            A agenda de Cuti em Salvador inclui o minicurso Perspectivas do Conto Negro-Brasileiro (dias 13 e 14) e uma nova sessão de autógrafos de Kizomba de Vento e Nuvem sábado, dia 15, às 17h, no CEPAIA-UNEB, Largo do Carmo, organizado pelo Clube de leitores/as Negros/as Quiomboletras Bahia. Cuti é pseudônimo de Luiz Silva. Formado em Letras (Português-Francês) na Universidade de São Paulo, em 1980, é mestre em Teoria da Literatura e doutor em Literatura Brasileira pelo Instituto de Estudos da Linguagem – Unicamp (1999/2005). Foi um dos fundadores e membro do Quilombhoje-Literatura, de 1983 a 1994, e um dos criadores e mantenedores da série Cadernos Negros, de 1978 a 1993.
Informações: Nelson Maca (91304618) e Ana Cristina Pereira (Assessoria): 91765755



SERVIÇO

1
O que: Sarau Bem Black
Lançamento: Kizomba de Vento e Nuvem, de Cuti (R$30)
Quando: quarta-feira (12/06), às 19h30
Onde: Sankofa African Bar, Pelourinho
Entrada Gratuita

2
O que: Clube de leitores/as Negros/as Quiomboletras Bahia
Lançamento: Kizomba de Vento e Nuvem, de Cuti (R$30)
Quando: sábado (15/06), às 17h
Onde: CPAIA – Santo Antônio
Entrada Gratuita


3
Livros de Cuti à disposição:
1. Kizomba de vento e nuvem (poemas): R$30,00

2. Dois nós na noite (peças de teatro): R$20,00
3. Literatura negro-brasileira: R$24,00
4. Lima Barreto: R$24,00


terça-feira, 28 de maio de 2013

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Grupo de rap Fúria Consciente lança CD
 Na Busca da Ampla Visão
no Sarau Bem Black


               Um dos grupos mais antigos e atuantes do hip hop baiano, o Fúria Consciente inicia uma nova etapa em sua trajetória de 15 anos, com o lançamento do CD Na Busca da Ampla Visão, nesta quarta-feira (29/05), no Sarau Bem Black. Além de bate-papo sobre o trabalho, produzido nos últimos dois anos, o Fúria faz um pocket show no final do evento, que começa às 19h30 no Sankofa African Bar, noPelourinho, e tem entrada gratuita. Para saudar o grupo, o poeta Giovane Sobrevivente, do Choque Cultural, faz uma performance especial no Sarau, e participa do show.
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Criado 1998 em Lauro de Freitas, o Fúria Consciente tem uma atuação marcante no  hip hop local . Formado pelos  MC’s  Duendy 1º, Yogi Nkrumah, Jean, Din e pelo DJ Kiko, integra  a PCE – Posse de Conscientização e Expressão, organização atuante do hip hop de Lauro de Freitas, tem trabalhado em escolas e comunidades periféricas, além das apresentações artística. Com o lançamento de seu primeiro CD, o Fúria, como carinhosamente é chamado, aposta todas as fichas no trabalho, gravado num processo árduo no estúdio Freedom Soul REC, do DJ Leandro. São 15 músicas falando sobre arte, educação e crítica social como Sem Treta, Ampla Visão, Pedagogia Combativa e Tem que Trabalhar.
Além dos convidados, o Sarau Bem Black segue com sua programação rotineira: apresentação dos poetas residentes e microfone aberto para a plateia. Apresentado por Nelson Maca, Mil Santos e Álvaro Réu, o sarau conta com as poetas adolescentes Luiza Gata e Lucinha Black Power e discotecagem do DJ Joe. Nesta semana, ele tocará músicas do Fúria Consciente entre uma performance e outra, criando o clima que é marca do Bem Black.

SERVIÇO
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Evento
: Sarau Bem Black - Lançamento do CD Na Busca da Ampla Visão, do Fúria Consciente, com pocket show  e participação de Giovane Sobrevivente
Quando: quarta (29/05), às 19h30, no Sankofa African Bar, Pelourinho
Entrada gratuita
Informações: 9176.5755 / 9130.4618
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FÚRIA CONSCIENTE
Formado por ativistas e militantes do movimento negro, o grupo de rap Fúria Consciente surgiu em abril de 1998 no Colégio Lomanto Junior, quando YOGI NKRUMAH, DUENDY1° e ABEU se conheceram e fizeram um rap sobre os 450 anos de Salvador. A partir desse momento, os seus jovens integrantes resolveram oficializar o grupo que, apesar do preconceito, da falta de recursos e incentivo, trilhou seu caminho no hip hop baiano,  influenciado pelo  panafricanismo e com olhar crítico para a realidade local. A africanidade é um tema muito explorado pelo grupo em suas letras. Músicas como “Corrigindo a História”,  “Pedaço do Movimento”, “Quem Somos”, “Mulher Gera o Mundo”  e “Reaja” causaram --impacto na cena underground da música baiana, influenciando grupos de rap e até no planejamentos pedagógico das escolas públicas de Lauro de Freitas. Atualmente formado pelos  mc’s  DUENDI¹º, YOGI NKRUMAH, JEAN e DIN e pelo  DJ KIKO, o grupo integra  a PCE– Posse de Conscientização e Expressão, organização atuante do Hip Hop de Lauro de Freitas. E vem desenvolvendo projetos em várias frentes, em projetos de cunho educacional,  como o Revendo a História - no qual suas letras foram utilizadas por educadores como fonte de pesquisa sobre a História do Negro no Brasil - e social, a exemplo do 1º Festival de Cultura pela Redução de Danos no Complexo Penitenciário Lemos de Brito (Corpo III). O Fúria já tocou com grandes nomes da música, sobretudo do rap, em Salvador e em várias capitais do país, como Racionais MC´s, Gog,  MV Bill, Facção Central, Ilê Aiyê, Lazzo Matumbi e Gerônimo. 

segunda-feira, 1 de abril de 2013







Marcelino Freire e Aloísio Menezes apresentam o show Cantos Negreiros no Teatro Solar Boa Vista

Um dos nomes de destaque da nova geração da literatura nacional, Marcelino Freire participa de duas atividades esta semana em Salvador com o coletivo Blackitude: Vozes Negras da Bahia: ele apresenta o show literomusical Cantos Negreiros, em parceria com o cantor Aloísio Menezes, sexta-feira (05/04), às 20h, no Teatro Solar Boa Vista, Engenho Velho de Brotas; e participa da edição desta quarta  (03/04) do Sarau Bem Black, também às 20h, no Sankofa African Bar, no Pelourinho.  

Cantos Negreiros é um conjunto de contos e cantos. Esta é a terceira vez que Marcelino e Aloísio fazem a performance juntos, sendo a segunda em Salvador. Originalmente, o escritor, pernambucano radicado em São Paulo, tem sido  acompanhado pela cantora paulista Fabiana Cozza. Este novo encontro conta também com a presença do percussionista baiano Jorjão Bafafé.

A apresentação tem como base textos do livro Contos Negreiros (Record), obra vencedora do Prêmio Jabuti 2006 na categoria Melhor Livro de Contos. A leitura é intercalada  pelos  “cantos” afro-brasileiros de Aloísio. "Trata-se de um espetáculo que mistura palavras faladas e cantadas, um embalando o outro", resume Marcelino. Os ingressos custam R$ 10 (inteira).  

O aquecimento para o show de sexta acontece no Sarau Bem Black.  O encontro, realizado  semanalmente há três anos e meio,  recebe a visita de Marcelino Freire pela  terceira vez. E para marcar positivamente sua presença, alguns de seus contos serão lidos por 5 convidados: o ator e diretor Chico Assis, as atrizes Danielle Anatólio, Josiane Acosta e  Vera Lopes e o músico Zezé Olukemi. Além do próprio autor. Para completar o ciclo de leituras, as poetas juvenis Lucinha Black Power e Luíza Gata lerão micro-contos produzidos na oficina que Marcelino fez com o grupo Este Tal Recital (Sarau Bem legal) em 2011.


O Sarau Bem Black faz parte das ações etno-culturais do Blackitude e tem apresentação de Nelson Maca, Mil Santos e Álvaro Réu. Conta com as participações fixas de Luíza Gata e Lucinha Black Power e do DJ J.O.E, responsável pelas intervenções musicais que já são a marca do evento. A cada semana, o repertório é cuidadosamente escolhido, a partir do formato de cada edição. A programação mantém a habitual jornada literária, com erntrada franca e microfone aberto a todos os interessados em declamar. 




MARCELINO FREIRE-Nasceu em 1967, em Sertânia, PE. Viveu no Recife e, desde 1991, reside em São Paulo. É autor, entre outros, dos livros “Angu de Sangue” (Ateliê Editorial) e “Contos Negreiros” (Editora Record – Prêmio Jabuti 2006). Em 2004, idealizou e organizou a antologia “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século” (Ateliê). Alguns de seus contos foram adaptados para teatro. Participou de várias antologias no Brasil e no exterior. Criou a Balada Literária, evento que, desde 2006, reúne escritores, nacionais e internacionais, pelo bairro paulistano da Vila Madalena. É um dos integrantes do coletivo EDITH, pelo qual lançou, em 2011, o livro de contos “Amar É Crime”. Prepara para este ano o lançamento de seu primeiro romance, "Só o Pó", publicado pela Editora Record. 




ALOÍSIO MENEZES-Começou sua trajetória musical cantando na noite em bares da capital baiana, tendo experimentado variadas formas de sons, sempre ligadas às raízes africanas. Já participou do Bando de Teatro Olodum, atuando e cantando em montagens como o “Novo Mundo”, “Ó Pai Ó”, “Woyzeck" e "Medeia Material” com Vera Holtz e Guilherme Leme, sob a direção de Marcio Meirelles. Integrou a primeira Ópera Negra baiana, Lídia de Oxum, ao lado de Margareth Menezes e Lazzo. Paticipou da ala de canto do Bloco Cortejo Afro e hoje segue carreira solo.




JORJÃO BAFAFÉ -Nasceu no Terreiro de Jagum, de onde é Ogan, e lá aprendeu a tocar percussão, ainda aos 8 anos, com os alabês. Foi um dos fundadores do Afoxé Badauê, participou do Araketu e criou, em 1982, o Bloco Ókánbi, que hoje preside. Profundo conhecedor dos ritmos de matriz africana, este mestre da percussão tocou por todo o mundo com grandes nomes da música, como Jimmy Cliff, Margareth Menezes e Lazzo. 



FICHAS
Sarau Bem Black recebe Marcelino Freire
Quando: quarta (03/04), às 20 horas
Onde: Sankofa African Bar, Pelourinho
Participação: Chico Assis, Danielle Anatólio, Josiane Acosta, Vera Lopes e Zezé Olukemi
Entrada franca


Cantos Negreiros : com Marcelino Freire, Aloísio Menezes e Jorjão Bafafé
Quando: sexta (05/04), às 20 horas
Onde: Teatro Solar Boa Vista – Engenho Velho de Brotas
Quanto: R$ 10 e R$ 5 (meia)


Mais informações: blackitude@gmail.com