segunda-feira, 30 de junho de 2008

Blequimobiu Convida!

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Ai galera, tudo na paz!?

Então se liga, domingo agora vai rolar uma festa muito foda com 4 shows das personalidades que fazem acontecer o Rap na cidade de Salvador. Mc Baga, Mc Daganja (Mc do Afrogueto em trabalho solo), Mc K-Libre e o grupo Milicianos (residentes do evento).

A festa rola no Centro Cultural de Plataforma, um teatro show de bola o qual posso garantir grande conforto e estrutura pra rapaziada que for conferir o espetáculo.

Sem falar no rolé pela feirinha, e a confraternização da família lá na praia.

Olha só o preço da parada, R$2 Inteira, e R$1 Meia, só tem um porém, o evento começa pontualmente as 17h, num se atraza não viu, até porque o rolé antes da festa vai ser o astral...

Estão, desliga a tv e domingo colá com quem é!!

Abração pra geral

Blequimobiu
Positivoz
V2

.....................................

Valeu o convite, Rangel... Positivoz Vibrationz!
Valeu Neizinho e Irmãos do Milicianos....

Daganja é o cara!!
Em breve queremos ele por aqui, trocando umas idéias e mostrando o trampo!
KLibre, Baga... rimadores de letra pronta e de improviso!
Todos irmãos na fé e na cor!

Sempre Com Respeito,
Nelson Maca - Blackitude.Ba

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sábado, 28 de junho de 2008

Gramática da Ira

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Uma questão de honra!

Ainda em 2008, sai o livro


Gramática da Ira

universal, global, pessoal, local
tanto faz!

a ordem dos fatores não vão, nunca,
alterar o produto que é fruto do meu
Movimento!

ligô, negão!?
quem não teme, não treme!!



Nelson Maca
a caminho de Palmares

um negro que incomoda!

nem marginal!
nem periférico!

Conscientemente
Preto!!

Livremente
Divergente!!
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Gramática da Ira
- de Nelson Maca

havia lama na rua
de quando em quando
um corpo cadáver encalhado na vala

o espetáculo que a história oferece

restos e gestos do sim
alimentos recicláveis
bonecas sem pernas carros sem rodas
arqueólogo das sobras
as esmolas
o não

pretinho maltrapilho
com as manchas sujas da vida
sem saber nem por que
nas suturas das fraturas
cresci

eu na pilha
você na mira
não vê o que foi feito de mim

pena sangrenta
Gramática da Ira
meu rabisco mortal
vai foder tua lira

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Poetas do Afro-Colapso - Landê


Um poema de Landê Onawale

Canarinhas da Vila

(a Edson Lopes Cardoso,
e à formatura de uma turma de jovens)

o que pode a minha poesia contra isso:
três jovens assassinadas lado a lado?

o que pode a letra morta
da lei, da constituição
contra este costume brasileiro
de matar negros como moscas?
nossos cupidos sendo brancamente mortos
canárias da vila
abatidas pelos badogues de fogo
borboletas da paixão
com o imenso ar
e a intensa vida pela frente
presas na fotografia do jornal
o fim...

mas eu não quero terminar aqui
a juventude da minha palavra
descoberta
quer-se franca e copiosa como lágrimas
e certa
espada concreta do guerreiro-mor
varrendo a tragédia
para longe do lugar comum

quando abro esta manhã de sol e sábado
e a polícia me lava o rosto
com sangue negro juvenil
penso no genocídio da negra gente
(suicídio inconsciente do brasil...)
o mar malungo me enche os olhos

o meu coração lança ondas soluçantes
à minha alma de rocha masculina
e ela se desfaz e salga meu caminho
e os homens-meninos da rua que criei
levemente me evitam
e eu choro criança sem parar
querendo todo mundo aqui
em torno de mim
da minha dor

eu digo não!
ergo meu poema como um não
outra vez
nesta vida de áfrica sequestrada
quando outros poderiam ser os versos
para falar de adolescentes semelhantes
àquela minha mesma namorada
preta, pretinha, carapinhaque me acompanha desde que nasci
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Em breve, mais Landê: entrevista, release do livro, poemas, letras de bloco afro, quartinhas de Aruá, fotos...

Anote aí!!

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"Caravanas a caminho de Palmares se cruzavam na trilha,
se juntavam e seguiam lado a lado.
Ai de quem se metesse a tentar impedi-los de seguir em sua caminhada...
Eram varridos como ciscos incômodos e mal quistos!

Liga Africana Atual,
Confederação dos Nagôs,
Blacks Com Atitude,

A família é grande e dispersa, mas mãe só temos uma:
África!
One People!
One Love!
Um só povo!
Um só amor!
A morada da divergência bélica e do enfrentamento consciente!

Nós, também, estamos, permanentemente, em
Guerra Preta
Estratégia Quilombola!"
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Nelson Maca - Blackitude.Ba

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Literatura Viva no Subúrbio

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Festa Literária no Subúrbio

Para comemorar seu primeiro aniversário a Biblioteca Poeta Douglas de Almeida, realizará no Subúrbio de Salvador uma Festa Literária no mês de Julho de 2008, o evento será realizado em três espaços do Subúrbio Ferroviário: Comunidade de Boiadeiro / Ocupação do MSTB, Colégio Estadual Clériston Andrade e Praça São Brás / Centro Cultural Plataforma, terá em sua programação apresentação de Teatro, Literatura de Cordel, Recital Dramático de Poesia, Encenação de Contos e muitos Livros.

Desde Julho de 2007 a Ong Grupo Outra Metade através do Projeto de Leitura e Literatura vem circulando com a Biblioteca Poeta Douglas de Almeida de forma itinerante por bairros e comunidades do Subúrbio de Salvador, são cerca de 25 comunidades diferentes onde são disponibilizados livros para leitura e atividades artísticas ligado a literatura.
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As comemorações iniciam-se no dia 13 de Julho com a exposição da biblioteca na comunidade de Boiadeiro e contará com as participações dos Grupos Cênico Poético BO.RO.GO.DÓ, Samba de Roda Herdeiros de Angola e o Grupo Outra Metade apresentando o espetáculo teatral "A Donzela Teodora". O evento continua no dia 14/07 às 19 hs no Colégio Estadual Clériston Andrade com apresentação-mostra do POT – Projeto Oficina de Teatro, e, apresentará além de teatro, recital de poesia e leitura dramática.

Já no dia 15/07 a festa será em Plataforma, os livros e a estrutura física da biblioteca ficará exposta toda a tarde deste dia na Praça São Brás e às 19 hs haverá um grande recital misto de poesias com jovens poetas da região, apresentação da peça "A Donzela Teodora" e a participação do Poeta e Escritor Douglas de Almeida discutindo a importância do livro em nossas vidas.

Serviço:
O que – Festa Literária no Subúrbio.
Quando – 13, 14 e 15 de Julho de 2008.
Onde – Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Quem – Ong Grupo Outra Metade / Biblioteca Poeta Douglas de Almeida.
Quanto – Grátis.
Contato – 71 9104-7444 / 8896-2827
E-mail – ong.outrametade@gmail.com

(Divulgação)
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Desnecessário dzer o que penso disso, né?

Digamos apenas que Douglas de Almeida é o Cara,
e uma biblioteca com seu seu nome, já por isso,
merece nossas antenas ligadas!

Algo de novo sob o sol do Subúrbio!!

Nelson Maca - Blackitude.BA

Fotos 1 e 2: Marilda Borges - SP / http://www.marildafotos.blogger.com.br/

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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Joel Zito 2 x 1 Caetano - De revirada!

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Eu sou neguinho

Publicada em 12/06/2008
Por Joel Zito Araujo


O meu amigo Caetano, que no debate público é um provocador tão genial quanto na arte, também é, sem dúvidas, um atento observador da realidade racial brasileira desde jovem, quando Dona Canô gritava "meu filho corra, venha ver na TV aquele preto de que você tanto gosta!". Ou quando se irritou ao ver jovens de esquerda chamando Clementina de Jesus de macaca no Teatro Paramount, em 1968. Ou quando não deixou o país esquecer que o Haiti é também aqui. Mas agora, depois de tão bela história, depois de ter produzido poemas tão poderosos e belos sobre a negritude baiana, ele parece acreditar que o país acompanhou a sua cabeça e seu desejo de viver em uma democracia pós-racial.

"Não é possível ignorar as cotas como um movimento natural e necessário, apesar das imperfeições no processo "

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O Brasil pós-racial é uma meta que compartilho, mas ainda é uma ficção. O dramaturgo Harold Pinter já disse que, na exploração da realidade por meio da arte, "não há distinções explícitas entre o que é real e o que é irreal, tampouco entre o que é verdadeiro e o que é falso.". Mas que diferenciar essas condições é fundamental para o exercício da cidadania. É necessário dizer para o querido Caetano que não é coerente ter feito uma obra tão magnífica e assinar um manifesto contra cotas para jovens negros pobres na universidade.

E assim, mesmo agradecido pelo que ele fez, tenho que, atendendo a sua provocação (ver coluna de Jorge Moreno de 07/06/08 ), vir aqui dizer que a "realidade lá fora" continua brutal para aqueles que são "negros ou quase-negros de tão pobres". Eles continuam com suas chances de ascensão social condicionadas à cor de suas peles em estruturas seculares que reproduzem o racismo nos bancos escolares, na nossa TV, no sistema de saúde, no mercado de trabalho, na violência policial...

Não é possível ignorar as cotas como um movimento natural e necessário, apesar das imperfeições no processo. Diante da revolta contra sua condição de grupos populacionais excluídos, negros e indíos lutam por uma reparação histórica, lutam por seus direitos. Hoje, por trás da emergência identitária destes grupos está a busca pelo reconhecimento dos direitos de partilha das riquezas materiais do país (partilha do direito à educação, à terra, à liberdade religiosa). Vivemos, finalmente, numa sociedade em que os "excluídos" lutam autonomamente no campo da democracia pelos seus direitos. São lutas de idéias, de conquista da opinião pública e de leis. E isso é muito bom, e deve ser respeitado e incentivado. E, veja bem, eles não estão esperando o socialismo, ou a vitória do universalismo francês, ou o triunfo do mercado, para ter acesso à educação. Eles querem acelerar processos, cobrar dívidas históricas. Evitar tensões raciais é promover o reconhecimento dos seus direitos, e incentivar a sua luta política nas formas democráticas e republicanas. E tenho certeza de que o nosso querido Caetano sabe que Mangabeira Unger tá certo. Nós precisamos de uma segunda abolição. Mas como realizá-la sem nos defrontarmos com a questão racial?

"Nossas crianças perdem a auto-estima ao aprender a sonhar em ser, mesmo que cirurgicamente, iguais à rainha dos baixinhos "

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E por que acreditar que revalorizar neste momento a criação colonial do mulato é um passo para a sociedade pós-racial? Onde é que o mulato é celebrado como ideal da nação? Nas artes, na telenovela, no cinema, na publicidade? O ideal do país desde os tempos da escravidão foi, e continua profundamente internalizado em todos nós, fazer do negro um mestiço e do mestiço um branco. Nossas crianças perdem a auto-estima ao aprender a sonhar em ser, mesmo que cirurgicamente, iguais à rainha dos baixinhos. Por que todas as apresentadoras dos programas infantis foram inspirados no modelo ariano? Que ideal de raça estava por trás disso? Por que os considerados mais belos das revistas de moda, de TV e até mesmo de esportes são invariavelmente os mais germânicos? Por que somente em 2004 tivemos a Taís Araújo como protagonista de uma telenovela na rede líder de audiência? E quando voltaremos a revê-la assim? Ser mestiço, portanto, é ainda um momento de passagem da condição inferior para a raça superior. O mulato na telenovela ainda é, como regra, representação do estereótipo do bundão, do mau caráter, do bandido ou do ressentido.

É por isso que não sou mulato. Só aceito o mulato como profissão. E é assim que vivem centenas de brasileiras afro-descendentes pobres que viajam pelo mundo vendendo a beleza dos seus corpos e dos seus movimentos em shows tipo Sargentelli.

"Neste momento sou orgulhosamente o meu avô e bisavô, eu sou neguinho. E amanhã posso vir a ser a minha avó, nambiquara ou pataxó "

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Sou brasileiro, com ascendência afro-índígena-portuguesa. Mas neste momento histórico só me interessa afirmar o que fui pressionado a negar. O país ainda precisa de um choque de negritude e de indigeneidade. Para chegar a ser pós-racial precisa antes ser multirracial. Precisamos reconhecer que nossa nação é um mosaico, onde vivem filhos de africanos, de japoneses, de libaneses e de europeus, além dos indígenas. Somente assim podermos, no futuro, realizar o mito que tanto prezamos, e vir a ser um exemplo de democracia racial. Neste momento sou orgulhosamente o meu avô e bisavô, eu sou neguinho. E amanhã posso vir a ser a minha avó, nambiquara ou pataxó. Diante da herança colonial que criou um sistema hierárquico de castas raciais, eu sou neguinho. Diante dos articulistas dos jornais que dizem que não somos racistas, mas alertam que se me assumo como negro sou ameaça de guerra civil, eu sou neguinho. Diante do senador que elogia o seu par mulato por estar apurando a raça ao se casar com uma "linda gaúcha dos olhos azuis", eu sou neguinho. Ou diante da mídia que em suas imagens insiste em reafirmar a branquitude como ideal da nação, eu sou aquele Caetano que tanto admiro, e não aquele inexplicável mulato anticotas. Sou negro preto do Curuzu. Sou beleza pura.


Joel Zito Araujo é cineasta,
autor de "Filhas do Vento" e "A Negação do Brasil"


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Eu, de cá, bandeiras em punho, comemoro mais esta belíssima peleja de meu querido Joel Zito.

Nelson Maca - Da Bahia Preta sem véus de alegoria!

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sábado, 21 de junho de 2008

Tô ligado, hein!!


Tô aqui, mas já volto...
Tô ligado no movimento, hein!?

rsrsrs
(é sério, hein!)







terça-feira, 17 de junho de 2008

Sérgio Vaz: o texto mais lindo do ano!

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O Riso do palhaço sem Alegria
................................................... Sérgio Vaz

Outro dia alguém, não sei bem porque e quando, me disse que a vida era um presente divino, e que devíamos saber aproveitá-la, e jamais esquecer de agradecê-la, quem quer que fosse o padrinho. E que por pior que se apresentasse a vida, estar vivo era um milagre dos céus. "Deus sempre sabe o que faz", enfatizou o amigo, filósofo de botequim, cheio de paz no coração e repleto de alegria artificial na cabeça.

Fiquei meio assim com essa idéia de que a vida é um presente, porque outro dia também ouvi de um mendigo agradecido pela sobras de um almoço: "cavalo dado não se olha os dentes", nesse mesmo dia o vira-lata ficou sem o seu almoço na lata de lixo.

As migalhas não escolhem os miseráveis, elas são presentes do acaso.
É preciso estar no lugar certo, na hora certa, nos diz as pessoas que embrulham os presentes. Mas como os pobres e os vira-latas não têm relógio, sempre chegam atrasados. Assim como os ônibus.....

CONTINUA....
no http://www.colecionadordepedras.blogspot.com/

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- Cara, este texto é bom demais!

Colocá-lo aqui não tem sentido, tem que ser lido lá no seu habitat emocional,
Onde a razão se faz em emoção,
Onde a beleza se apresenta em luta!
Tem que ser lá na catedral poética onde Sérgio Vaz, solidário que é, partilha seu olhar privilegiado da vida e do homem que a justifica com todos nós, pregrinos cotidianos, dando-nos pistas da sala opaca da luz e do aconchego visível do escuro!

Ah! Chega...
o que eu queria mesmo era escrever coisas como
O riso do palhaço sem alegria,
ou Pé de Pato,
ou O milagre da poesia,
ou...

- Viiiixe!!...
Será que eu queria ser o Sérgio Vaz!?

- Sérgio, Com Respeito e Fidelidade,
Nelson Maca - Cooperifa.Ba


segunda-feira, 16 de junho de 2008

GOG: Poeta do Rap ao Livro!


GOG: memória ritmo poesia


.. sou Riacho, Candanga, cada Quebrada um pouco,
Quem não é sentiu seis vezes o poder do soco
Sangue de Angola, Negro por Herança,
A fome do Nordeste não matou esta Criança...

... Algumas mais, outras menos conhecidas, mas todas com o seu valor, geradas num determinado momento e com sentimento único. Nunca fui de guardar letras na gaveta. Praticamente todas elas foram escritas durante a produção, na emoção do nascimento dos discos.
No início, alguns perguntaram:
- Quem escreveu pra você?...

... A rima tem urgência, o caso é complicado
Tem que ser certeira, não pode errar o alvo
A rima denuncia e sacrifica...
A rima não se silencia nos lamentos nos desgostos
É eterna, seu autor nunca está morto...

Cheguei pra ficar, entrei no ar, o meu lema é expressar
O meu modo de agir, de pensar, sem me deixar levar
Sou rapper, sou forte, sou GOG, então vamos lá!...
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Muito cedo, Genival Oliveira Gonçalves, o GOG, recebeu a alcunha de
Poeta do Rap. Quando ouvi esta expressão pela primeira vez, fiquei
instigado e passei a dar ainda mais atenção à sua música.
Como homem das letras, concentrando meu interesse em literatura,
moveu-me o desejo pela busca da compreensão das bases concretas
desse reconhecimento público diferenciado de sua poesia.
Por que ele e não outro é tratado assim,
sendo que temos outros exímios letristas no Rap Nacional?

Nelson Maca

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Em breve
nas Inteirezas e Quebradas do Brasil


Memória ritmo e poesia de GOG

Coleção Literatura Periférica
Global Editora

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Apresentação

Sérgio Vaz – Cooperifa-SP
Hamilton Borges Walê – Reaja!-BA

Organização
Nelson Maca – Blackitude- BA

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Confederação do Nagôs!
Liga Africana Atual!


Caravanas a caminho de Palmares se cruzavam na trilha,
se juntavam e seguiam lado a lado.
Ai de quem se metesse a tentar impedi-los de seguir em sua caminhada...
Eram varridos como ciscos incômodos e mal quistos!


Para não esquecer, hein!, paulistanos e passantes!!

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Autores

Alerta ao Sistema (rap), Akins Kinte, Alessandro Buzo, Alice Rodrigues,
Betinha Pires, Claudeni dos Santos, Claudio Santista, Elizandra Souza,
João do Nascimento Santos, Leandro Chaves, Mano Merenda, Mannu U.F,
Michel da Silva, Osmar Proença, Paulinho Bispo Ramos, Raquel Almeida,
Rodrigo Ciríaco, Soninha M.A.Z.O, Thiago Almeida e Valdir Manoel.

Prefácio
Sérgio Vaz
...

Dia 19/06

1° Lançamento no Sarau Elo da Corrente
Bar do Santista
Pirituba

DIA 25/06
2° Lançamento no Sarau da Cooperifa
Bar do Zé Batidão
Zona Sul
::
O livro será vendido por R$ 10,00


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Poema: Fortalecido

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Fortalecido
(Livro: Pan-África)

Tua seriedade e abnegação me fortalece, irmão
Tu és o canal da mensagem
O transporte humano
A voz do irmão distante que insiste em não se deixar abater
Que traz guardado em nossa mente
Em nossa peito
Em nossa pele
A rebeldia que veio de longe
Que implode fantasmas interiores
Que demole as forças nefastas de morte
Que dá voz aos guerreiros que pensavam que podiam derrubar
.
Eu sei
O quanto facilitas a chegada por aqui
Da mensagem do que preparam nosso terreno
Sou também intermédio
Elo da corrente antiga
Ecos das grandes vozes apagadas prematuramente
O broto do que se ouve
A palavra que planta sementes de vida
Sobre as sementes vadias que apodrecem a gente
Que geram brutalidades
.
Tu és a resposta que leva a carga a frente
Tu és o clamor que não se apaga
Do alerta ao iminente desastre
Sou também instrumento, eu sei
Não sou o artífice
Não sou a fonte
Somos o intermédio
Chegamos à conclusão correta:
Somos a mensagem de Diop, de Cesaire, de Fela,
de Lumumba, de Fanon, de Nkrumah, de Cabral,
de Malcolm, de King,
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Somos a missão de renascença que difere dos opressores de África
Nossos mestres falam através dos nossos eventos
as palestras que damos por aqui e por lá
as coisas que escrevemos
poemas livros ensaios graffitis
as músicas que compomos
os quadros que pintamos ou esculturas que esculpimos.
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A conclusão é justa
Por isso que a nossa parceria deve dar certo
Por isso devemos sempre encontrar
O jeito reto para nos sobrepor às nossas deficiências
O desvio do que possa interferir na nossa relação
Somos a engenharia das novas bases do relacionamento afro-solidário
Somos o relacionamento imposto por forças além das vontades individuais
Nem religiosos nem místicos nem messiânicos
Somos o impacto cumulativo das experiências históricas
Somos a força extraordinária que impacta sobre os indivíduos
Somo a mudança no curso dos acontecimentos
Somos nós mesmos a correção dos erros que nos apontamos
E seguimento de nosso caminho

Pan África!
Diásporas!



Nelson Maca

Foto1 - Mãe Aninha (Bahia)
Foto2- Fela kuti (Nigéria)
Foto3- Mirian Makeba (África do Sul)
Foto4- Kwame Nkrumah (Gana)
foto5- Cesária Évora (Cabo Verde)



segunda-feira, 9 de junho de 2008

Cidinha da Silva lança livro em Salvador

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Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!


Entre crônicas e mini-contos, o novo livro de Cidinha da Silva nos leva para o conflituoso mundo humano que gira em torno da sexualidade, do amor e do corpo.

O lançamento do livro Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor! acontece no dia 12 de junho, quinta-feira, às 18hs na Fundação Pedro Calmon.

Composto por 25 histórias curtas centradas em dois temas: o amor e a solidão, o livro é uma boa pedida de leitura ou presente para o Dia dos Namorados.

Pequenas histórias contadas por personagens femininas, que divagam sobre os relacionamentos amorosos, com uma acidez peculiar, mas também com gotas de lirismo e, em um ou outro texto, com humor. Relações aplacadas, inacabadas, conflituosas, são esquadrinhadas por Cidinha, que mais uma vez nos oferece a possibilidade de nos (re)visitar a partir da arquitetura que construímos nas moradias efêmeras do outro.

O lançamento em Salvador contará também com a realização da oficina “Literatura negra, caminhos de escritura e editoriais”. O objetivo desse trabalho é discutir a produção contemporânea de escritoras negras brasileiras, principais temas abordados nas obras, processo criativo e possibilidades editoriais adotadas por elas.

Prefaciado pela professora doutora Maria Nazareth Soares Fonseca, professora de Literatura da PUC Minas, apresentado, na orelha, pelo cineasta Jeferson De, e ilustrado sob a pena da artista Lia Maria, Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor! (Mazza Edições, Belo Horizonte, 2008) é timbrado pela ironia requintada, leveza e sonoridade, fazendo-nos nos lembrar, vez por outra, a sonoridade de alguns poetas africanos.

Com lançamento nacional iniciado em março, a escritora Cidinha da Silva já percorreu as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre... (Divulgação)

Sobre a escritora

Nascida em Belo Horizonte, Cidinha da Silva é historiadora, diretora do Instituto Kuanza, escreve ensaios e histórias curtas. Publicou artigos relacionados à temática das relações de gênero e raciais e é autora dos livros Cada tridente em seu lugar (2006, 2ª edição), Ações afirmativas em educação: experiências brasileiras (2003, 3ª edição), entre outros. (Divulgação)


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Ficha 1 (Lançamento)

O que: Coquetel de Lançamento do livro
Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!

Quando: 12 de junho – quinta-feira - 18 horas
Onde: Fundação Pedro Calmon - Praça Thomé de Souza, Palácio Rio Branco, Salvador-Ba
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Ficha 2 - Oficina

O que: Oficina
Literatura negra, caminhos de escritura e editoriais

Quando: 13 de junho – sexta-feira, 10 horas
Onde: Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN) - Rua Ribeiro dos Santos, nº42, Carmo, Pelourinho.

Contatos:

ligiavillas@gmail.com ; cidinha.tridente@ gmail.com
(71)3241-4291 / (71) 9124-6771 / (71) 9609-0106 (Divulgação)
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E aí, negadinha,vamo lá, então!?
Não precisa dizer que é tudo nosso, né?

Vou chamar o Landê, o Giovane, o limeira, a Jocélia e, principalmente,
meus alunos (e ex) da UCSal....

Mas não se procupe, você vai receber seu e-mail também!

Cidinha, seja Bem-Vinda, irmã!!


Nelson Maca - Blackitude.Ba
Assim Segue a Saga da Conferação dos Nagôs, Negrozzzzz!!


sexta-feira, 6 de junho de 2008

Break de Taiwan na Sala Walter da Silveira

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Chocolate Rap
Um filme que explora a cultura hip hop em Taiwan


mostra
O cinema contemporâneo de Taipei


Uma bela oportunidade para conhecer melhor o cinema produzido em Taiwan nos últimos anos.
Trata-se da mostra “O cinema contemporâneo de Taipei” que a
Sala Walter da Silveira acolhe de 6 a 12 de junho, com sessões
sempre às 15h e entrada franca. [...]
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No programa do dia Dia 9/06

Chocolate Rap
(Taiwan, 2006)
Direção: Chi Y. LeeDuração: 84 min.
Legendas em português
Censura: 12 anos.

Sinopse
Depois de ter derrotado seis dos melhores dançarinos de break, Choco ganha a amizade do líder do grupo, Pachinko, e fica famoso. Ally, uma garota que adora tocar Bach e surfar, em breve se vê envolvida em um triângulo amoroso com esses dois. Depois de se tornar o soberano da cena da dança break, os sentimentos de Choco por Ally crescem, mas a vida toma um rumo drástico quando um acidente de carro muda tudo.
Depois de se recuperar, Choco se reergue e começa a dançar novamente. Ele concorda em ensinar King Kong, um dançarino medíocre, mas com grandes sonhos. Com o tempo, Choco resgata sua confiança, mas terá de enfrentar seu aluno pretensioso numa batalha única.
(Textto de divulgação)


clicke abaixo , para ver a programação completa:

http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2008/06/04/mostra-reune-producoes-contemporaneas-do-cinema-de-taipei

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E aí, Ananias... e aí, Banks... pelas imagens, vale a pena conferir, não vale?

Eu vou!

Nelson Maca -Blackitude.Ba

Rodrigo Ciríaco lança livro de contos!


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Te pego lá fora

Livro de estréia do escritor Rodrigo Ciríaco chega ao público


Te pego lá fora é treze. O 13º título publicado pelas Edições Toró, o primeiro só de contos e o primeiro livro de autoria de Rodrigo Ciríaco, professor de História da rede pública estadual de ensino na Zona Leste, em São Paulo.

O livro conta com 25 contos divididos em quatro estações, que transpassam histórias – e estórias – de uma gente vivida e sofrida que ainda está nos bancos de classe da primeira série.

Escritos de vingança, dor e justiça de um professor que não aceita perder alunos para o tráfico e para a miséria, ver o preconceito camuflado para baixo de carteiras e nem abaixa a cabeça para diretores incompetentes e sistemas educacionais falidos. Contra tudo isto, usa a sua principal arma: a caneta. Senta e escreve.

Textos ficcionais baseados em fatos reais. Um recorte da nossa deseducação, ilustrado com o trampo de Yili Rojas e um pequeno caderno de fotos das entranhas do ensino. Diário de Escola com leituras proibidas para educastradores, burocratas de plantão e alunos matriculados na rede particular. (Texto de divulgação)
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É um prazer divulgar, aqui, este livro
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Escrito em momentos de inspiração na real vivência por este escritor e professor comprometido com efetivas mudanças.... - Quais...?
- Leia, atentamente, os contos e saberá!

Tô juntão com o Rodigo Ciríaco!
Como amigo, admirador e, neste momento, principalmente,
como fã de seus escrtitos concisos, ácidos e irônicos...
Tudo em dialeto da população que mais nos interessa nessas escolas abandonadas de todas as Perifas, Periferias; de todas nossas
Periafricanias!!

Sou leitor cotidiano de seu blog
http://www.efeito-colateral.blogspot.com/

Foi lá que tomei contato com sua maneira ligeira de retratar o dia-a-dia das abandonadas escolas dos cafundós paulistanos.
Ele demole, de seu ângulo cortante, alguns dos sustencáculos dos mitos daquele Sul Maravilha que quase acreditei um dia!

Nelson Maca
Blackitude.Ba / Universidade Católica do Salvador
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Quarta-feira – 11.06, a partir das 21 horas

No Sarau da Cooperifa-
Onde mora o tição, a ciência, o sereno e a gana da Poesia.
Rua Bartolomeu dos Santos, 797,
Chácara Santana. Fone: 5891-7403

Quinta-feira – 12.06, a partir das 19 horas
Na Ação Educativa

Com o violão de Gunnar Vargas; o versado do Sarau Elo-da-Corrente, de Pirituba;
a sanfona de Aline Reis e os contos de Marcelino Freire
Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque.
(próxima ao Metrô República)Fone 3151-2333

Domingo – 15.06, a partir das 17 horas
III Encontro de Literatura Periférica de Francisco Morato

Centenário de Solano Trindade.
Convidada especial: Raquel Trindade
No CIC ( Centro de Integração da Cidadania)
Rua Tabatinguera, 45
(próxima à estação de trem de Francisco Morato,
colada na prefeitura)
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A.B.C. - Um conto de "Te pego lá fora"

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.A.B.C.
Do livro: Te pego lá fora
Autor: Rodrigo Ciríaco

Deus é brasileiro. Mas quem manda é o Marcola. É, ele é o patrão. Ah prussôr, eu não vou entrar não. Ele é quem manda. Tá bom, tá bom, já que o senhor insiste. Mas ó, não vou fazer lição. Ah, muleque-doido! Tô cansado. Quatro da manhã ainda era noite, Jão. Só fazendo avião. Depois, o Play 2. Não é mole não. O jogo é bravo. Exige concentração. Que fita que eu tenho? Daquela de tiro. Plá! Plá! Plá! Me imagino tipo com uma sete-meia-cinco. Mas logo mais eu tô com uma automática na mão. É, cê vai ver, doidão.

Ah prussôr, não vou fazer lição não. Não entendo nada mesmo. Tô cansado de ficar só copiando. Num sei lê, num sei escrevê. Contá? Contá eu conto, claro. Trabalho com dinheiro vivo. Se eu não contá quem é que garante a minha mesada? É, a vida é cara. Quem paga meu tênis, minhas roupa de marca? Quem? Pai e mãe num tenho. Já foi. Tudo morto. Só balaço. Mas eu nem ligo. Já cicatrizô. Nem choro. É rapá, homem não chora. Só Jesus chorou. O cara era gente fina, mas ó, muito pacífico. Comigo não, é na bala. Minha vida é na quebrada. E no esquema. Nem olhe pra minha cara. Olhô, plá! Levô tiro.

Quem guia a minha mão é o Marcola. Se eu já matei? Eh prussôr, da missa cê não sabe o terço? Já tenho treze anos pô. Sô bicho solto, bicho feito. Tô enquadrado. É, já tô viradasso. Já paguei até veneno. Um ano na FEBEM. Várias rebelião e o caralho. Tô aqui de L.A., só por causa do juiz. Mêmo assim, num tem quem me segura. Fico pelos corredor, só nas fissura. Dando umas volta, ganhando a fita. Estudá? Só entro na aula do senhor porque o prussôr é gente fina. Mas não estudo não. E só entro de vez em quando. É, não tem mais jeito, Jão. É feio ficar chorando pelo que se rebentô, já se estragô. Tem defeito. Minha vida agora é assim, só no arrebento. Mudá? Só se for de ponto. De vida eu não quero não. Tô bem, prussôr. Valeu a preocupação, satisfação.

Ah, muleque-doido! Ó, tô saindo. Cansei de ficar na sala de aula, na escola, sei lá. Aqui é tudo muito parado. Vou pra rua. Lá que é o barato. É. Lá eu já sou mestre.
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Rodrigo Ciríaco

- E aí...!?

Eu não falei que o cara tem as manhas!!
- Louco, né?

Nelson Maca -Blackitude. BA
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terça-feira, 3 de junho de 2008

Bahia.na.Rota.da.Rima - Gótico Neurótico



Simples Erudito

By Gótico Neurótico



Então, preto, eu não avisei... !?

Vai vendo aí... é só início da saga sagaz da nossa cidade...
A banca é pesada e cresce como a serpente de várias cabeças.
Pronta a dar o bote, Brasil!

Não fique esperto com o os "baininho", pra ver só, meu branco!

O Gramática da Ira escreve, aqui, os periculosos da rima de SSA.

Agora com o Gótico Neurótico - lá de Itapuã...
robusto baobá da orla na linhagem direta do Malê de Balê, que, também, dá bons frutos.
Para aquém e além dos coqueirais já aprovados e reafirmados nas águas de Dorival Caymmi e Firmino.

Aos poucos, vai-se formando a linha!
De frente e para Frente!

Vamos ao fato, pra não xurumelar a arte dos preto...
Veja aí...
Depois você me conta, meu preto...

Você já foi à Bahia Preta, minha Preta?



Mais uma Produção do DJ Mário77


Nelson Maca - Blackitude na Nau dos Neuróticos Sadios!