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Um abraço no mestre
"Mestre Botelho andava sempre desconfiado. Olhar arisco, sempre a investigar o universo que o circundasse. Foram tantos anos, ora amado ora hostilizado, que se acostumou a uma tensão insistentemente presente - já que o amor não isola o ódio! De boa índole, queria sempre o melhor para sua classe. A austeridade sempre foi a chave do conhecimento. O melhor para os seus discípulos. Só que eles não perceberam...
Então, todo cuidado era pouco: telefonemas, bilhetes, olhares... tudo conspirava. Por isso o comportamento arisco. Uma prática fixa. Chegou a ponto de colocar qualquer discípulo sob suspeita. Se era bom, devia estar preparando alguma. Se mau, tanto pior. De melhor apenas os que odeiam às claras... apesar das caras feias... E assim se passaram os semestres até o momento do merecido descanso. Aposentadoria!"
Trecho inicial do conto Um abraço no mestre
Do livro Desencanto de Sabiá: Contos Íntimos
Autor: Nelson Maca (eu mesmo!)
Uma boa notícia
A boa notícia é que agora vai:
logo logo, literatura local de Nelson Maca e outros pretos divergentes
para todas as quebras e interas da Pátria que não nos Pariu!
Letras Pretas, hein!
Não se engane com o multicolorido discurso incolor das Intimidades!
"Dizem que a alma não tem cor..."
- Eu rio do mais fundo do meu Banzo! rsrsrsrsrsrsrs
Logo logo, nos interstícios das belas letras e linhas galantes...
é nóis, ali, cisco nos olhos!!
De cabeça erguida e coluna ereta:
uma mão na tua mão, irmão, e a outra no mundão!
A foto de um dia especial
A foto foi feita por Menna, uma parceria egípcia que, neste verão, circulou pela Bahia Preta e acabou se batendo com a Blackitude nas nossas encruzilhadas.
Estamos no Sarau Poesia Com-vida no Quilombo 37, Pelourinho, atividade convocada pelo Irmão Fábio Mandingo, na janela, de braços abertos, Mandingo é professor, historiador, angoleiro e ativista fervente. Foi um dia de literatura viva. Esse cara bem abaixo, sentado o chão, ó b.boy Ananias do grupo Indpendente de Rua, produtor pra toda obra e componente da Blackitude; esse negão aí sentado, portando uma tumbadora, é o Lázaro Erê do grupo de rap afribaianizado Opanijpé, grande amigo e caçula na Blackitude; a moça linda e toda colorida em pé é a Negra Íris, minha parceira de poesia mais ao lado de tão perto, é a principal componentes do grupo As Rainhas que me acompanhará no trampo que estou gravando e preparando para levar ao palco, ela também é cantora do grupo de rap RBF, e juntos estamos na pré-produção de seu disco solo; claro que ela é da Blackitude.
Não aparece um monte de gente querida na foto, mas é bom constar que, neste dia, estavam com a gente, e também declamaram, os visitantes do Haiti: Vox Sambou e Diegal Leger
Aproveitei a fotografia para falar um pouco da minha turma aqui da Bahia Preta; pessoas que aprendi a amar simplesmente e, hoje, não consigo me ver longe delas: parece que sempre estiveram na minha vida!
Nelson Maca - Exu Leva e Trás sem Complexos de IoIô!!
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quarta-feira, 18 de março de 2009
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Um comentário:
esse dia foi foda!! que venham + desses em 2009!!
Axé
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