quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Um abraço no Mestre Sérgio com Amor!

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Dois Poemas Desesperados e
uma Canção de Amor:



Vida besta do vida loka

p/ Luan.

De olhos abertos
por dezoito anos
não teve tempo de esperar velhice
que não espera por ninguém.

A vida é um tapa, um soco no vento.

Uma ruga na face
era tudo
que aquela pele lisa
precisava,
mas as varizes andam sem pressa
quem tem tempo de esperar?

A vida escapa como um pensamento.

Oca de lágrimas
uma mãe
enterra um filho
desobedecendo as leis
do universo
e um verso não diz
quanto uma dor
é perversa.

E a vida maltrata como um pensamento.

Se um tiro no escuro
ou uma rajada no claro
Um sopro de luz
ou um arroto na cruz
o milagre da vida
só acontece
quando ela se vai
estar vivo é raso
quase raro.

A vida é uma capa que tremula no vento.

Viver dói
como adeus da pessoa amada,
como a sede
e barriga vazia,
a boca seca pede água,
um beijo
e alimento
para a ferida que judia.

A vida é assim, desidrata, mas é o espírito do tempo.

(Sérgio Vaz)

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A solidão e sua porta

Quando mais nada resistir que valha
A pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(Nem o torpor do sono que se espalha)

Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
E até Deus em silêncio se afastar
Deixando-te sozinho na batalha

A arquitetar na sombra a despedida
Deste mundo que te foi contraditório
Lembra-te que afinal te resta a vida

Com tudo que é insolvente e provisório
E de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório.

(Carlos Pena filho)

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heroísmo
- para sérgio vaz

A melhor palavra que tenho para você, irmão
É heroísmo

Não quero que pensem num predicativo solto
Pois não vejo como
Tendo observado suas maneiras finas nesta terra fria
Não posso tratá-lo de outra maneira

O seu ato heróico faz-se menos nas grandes coisas
Do que nas pequenas

Menos em público do que em particular

O que mais me impressiona em você, mano
É a sua crença diária
A despeito do terror que o cerca desde sempre aqui

Minha maior alegria
É saber que o vejo tão perto
Que posso seguir seus passos majestosos

Que posso tocá-lo enquanto na passagem do meio

(Nelson Maca)

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Um comentário:

Anônimo disse...

O vida loka é essa mistura de bandido com vítima do sistema, que poeta de esquina como mano Brown criaram para os garotos perdidos das quebradas. Vida loka é essa invenção dos stalinistas analfabetos, que idolatram quem anda com uma arma numa mão e uns versos de rap na outra. É isso que o Lula quer com as federais, ensinar que vale mais o bandido que o trabalhador.
Que nojo da minha federal, que nojo...

Renata