quarta-feira, 17 de setembro de 2008

ENTREVISTA / Lázaro Erê - Grupo Opanijé / BA

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Quem sabe a cura não teme a doença!
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Salve, Rapa!

O Blog Gramática da Ira traz para vocês mais um perfil que me deu o maior prazer de fazer!
Trata-se de um Irmão que gosto muito e que me bato sempre por aqui na Bahia Preta.
Aliás, ultimamente, estamos nos encontrando com muita freqüência, para trocar idéias de gente grande (rsrs).

Trata-se do Lázaro Erê, um negão que conheci no meu primeiro contato oficial com o hip hop de Salvador lá no Passeio Público, onde aconteciam as reuniões da fundamental e saudosa Posse Ori.
Naquela época, ele já tinha uma proposta diferenciada de Rap, utilizando formação de “banda + Dj” e com toques explícitos de africanidade desde o nome do grupo: "Erê Jitolú".

De lá pra cá, muita coisa mudou, mas Lázaro nunca deixou de participar ativamente do hip hop baiano.
Com opiniões polêmicas sobre a cena local e nacional, ele nos fala um pouco de sua carreira artística e política.

Hoje, ao lado de Dum Dum e DJ Chiba, compõe o Opanijé, um dos grupos promissores de Salvador que curto demais: estética, política e racialmente!

Outra correria do Irmão é o Coletivo Hip Hop Com Compromisso, que realiza atividades de formação, principalmente, com jovens da cidade.

Além de organicamente envolvido na cultura de rua, Lázaro estuda Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia. Aproveitamos, então, para apresentar para vocês uma série de trabalhos visuais juntamente com trechos de Rap do cara.

Fica aí o convite para todos acompanharem esta e a postagem seguinte, para conhecer um pouco mais de um dos artistas mais talentosos de Salvador e do Brasil (na minha opinião, é lógico).

- Depois quero saber a sua! Firmeza?

Como já disse em outras ocasiões, plagiando Malcolm X, o hip hop baiano é uma serpente de várias cabeça que cresceu despercebido enquanto o Brasil só tem olhos para nossos estereótipos de baianidade inconsequente.

Com vocês: Meu Irmão Lázaro, do grupo Opanijé!

Nelson Maca - Blackitude.Ba


Organização Popular Africana
Negros Invertendo o Jogo Excludente

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Gramática da Ira (GI) - Salve Lázaro, quem é você, de que Bahia você é?

Lázaro (Lz) - Sou um jovem baiano, soteropolitano antes de baiano, e negro antes de tudo isso. Sou da Bahia real, sem maquiagens turísticas, e por isso mesmo muito mais bonita, mais interessante e mais sedutora.

GI - Como foi sua infância e adolescência cultural em Salvador? De que forma aproveita tudo isso em seu trabalho?

Lz - É uma história meio longa, mas lá vai: eu não podia escolher muito o que ouvir, hoje vejo que isso me beneficiou p caramba. Me lembro dos caras que cantavam no fundo do buzú que ia pra o Terminal EVA: Músicas do Olodum, Malê, Muzenza, Araketu, Edson Gomes, etc.. tanto que tem músicas que nunca tocaram na rádio e eu sei de cor até hoje. E hoje isso está tão presente que eu não consigo imaginar o rap sem esse vínculo com essas músicas. Daí os nomes em língua africana, as frases retiradas de canções de lazzo, Ilê, etc.., e samplers que de vez em qdo incorporamos em nossos sons. Pena termos pouco material. Depois veio um programa que passava na Manchete FM chamado Manchete Laser Mix que acabou virando campeão de audiência no horário tocando Miami bass, R&B (que eles chamavam de lentinhas) e de vez em quando algum rap, tipo 2 Live Crew e Run DMC. Por isso os primeiros raps que eu ouvi eram gringos. Tinha um programa na TV Itapoan que passava clips chamado Vídeo Jovem e na época o Public Enemy tava estourado com “Give it up”, o Dj Jazzy Jeff e The Fresh Prince (hoje o Will Smith) tava lançando “Boom Shake The Room” e Snoop doggy doggy lançando “Who I AM (Whats my name)” entre outros que eu não lembro agora. Pronto! Comecei a caçar esse tal de rap em todos os cantos.

GI - Como você chegou ao Rap e aos elementos do hip hop? O que veio primeiro? Como chegou, enfim, até a Posse Ori?

Lz - Comecei a escrever rap em 1993 pra uma peça do colégio. Não tinha a menor pretensão de criar um grupo, até que conheci Dj Márcio através de um amigo em comum. Márcio já tinha uma banda chamada Filosofia Rapper e me chamou pra fazer parte. Daí surgiu a Banda Erê Jitolú. O nome foi mudado em 94 e a intenção inicial era contrastar com uma galera do rap que tava muito americanizada na época. Pelo que vejo muita coisa não mudou.

GI - Aproveita para dar a sua versão sobre a Posse Ori!

Lz - No meu ver a posse Ori não começou numa reunião formal, como alguns afirmam. Começou com encontros informais. Eu lembro que eu conheci Dinho porque a família dele conhecia a minha há mais de 50 anos. E ele me apresentou a Gomez por telefone, eu e Márcio conhecemos Jorge Hilton e Dj Marcelo que tocava com o Leões do Rap e daí surgiu essa idéia de juntar essa galera p se reunir. Acho que a posse acabou justamente por causa dessa tentativa de formalizar as relações e transformar nosso trabalho em trabalho de ONG. Daí vieram as divergências, e conseqüentemente a separação em 2003. Teve até evento de despedida no Espaço Solar. Pra mim foi uma grande perda e a principal causa desse clima de atraso que foi gerado nos anos seguintes.

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GI - Quando você canta, vem à minha mente dois vocalistas que gosto muito: Chuk D de Fight the Power e o saudoso
Sérgio Participação que eternizou a música Brilho e Beleza do Bloco Afro Muzenza. Qual a importância deles para você?
Lz - Rapaz, pra mim o Public Enemy sempre foi e sempre será o maior grupo de rap de todos os tempos. Mesmo antes de entender o que Chuck e Flavor falavam, aquilo já batia forte e me identificava, sempre foi o meu padrão de rap. Já o Muzenza eu conheço muito pouco e ainda assim me influenciou bastante. “Brilho de Beleza” me emociona tanto quanto “Fight the Power”. È um afro sem retoques, sem essa babaquice “black” que tomou conta da cabeça dessa negrada de hoje.

GI - Quando te conheci, na Posse Ori, lá no Passeio Público, você compunha a banda Erê Jitolú ainda com o Nego Juno, DJ Márcio, etc. Depois veio a nova formação da Erê e, finalmente, Opanijé. Fale um pouco de sua trajetória no Rap antes da Opanijé?

Lz - Sempre acreditei que a Erê era uma banda a frente do seu tempo. Hoje eu vejo o quanto eu tava certo. A gente já experimentava samba com rap muito antes de Marcelo D2, Rappin Hood, etc... A gente era do Garcia, véio! Cê queria o quê? rsrsrs... Mas o público e até mesmo alguns integrantes da banda ainda queriam apostar na velha fórmula rap + rock = Run DMC, Rage Against The Machine, Cambio Negro, Faces do Subúrbio, Pavilhão 9, entre outros. Eram todos fonte de inspiração, mas eu e Márcio queríamos bem mais que isso e acabamos não encontrando o apoio necessário até que a banda acabou oficialmente em 2005 e eu chamei Dum Dum e Chiba e formamos o Opanijé.

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GI - Desde o início, seu grupo tocava com banda, por isso mesmo sempre encontrando dificuldades materiais nas produções específicas de rap. Dentre as melhores apresentações de rap que já tive oportunidade de assistir, em nível nacional, nunca esquecerei a apresentação da Erê Jitolu no Projeto Julho em Salvador que acontecia no Quadrilátero da Biblioteca do Barris. Como você vê hoje a dicotomia Rap com banda versus com DJ, visto que o Opanijé, basicamente, se apresenta com formação de Mc’s + Dj?

Lz - Rapaz, aquele show de 2002 foi foda! Vou até ver se eu acho o vídeo pra postar no Youtube. Ali era o resultado de 8 anos tentando achar um som do jeito que a gente queria. Musicalmente sempre achei que uma boa banda enriquece o trabalho do rapper. Tenho planos de montar um trabalho de banda com o Opanijé também, mas não mais do jeito como era com a Erê. Ali a gente “dependia” dos músicos porque não havia uma outra alternativa. O fundamental p se formar uma banda de rap é que o músico conheça o rap e seja versátil a ponto de entender que ele pode tocar um clássico do Jazz ou até mesmo tocar uma nota só durante uma música inteira.

GI - Você produziu a base de um rap que é hit em Salvador: Cabelo da Desgraça (Blackão) do grupo RBF (Rapaziada da Baixada Fria). Durante um tempo, também produziu o grupo feminino Hera Negra, não é? O que você já fez e tem feito como produtor? Como é seu processo de trabalho? Que estética você persegue?

Lz - Eu costumo dizer que dinheiro não é justificativa pra quem, em vez de produzir, baixa bases na internet. Hera Negra foi minha primeira experiência como produtor de beats. Além do Blackão, eu produzi também Bozó, Palavras de ordem e Negros Fujões do RBF. Produzi também as bases do Comunidade Alerta que era uma dupla formada por meu irmão Dum Dum e Heider do RBF. Além de um remix que o DJ Bandido, Dj Joe e o Dj Léo tornaram famoso em Salvador: P.I.M.P. (Sambamix) do 50 Cent. Tudo isso em um computador literalmente caindo aos pedaços. O importante pra mim, na hora de fazer uma base é conhecer a música e saber como dar aquela porrada certa em pontos estratégicos. A base tem que ser feita para a letra e o vocal tem que saber honrar a base.

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GI - Outro aspecto notório de sua trajetória, não só de rap, mas também de vida são as questões africanas profundas. Na minha modesta percepção, o Opanijé é um dos poucos grupos que me convencem da profundidade de seus elementos afro-centrados, principalmente as questões de religiosidade. Você pode falar um pouco da questão da negritude em seu trabalho artístico, inclusive da sua produção como artista plástico?

Lz - Que bom que o nosso trabalho convence! Eu sempre procurei ser o mais sincero possível quando falo de negritude, acho que a consciência racial não pode vir sem auto-estima, sem o capricho em nossas produções, sem o aprofundamento na nossa história e cultura. Opanijé não tem a pretensão nenhuma de defender esta ou aquela religião como a verdadeira, mas buscamos transformar em música a força que encontramos no Axé, nos Orixás. E meus desenhos são uma visão de mundo, de negro, de Orixá muito particular. Simplesmente gosto de estudar nossa estética de corpo, indumentárias acessórios... enfim! Temos uma história e ela acaba refletindo em nossa cara e em tudo o que fazemos.

GI - Sempre defendi a questão do quinto elemento como algo legítimo no hip hop, e o concebia como um ponto a mais, independente quase... Hoje critico quem faz do hip hop muleta, para fazer única e simplesmente política tradicional, relegando as linguagens artísticas do hip hop para um segundo plano (apenas estratégico na aproximação das bases). Quem me deixou ainda mais confuso fio o GOG quando argumentou comigo sua concepção, ou seja, que o quinto elemento não deve ter uma individualidade, uma existência “em si”. Na visão dele, que tá realmente me convencendo, o conhecimento e o compromisso social devem estar nos quatro elementos como uma espécie de sangue nas artérias da cultura; como elemento renovador, oxigenando e revigorando a tensão de suas linguagens e ideologias. Como você tem pensado essas questões no seu cotidiano de hip hop?

Lz - Acho uma babaquice essa conversa de que existe cultura e movimento. Quando falam que são duas paradas que caminham em paralelo então... Aí é pra rir, né? Quem fala isso não compreende o sacrifício que é você ter um trabalho bom e não ter onde mostrar porque não é coligado a grupo A ou B. Concordo com Gog quando ele fala que o conhecimento e a consciência política (eu acrescentaria racial) devem estar enraizados nos 4 elementos. Mas por exemplo, o cara que se mata, sem ganhar um tostão, p organizar um evento em sua comunidade mesmo sem tocar nem cantar em nenhum grupo, nem grafitar, nem dançar, pra mim representa muito mais do que um ou outro carinha que fica fazendo “palestra de hip hop” sem ter o mínimo de respaldo da rua. É como diz o KRS One: “eu não faço eu SOU o Hip Hop”. Todo mundo diz que conhece, que defende, pá... mas na hora de “ser” o hip hop corre do pau.

GI - Por falar em quinto elemento, o que é, exatamente, quem compõe, o que pensa e o que faz o Coletivo Hip Hop Com Compromisso.

Lz - O H2C2 é um coletivo que trabalha com educação e conscientização, utilizando os elementos do hip hop. Surgiu de uma idéia que eu tinha com Márcio desde a época da Posse Ori. Conta somente com quatro membros efetivos. Eu, Márcio, Chiba e Ainá e entre os membros “não-efetivos” tivemos várias parcerias: Fael, Afro, Core, Marquinhos Black, Ananias, entre outras pessoas de fora do hip hop que contribuíram para que nossas correrias acontecessem. Tivemos que parar nossas atividades durante um tempo, mas estamos planejando coisas novas que em breve a gente divulga.

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GI
- De maneira global, o que você tem ouvido e visto? O que não ouve e não quer ver mais? O que nunca ouvirá nem verá?

Lz - Procuro ouvir sempre muita coisa boa. Pena que nem sempre consiga. rsrs... No geral, ouço India.Arie (quem me conhece sabe o quanto eu sou louco por ela), Daara J, Nelson Cavaquinho, Pharcyde, Jurassic 5, Aniceto do Império, Clara Nunes, Sizzla, Onyx, Elephant Man, Bone Thugs n Harmony, os reggaes do Bad Brains (pra caralho!!), Mos def, Talib Kweli (o Ear Drum provou que o bom hip hop não vai morrer tão cedo), o DVD novo do The Roots, o do George Clinton de 1977, entre várias paradas que eu não me lembro agora. Do Rap nacional tenho ouvido muito pouca coisa. Alguns grupos parecem que entraram numa fase “Jovem Guarda”: Roupa dos gringos, cabelo dos gringos, música dos gringos, clipes no estilo dos gringos e só cantam em português porque não sabem outra língua. Pra mim isso é coisa de tabaréu provinciano. Aí eu vou logo no original ou então ouço as coisas daqui da Bahia mesmo, que tão dando um banho de criatividade em muita xérox de gringo que a gente ouve no resto do Brasil.

GI - De maneira local, como você avalia o hip hop do estado ou, mais especificamente, de Salvador hoje? Para onde vai desse jeito? Que iniciativas de hip hop você admira e freqüenta, independente de sua participação na produção ou como artistas?

Lz - Salvador hoje tem produtos bons, tem quem consuma, mas um não chega até o outro. Às vezes eu fico triste quando vou para alguns picos da cidade e vejo uns caras com as mesmas atitudes de 10 anos atrás. A impressão que fica é que a parada estagnou. Mas tem gente boa fazendo coisas boas e é isso que me instiga a continuar. Falta às pessoas colocarem a inveja e despeito de lado e aplaudirem (até literalmente mesmo!) o trabalho dos daqui tanto ou mais do que fazem com os de fora. Gosto muito do trabalho dos grafiteiros tipo o Lee, Fael e Dimak. Não só por serem meus amigos. Dá orgulho ver esses caras se destacando dentro e fora do Hip Hop. O B.Boy Ananias que é hoje a nossa principal referência de break com o devido merecimento. Sempre que eu posso tou ali na roda vendo o trabalho dos caras do Independente de Rua e sempre recomendo a quem não conhece.

GI - Destaque CDs, demos, eps, etc, fotologs, blogs, myspaces, sites, produções, festas, da Bahia ou com artistas e ativistas locais que você freqüenta e admira?

Lz - O blog gramática da ira é um dos que eu acesso mais freqüentemente. O blog de Sereno, o site Positivoz.com, o blog dois olhos negros tem textos bons tb... Myspace tem vários: todos que estão ali adicionados no do Opanijé eu ouço. Gosto muito do Daganja, Versu2, Quinho Mete Bronca, Lucas Kintê, do Loquaz, Preto Sábio, Dão, Lumpen, O Quadro, etc.. A Festa que tá bombando mesmo é o Fora de Órbita. Já tivemos a oportunidade de tocar e foi massa. Mas admiro também a raça da galera que promove os eventos de Bairro; pra mim os mais respeitáveis são o União dos Manos e o Hip Hop na Onça que são feitos por gente séria e que tem o hip hop no sangue independente de qualquer coisa.

GI - Fica o espaço, para as suas considerações finais - por ora, é claro! (rsrs) Aproveita para deixar os contatos seu, do Opanijé, do hip Hip Hop Com Compromisso e o que mais você quiser falar... Espanque! (rsrsrsrsrs)

Lz - Uma frase que Robson Véio me disse e que me fez entender muita coisa que tem acontecido comigo e com o Opanijé nesses últimos tempos: “Às vezes o fato de você ser bom só te atrapalha, porque ser bom incomoda a quem não é”. Acho que agora é a hora de trabalhar. Só isso que eu desejo daqui pra frente. Trabalhar para colocar o que fazemos na boca do povo, do povão mesmo. Sem essa de “cena hip hop”. Foda-se a cena! O Hip Hop baiano precisa é da massa! Não só pra comprar nossos produtos, mas pra fortalecer nosso discurso. Precisamos estar junto dessa periferia que muitos dizem que defendem e pra isso temos que ser estratégicos, inteligentes e, acima de tudo, verdadeiros.

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Pra ouvir o Opanijé o link é: www.myspace.com/opanije
e pra baixar:http://rapidshare.com/files/99558316/Opanij_.rar.html
temos comunidades no orkut também. Opanijé: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=1719916
e Hip Hop Com Compromisso: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=2018087
Axé para tod@s!

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Foto 1: Lázaro Erê - Apenas
Foto 2: Opanijé - Lázaro + Dj Chiba + Dum Dum
Foto 3: Bloco Afro do Muzenza- BA (CD)
Foto 4: Lázaro: uma história!
Foto 5: Desenho by Lázaro
Foto 6: O arsenal das batidas venenosas
Foto 7: Opanijé

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6 comentários:

Opanijé disse...

Valeu pelo espaço Maca!!

Axé

Anônimo disse...

Valeu pela presença sóbria, pungente e inspiradora, Lázaro-Opanijé!

Obrigado por responder tão pronta e amorosamente nosso chamado!

Conte sempre comigo, Irmão querido!!

Seu fã,
Nelson Maca - Blackitude Ba

Otra Vidda disse...

GOSTEI MUITO DA ENTREVISTA. AS PESSOAS PRECISAM OUVIR, LER, ASSISTIR OS QUE ESTÃO DESDE O COMEÇO DESSA BATALHA QUE É O HIP HOP.
AH! MACA, GOSTARIA QUE TU DESSE UMA OLHADA LA NO BLOG DO NOVA ALIANÇA NEGRA E VER SE DA PRA COLOCAR COMO LINK NO SEU. O GAMÁTICA JÁ LINK DO NOSSO.

AXÉ!!!!!

Anônimo disse...

Assim segue!

www.positivoz.com

Paz!

thamires disse...

Amei essa materia...Parabéns

Opanijé disse...

obrigado. que bom qe depois tanto tempo as pessoas ainda lêem essa matéria.

Axé