Diamba
Negro velho fuma diamba
Para amassar a memória
O que é bom fica lá longe...
Os olhos vão-se-embora para longe
O ouvido de repente parou
Com mais uma pitada
O chão perde o fundo
Negro escorregou
Caiu no meio da África
Então apareceu no fundo da floresta
Uma tropa de elefantes enormes
Trotando
Cinqüenta elefantes
Puxando uma lagoa
- Para onde vão levar esta lagoa?
Está derramando água no caminho
A água do caminho juntou
Correu correu
Fez o rio Congo
Águas tristes gemeram
E as estrelas choraram
- Aquele navio veio buscar o rio Congo!
Então as florestas se reuniram
E emprestaram um pouco de sombra pro rio
[Congo dormir
Os coqueiros debruçaram-se na praia
Para dizer adeus
Raul Bopp
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Apenas gosto deste poema...
Muito.
Nelson Maca!
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