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Leva o carro
A Estação Pirajá está sempre cheia de odores
De ambulantes, de buzus, caramelos
Cachorros quentes, fumaças e suores
Ali começa a aeróbica de todos os dias
E lá vou eu espremido, moído
sardinha socada na lata, cheia de óleo
Quase humano...
Em São Caetano enche mais
Dona Jandira , seu Arlindo, Joca ,Rascunho
Pé de bode e Chico Frito e José e João
E lá vai....
Olha a curva
Se segura que esta porra vai virar!
Mônica, folgadinha, de celular e os escambau
Toda de bermuda de marca, de tênis, bolsinha
E um descarado logo se encosta e se ajeita
e fica naquela de fazendo terra
fungando no cangote da neguinha
Êpa! uma blitz de novo...
Saltam só os homens que os “hômi mandou”!
E aquele guarda com cara de fuinha
se invoca com minha sacola da cê e á
me manda abrir
Lá se foi meu segredo
meu ebó, meu despacho selado
as velas, as fitas, a pinga
e um crente do lado, pendurado na Bíblia
resmunga, “Tá Amarrado”!
e se reta comigo, com medo de Exú
Mas quem se retou mais, fui eu mesmo
encostado na lateral do buzu
de mão na cabeça e pernas abertas
em nome da lei aquele guarda sacana
passou a mão na minha bunda
procurando arma... uma zorra...
passou a mão de leve em meu ovo
aquele guarda sei não...um sacana de novo!
.
todo mundo de volta no carro
e lá vem curva , buxixo e sarro
até chegar lá na PQP
onde entra mais gente
um que leva uma “gaiva”
outros que vão “prá” Lapa
uma prenha pela frente
dois que saem no tapa
no último banco se instala um samba
um carinha se pica pela traseira
o ceguinho dizendo que é o cobrador especial
uma dama cochilando de bobeira
uma zorra total, suando que é um horror
e a gente espumando de raiva
“leva o carro, motô!”
Leva o carro
A Estação Pirajá está sempre cheia de odores
De ambulantes, de buzus, caramelos
Cachorros quentes, fumaças e suores
Ali começa a aeróbica de todos os dias
E lá vou eu espremido, moído
sardinha socada na lata, cheia de óleo
Quase humano...
Em São Caetano enche mais
Dona Jandira , seu Arlindo, Joca ,Rascunho
Pé de bode e Chico Frito e José e João
E lá vai....
Olha a curva
Se segura que esta porra vai virar!
Mônica, folgadinha, de celular e os escambau
Toda de bermuda de marca, de tênis, bolsinha
E um descarado logo se encosta e se ajeita
e fica naquela de fazendo terra
fungando no cangote da neguinha
Êpa! uma blitz de novo...
Saltam só os homens que os “hômi mandou”!
E aquele guarda com cara de fuinha
se invoca com minha sacola da cê e á
me manda abrir
Lá se foi meu segredo
meu ebó, meu despacho selado
as velas, as fitas, a pinga
e um crente do lado, pendurado na Bíblia
resmunga, “Tá Amarrado”!
e se reta comigo, com medo de Exú
Mas quem se retou mais, fui eu mesmo
encostado na lateral do buzu
de mão na cabeça e pernas abertas
em nome da lei aquele guarda sacana
passou a mão na minha bunda
procurando arma... uma zorra...
passou a mão de leve em meu ovo
aquele guarda sei não...um sacana de novo!
.
todo mundo de volta no carro
e lá vem curva , buxixo e sarro
até chegar lá na PQP
onde entra mais gente
um que leva uma “gaiva”
outros que vão “prá” Lapa
uma prenha pela frente
dois que saem no tapa
no último banco se instala um samba
um carinha se pica pela traseira
o ceguinho dizendo que é o cobrador especial
uma dama cochilando de bobeira
uma zorra total, suando que é um horror
e a gente espumando de raiva
“leva o carro, motô!”
Poema de José Carlos Limeira
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Muito bom!
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Muito bom!
Um hit nos eventos da Blackitude e nas rodas literárias por onde circula o grande poeta Limeira... Sou fã da poesia e da pessoa desse negão desde o tempo que os bichos falavam!
Nelson Maca
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2 comentários:
adoro esse poema!! me traz grandes lembranças... vou te mandar um desenho q eu fiz q acho que combina com esse poema!!
axé
Limeira não tem noção do sucesso desse poema pela Bahia toda. É bom demais.
Sílvio.
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