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"Ô, meu nego, você deve pensar que estou forçando a barra nesses entremeios metalingüísticos e intertextuais, não é?
Como vês, de fato, não só no tratamento de Irene a mim dispensado, insiste em sobreviver o velho Professor Botelho aí da memória dos vivos.
Mas é isso mesmo: como dizia o nosso agora parceiro calado, se você tiver aí a torcer o nariz, feche essas páginas e vá assistir sua telenovela favorita, ou então leia A moreninha, Iracema, Escrava Isaura, Capítulos da História Colonial... A carta de Caminha... Sei lá.
Porque esta história é minha demais, e só eu posso julgar a urgência e veracidade do que digo ou deixo de dizer.
Não deixa de ser também a minha porção de reparação. Minha ação afirmativa se faz na negação da narrativa do mundo que vivi!
Mas somente você é quem deve decidir se ela te serve ou não para tua carapuça, mano."
(Do livro "Desencanto de Sabiá..." - minhas memórias engavetadas)
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quinta-feira, 14 de maio de 2009
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