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A Encruzilhada é d'EXU!
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Passageiro
O passageiro do trem dos esquecidos
Dobrou a esquina de sua sina
E descarrilhou cidade adentro
Entrou rasgando os muros, as paredes,
Des-cercando as amarras cegas das cercas
Arrebentando as farpas dos arames farpados
Anti-gado que desacata vaqueiro
Levou no peito aberto de frente
Os portões de ferro do centro
Libertando seu destino traçado à revelia
Sem seu ciente sem seu consentimento
Mas enquanto o vento do novo initinerário
Quebrava a esquina da paisagem
Uma brisa de antes reacendeu a brasa antiga
Fogo brando nas quebradas da memória
Marca profunda das quebras do mundaréu
Por isso o trem sempre volta ao limite do início
Com tudo com postura com impulso com pulso
Com memória com história comemora
Compassado no futuro
Agora corre livre como pensamente avulso
Vai por dentro vai por fora pela margem pelo centro
Driblando falácias descentrando malidicências
Abrindo portas malentidas a pulso
Dizendo aos surdos saiam da frente
Acordando voraz mordente os dormentes
Porque o sol primeiro nasce para combatentes
Os batentes de sua gente
Porque trem que é trem vem e vai
Não fica ancorado feito guindaste de cais
E passageiro que tem sina de passageiro
Passa lento passa ligeiro passa sempre
Não fica parado no trem em movimento
Poema de Nelson Maca (eu)
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Um comentário:
Muito louco mesmo!
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