sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Da Bahia Preta sem véu de alegoria

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Tá chegando a Gramática da Ira

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A Guerra Preta tá chegando...


Enquanto isso, vamos nos juntando "À caminho de Palmares"!


1. Suburbano Convicto - Org. Alessandro Buzo.

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A morte do negreito

[...] Há muita cerveja gelada nos bares / aqui a pouco o samba invade o fundo dos quintais / Muitas versões do agora serão contadas / Nos açougues escolas estádios barracas de frutas / E haverá sermões para nós em duzentas igrejas ao cair da tarde / E haverá inúmeras pesquisas acadêmicas acerca de nosso extermínio / E haverá muitas gargalhadas das piadas que se contam de nós / Aqui: é a mesma história batida de sempre / Não tenho nem mesmo um pingo de lágrima para derramar por ele / Não há nada aqui que possa despertar minha pena / Nem mais ninguém pra temer ou fugir / Trata-se de uma história conhecida demais / Nossa demais [...]

*Participei da coletânea como escritos com o poema A morte do Negreito e com o conto Qualqué coisa, liga nóis


2. Colecionador de pedras - Sérgio Vaz

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Salve a Voz de Sérgio Vaz
Quando o G.O.G. me apresentou ao Sérgio Vaz, não foi apresentação, foi formação de guerrilha: nós três e a rapa toda que faz e que curte a Blackitude, celebrando a vida na Bahia preta. Testemunhei, corpo presente, a força maior de sua arte: o pensamento a mil, os pés no chão e um sorriso do tamanho dos lábios! Palavras retas. Um poeta nosso. Tal a pessoa, sua poesia está despojada de ornamentos inúteis. De casca de erudição. Estética e humanamente, dilui o limite entre a realidade e sua representação, a vida e o
verbo, a verdade e a beleza. No campo de batalha cotidiano, um poeta que nos comenta - que nos interessa. Cooperifados pela nossa luta e nosso sonho, enfim, anulamos os atravessadores. Sérgio Vaz é poeta, e, como poeta, sabe ser simples. Como simples, sabe tecer o coletivo. Como coletivo, sabe ser nós. E, como nós, faz-nos grandes ao seu lado. Se você, leitor, quer saber mais do que ora comungo, leia esse incansável colecionador de pedras. Conheça esse ladrilhador de imagens. Eu, que não tive a felicidade de escrever O milagre da poesia, ou o “Bruno matador” (Pé de pato), sinto-me, poeticamente, vingado por Sérgio Vaz. A tempo: em nossa humanidade tão desumana, ser simples é muito complexo. Deus para entender? Então, SaravAxé e BoAventura!!

* Escrevi a orelha do livro: Salve a voz de Sérgio Vaz


3. A Rima Denuncia - GOG.

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O Poeta do Rap: do Vinil ao Livro
Para estabelecer o formato final da obra, foram
horas de audição e transcrição das letras; dias em frente ao computador; dezenas de e-mails trocados. Além dos encontros, para revisões parciais do material. Peso Pesado! Aliás, esses foram momentos de trabalho árduo, mas também de fruição, de prazer, de alegria e amizade. O GOG cantava duas, três ou mais vezes trechos ou músicas inteiras, ensinando-me, primeiro, a ouvi-lo, para, depois, recriá-lo para vocês em palavras que riscam ariscas as páginas brancas deste livro.

* Organizei os originais
e escrevi o posfácio: O Poeta do Rap: do Vinil ao Livro


4. TarjaPreta – Zinho Trindade

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Zinho Trindade e o legado de Solano

Aqui, no espaço profundo deste livro urgente e pungente, não encontro apenas imagens familiares de Solano, mas, emocionado, agradeço ao Tempo e ao Espaço por me permitirem recompor mais um laço dessa família gloriosa, orgulhosa e ativista. Recebi o convite do Zinho para comungar essa publicação como quem recebe o bilhete premiado com o preço da passagem do meio. Porém, em viagem de retorno, no útero da Black Star Line. Para mim, figurar a história dessa obra e, por extensão, dessa família - que nos interessa, representa e complementa - significa, primeiramente, uma confraternização de parentes que se reencontram. Uma celebração afirmativa de nossa Resistência Ativa. Mais um passo largo no compasso da espiral que tangencia o batimento vital do passado de nossa unidade original

*Organizei o livro e escrevi o prefácio: Zinho Trindade e o legado de Solano

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A Encruzilhada é d'Exu... é d'Exu!!

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