Sarau Bem Legal + Leitura = Ação da Cidadania

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IV Seminário Nacional de Educação
da Açao da Cidadania

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Quem come livro é livre!

No dia 11 de setembro, mais uma vez buscando promover a educação como o principal instrumento de construção da cidadania, a Ação da Cidadania promove o IV Seminário Nacional de Educação – Quem Come Livro é Livre.

O Seminário reunirá lideranças comunitárias de mais de 500 comunidades populares do estado do Rio de Janeiro, universitários, professores, educadores populares, estudantes, crianças e jovens para um grande dia de estímulo à leitura. Além da mesa de abertura, que mostra iniciativas populares de incentivo à leitura, teremos oficinas direcionadas a mediadores de práticas de leitura e atividades educativas com crianças e jovens.

Participe!

"Uma nação se faz de homens e livros" (Monteiro Lobato).
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Programação*

10 às 10h40 – Abertura

:: História Cantada
- Prof. José Raymundo Romêo
(Presidente do Conselho Diretor da Ação da Cidadania) e
- Fabiano dos Santos
(Diretor de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura).

10h40 às 12h30 – Práticas de incentivo à leitura

:: Os Espaços de Leitura
- Comitês da Ação da Cidadania
:: Projeto Sarau Bem Legal
- Nelson Maca (Salvador/BA)
:: Os Tapetes Contadores de Histórias
- Helena Contente (a confirmar)
:: O Homem Livro
- Evando dos Santos

13h30 às 16h – Trocando experiências

Oficinas com adultos

:: Mediadores de Leitura
(Cátedra da PUC)
:: Redação de Cordel
(Academia Brasileira de Literatura de Cordel)
:: Sarau de Poesia
- Sarau Bem Legal

Outras a confirmar

Atividades educativas com crianças e jovens
Práticas de Incentivo à Leitura: Espaços de Leitura da Ação da Cidadania.

* Sujeita a altarações

(Divulgação)

Fonte: www.acaodacidadania.com.br

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.Um convite providencial!?.

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Essa demanda é fruto de um contato direto de João Guerreiro com nossos saraus aqui mesmo na Bahia Preta. Ele esteve no Sankofa Afrikan Bar, no Pelourinho, para assistir o Sarau Bem Black. Depois voltou, para assistir o Sarau Bem Legal; agora na Bilioteca Ifantil Monteiro Lobato em Nazaré.

Foi realmente uma semana intensa e prazerosa. A poesia reinou abslotuta nas raias da Blackitude.

Depois o João Guerreiro manteve contatos via Net, inclusive citando-me, muito carinhosamente, numa resenha sobre a inauguração de um sarau infantil no Morro da Providência no Rio de Janeiro. Olha que loco o nome: Sarau Providencial!

Agora sigo eu - carne, osso e pele preta - para o Rio, onde participo, a convite do Ação da Cidadania, que João faz parte, para uma boa troca de entre ativistas que desnvolvem ações cidadãs de incentivo à leitura.

Como dizem os irmãos paulistanos (Alessandro Buzo, Jairo Periafricania, Michel Ceríaco, Sérgio Vaz, Zinho Trindade...): que progresso, hein!!

Lá, na manhã de sábado (11), participo de uma mesa de debates ao lado de outras pessoas que militam em torno do incentivo à leitura. Pela tarde, realizo uma oficina com público misto: crianças, jovens e adultos. Os mais velhos, muitos multipilicadores do Ação da Cidadania, apenas observarão meu trato com a garotada. Tenho pouquíssimas horas para preparar um sarauzinho parecido com o Sarau Bem Legal soteropolitano.

Olha só nas foto a cara e a coragem de minha trupe "marrentinha"! Será que eu consigo levar as "crioncinhas" cariocas nesta mesma Barca de Positividade literária e orgulhosa? rsrsrs

É isso! Sigo na sexta (10) e retorno na segunda (13). Realmente, tô virando um Poeta Exu Estradeiro, né.

Lá na terra do Dom Filó (my soul brother do Black Rio), espero ter tempo para ver também o Guti Fraga, do Nós do Morro, um artista incrível que conheci na Mostra Cultural da Cooperifa, em São Paulo, no ano passado. No primeiro auge de sua carreira teatral - década de oitenta - ele deixou de atuar na mesma companhia que Marília Pera e Marco Nanini, para trabalhar na comunidade da Rocinha, num outro "auge" - diferente e atual.

São 25 anos de ativismo de Guti Fraga dentro da "favela", que podem ser, timidamente, ilustrados - aqui - nas atuações de seus jovens artistas em clipes d'O Rappa e no filme Cidade de Deus.

Gostaria de conhecer melhor e me aproximar mais do Guti Fraga e do Nós do Morro, para demandas concretas, é lógico. Inspiram-me experiências de Arte em comunidades de base - sem submissão, sem pieguisse, sem messianismo...

Vocês sabem que não quero pouco: quero muito!!!

Sinto que não tenho mais tempo, estômago e disposição para xurumelas sociais ego-centradas ou artes feitas de artifícios! Eu preciso avançar mais minha cabeça e corpo no processo coletivo simbólico e material.

A Blackitude precisa avançar mais no sentido da construção de uma base mais ampla, sólida e auto-suficiente! Cultural, Racial, Maloqueira e Comercial!

- Entendeu agora?

"Não podemos ficar reféns dos mesmos de aqui, aquém e além!"

É isso!!

Então, vamos para o Rio... fazer poesia baiana preta consciente e deixar para as crianças de lá marcas de uma Blackitude competente e orgulhosa que não cai na canto de sereia do conto do vigário milinário do "Salvador, Negro Amor"! E trazer o que der e puder, pois cuido sempre para que a minha bagagem sempre aumenta na volta!

Sou um sujeito interesseiro: sempre busco trazer mais do que levo!

- "Diga a verdade às crianças!"

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Este Tal Recital num Sarau Bem Legal.

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Tanto o grupo Este Tal Recital como o projeto Sarau Bem Legal são iniciativas do coletivo Blackitude: Vozes Negras da Bahia. O grupo de poesia, independente, foi formado em agosto de 2009, reunindo, inicialmente, 11 crianças entre 8 e 12 anos de idade.

Atualmente, conta com um elenco fixo de 8 crianças, com participações pontuais de ex-integrantes e outros convidados. Estabelece uma parceria pontual com a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, no bairro de Nazaré, onde ensaia semanalmente e atua como residente do projeto Sarau Bem Legal.

Este projeto realiza um evento mensal, centrado num recital de poesias protagonizado por crianças e/ou adolescentes. A cada etapa, conta com participação de outros grupos de poesia infantis da cidade. O Sarau acontece todo último domingo do mês entre 10h e 12h30min.

A primeira apresentação pública do grupo Este Tal Recital aconteceu justamente na inauguração do Sarau em outubro de 2009, com o recital “Leminskianas Baianas”. Na sequência, além da obra de Paulo Leminski, o grupo acrescentou ao seu repertório, passo a passo, textos de autores diversos.

No momento (setembro), trabalha com poemas de Alice Ruiz, Arnaldo Antunes, Ferreira Gullar, Helena Kolody, José Carlos Limeira e Sérgio Vaz. No recitalde setembro serão acrescentados poemas de Manuel Bandeira e assim sucessivamente.

Esse elenco de escritores, que cresce a cada nova apresentação ao público, tem seus poetas, simultaneamente, retratados por grafiteiros de Salvador, a exemplo de Finho, Lee27, Marcos Costa e Fael I, que já participaram do projeto com dois trabalhos cada um. Todos grafitam ao vivo paralelamente ao evento literário.

Outros grafiteiros farão suas intervenções, criando novos retratos. Juntamente com poemas, fotos, mini-biografas e textos feitos pelas crianças, esses grafites encabeçarão a exposição pública que marcará o encerramento da primeira etapa do projeto em novembro de 2010.

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Foto1. Tag do "Sarau Bem Legal" pelo grafiteiro Neuro
Foto2. Grupo "Este Tal Recital", interpretando poemas de Sérgio Vaz da Cooperifa.SP (jul-2010). Da esq p/ dir: Luíza Gata, Rebeca, Clarinha, Jamile, Israel (Stiling), Felipe (O Belo) e Lucinha Black Power.
Foto 3. Poetas do grupo "Este Tal Recital" junto ao grafite de Neuro: em pé - da esq p/dir: Gabriela, Luicinha Black Power e Rebeca; agachados - da esq p/ dir: Felipe (O Belo), Ananda (É Massa!), Israel (Stiling), Clarinha, Luiza Gata e Jamile. Detalhe: a mais pretinha (dedo na boca) e a Ananda (É Massa - que é irmã de Clarinha) demonstram a emplogação de nossa seleta platéia. A poesia nunca para!

Obs. Todas as fotos utilizadas aqui são de minha amiga Érica, que, por sinal é mãe da Clarinha, poeta do grupo Este Tal Recital (anfitrião do Sarau Bem Legal). Vimos na última foto a presença ilustre da irmã da Ananda (É Massa). Ela é irmã da Clarinha, lembra-se? Pois é: o Marido da Érica, também meu grande amigo, se chama Marco. A coisa é assim mesmo: uma família (mas sem qualquer cartel ou máfia - rssr). Pode acreditar!


Nelson Maca
Poeta Exu Estradeiro!
Da Terra da Magia à Cidade Maravilhosa

"Pare... pare... pare... de me enganar!"