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Sarau Bem Black volta a agitar Pelourinho
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Recital poético celebra o mês da consciência negra nas quartas de novembro no Sankofa African Bar
Depois de uma etapa experimental, o Sarau Bem Black – Palavras Faladas da Blackitude retoma atividades nesta quarta-feira (04/11), no Sankofa African Bar (Pelourinho). E volta com o mesmo espírito, abrindo espaço para divulgação da poesia divergente, feita e consumida fora dos ambientes dos saraus tradicionais, e flertando com outras vertentes da arte negra como a música, o teatro e o cinema. Em novembro, o evento junta-se à programação da cidade que celebra o Mês da Consciência Negra.
Realizado pelo Coletivo Blackitude – Vozes Negras da Bahia, o Sarau Bem Black é apresentado pelo poeta e professor de literatura Nelson Maca, em dueto com a cantora Negra Íris, do grupo RBF – Rapaziada da Baixa Fria. Antes, durante e após as apresentações, o DJ residente Joe comanda o diálogo musical com artistas da black music nacional e internacional. Nesta edição, o homenageado é o cantor e compositor Gilberto Gil.
A programação começa às 18h, com a exibição do documentário A negação do Brasil, de Joel Zito Araújo, sobre a presença negra nas telenovelas brasileiras. Em clima descontraído, o Sarau prossegue com muita poesia, colagens musicais e participações dos rappers Lázaro Erê e Rone Dundun, da banda Opanijé, que sempre abrem o recital com uma saudação a Exu, seguido do momento denominado Erês com as poetas mirins Luiza Gata e Lucinha Black Power, e do cantor Robson Véio (Lumpen). A segunda parte é reservada para os poetas da platéia, que se inscrevem e recitam poemas seus ou dos autores favoritos. Nas quatro edições iniciais - entre setembro e outubro – foi um dos momentos mais aguardados e revelou boas surpresas.
Inspirado do Sarau da Cooperifa – que há sete anos reúne centenas de pessoas, todas as quartas, na periferia paulistana – o Sarau Bem Black já contou com participações especiais como o rapper GOG (Brasília) e os baianos José Carlos Limeira, Jocélia Fonseca, Landê Onawlê, Hamilton Borges, Iara Nascimento e Giovane Sobrevivente. Os próximos encontros serão nos dias 11 e 25 de novembro. No dia 18 está programada uma edição especial na UNEB – Cabula.
Outras informações e programação completa no blog saraubemblack.blogspot.com.
SERVIÇO
Evento: Sarau Bem Black – Palavras Faladas da Blackitude
Quando: quartas-feiras (04/11, 30/09, 07/10 e 14/10), 20h30
Onde: Sankofa African Bar (Rua Frei Vicente, 7, Pelourinho)
Ingressos: Grátis
PROGRAMAÇÂO
18h: Documentário
A negação do Brasil (Joel Zito Araújo)
20h: Poesia: Nelson Maca e Negra Íris.
Participação: Lucinha Black Power, Luiza Gata, Lázaro Erê, Rone Dundun e Robson Véio
21h: Microfones abertos aos poetas da platéia
22h: DJ Joe toca Gilberto Gil
*Haverá distribuição gratuita do Jornal Boeltim do Kaos n.7, mês de outubro
ANFITRIÕES
NELSON MACA
Articulador do Coletivo Blackitude: Vozes Negras da Bahia, é poeta e professor de Literatura Brasileira da UCSal. Tem previsto, para novembro de 2009, o lançamento de seu primeiro livro de poemas: Gramática da Ira. Está em processo de gravação de um cd de poesia com lançamento previsto para 2010, que contará com participações do rapper GOG (Brasília), do poeta Sergio Vaz (São Paulo), da atriz Vera Lopes (Porto Alegre) e do percussionista Jorjão Bafafé (Bloco Afro Okanbi)_ que assina as percussões do disco, entre outros.
NEGRA ÍRIS
Componente do coletivo Blackitude, é cantora do grupo de rap RBF – Rapaziada da Baixa Fria, do Cabula. Vencedor de edital de cultura digital da SECULT-BA-2008, o grupo lança em novembro próximo “Reação Sankofa” - um conjunto de faixas disponibilizadas gratuitamente na internet. Negra Íris é estudante do curso de Artes Plásticas da UFBA e atua com arte-educadora. Como cantora e declamadora, forma parceria com Nelson Maca em recitais e também no cd a ser lançado em 2010.
DJ JOE
Morador do Cabula, DJ Joe é um dos principais articuladores do coletivo Blackitude. Ex-integrante do grupo RBF – Rapaziada da Baixa Fria, tem desenvolvido projetos em sua comunidade, envolvendo os quarto elementos da cultura hip hop, assumindo pessoalmente o comando dos pick ups. Atua como dj residente dos eventos e parcerias da Blackitude,
SANKOFA AFRICAN BAR
Bebidas e comidas; música de qualidade com programação diversificada, filmes, clipes e documentário retratando o continente africano. Tudo isso acontece no Sankofa African Bar e Restaurante. Continente de grande diversidade cultural, a África é fortemente ligada à cultura brasileira. Comandado pelo DJ ganense Sankofa, o espaço quer partilhar com os baianos um pouco dessa cultura envolvente. Sankofa é um símbolo gráfico de origem Akan, tribo da África ocidental, sobretudo de Gana e Costa do Marfim. A palavra tem uma conotação simbólica no sentido da recuperação e valorização das referências culturais africanas. Sankofa significa “nunca é tarde para voltar e apanhar aquilo que ficou atrás”, ou seja, voltar às suas raízes e construir sobre elas, o progresso e a prosperidade.
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009
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