quarta-feira, 20 de agosto de 2008

IMPERDÍVEL! Não diga que não avisei!!

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em nome d'Oquadro

2 x “Oquadro” em Salvador:
Show no TCA e Oficina em Escola Pública


O grupo de Rap Oquadro faz show no dia 25 de agosto na Sala do coro do Teatro Castro Alves no Projeto Segundas Musicais.
Antes, porém, desenvolve oficina junto à comunidade.

A oficina intitulada Ritmos da Diáspora Africana acontece no dia 22 de agosto. O local escolhido é a Escola Estadual Fábio Araripe Goulart, no bairro Teotônio Vilela, e será ministrada por Edson Ramos (educador) e Eduardo Régis (historiador) em parceria com os integrante do grupo musical. A oficina está voltado para um grupo de 30 alunos, classificados pela direção da instituição, como em situação de risco. Abordará a história da formação artístico-musical no continente americano com a migração forçosa dos negros. Com isso pretende mostrar como a música pode servir de agente social positivo nas comunidades periféricas.


Oficina
: Ritmos da Diáspora Africana
Dia 22, sábado, na Escola Estadual Fábio Araripe em Teotônio Vilela.

Show
: em nome d'Oquadro
Dia 25, terça-feira, às 20h na Sala do Coro do Teatro Castro Alves /
Campo Grande. R$2,00 (R$1,00 meia)

Contatos: (73) 3633-5139, (73)91912221 e (73) 91213777

www.myspace.com/oquadro
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JEF - Oquadro / Reprise em Fragmentos

Oquadro, grupo de grande talento (mesmo!) de Ilhéus, faz mais esta apresentação imperdível em Salvador. Viu, negão, não fique aí, pensando que a capital domina “naturalmente” a cena baiana. Aliás, se você me apontar um grupo de rap (com formação de banda) na ativa superior ao quadro, no Brasil, ganha um doce. Não existe centro nem capital para o talento e a criação. É sério: vá mesmo ao TCA e curta um dos melhores shows do Brasil. Se perder essa barbada, só não venha dizer, depois, que eu não te avisei! O trabalho musical e o trato do texto poético se equilibram de maneira tensa e bela no trabalho destes guerreiros do interior baiano. O fato de o grupo usar, para fazer rap, guitarra, baixo, percussão e bateria com muito groove e verdadeiro feeling agrada mesmo aos antigos fiéis da formação DJ + MC’s como eu. Vou aproveitar, então, negona, para reforçar o convite, chamando-a, mais uma vez, para a Sala do Coro do Teatro Castro Alves no dia 25 de agosto, para uma celebração verdadeiramente digna de nossa Bahia Preta.

Se liga aí...
Pra ninguém ficar chorando migalhas, a entrada custa R$2,oo.
Isso mesmo: 4 churros (no carrinho...)!
E tem mais: a meia custa R$ 1,00.
Juro!
Uma latinha no mercado...

Como diz Dona Chica, minha mãe, para quem não for, somente uma sovada de pau no lombo! rsrsrsrsrs

Enfim,
para fechar bem esta “intimação”, segue aí fragmentos da conversa que tive com o parceiro Jéferson – o JEF.
Quem quiser ler na íntegra está nas postagens de dezembro aqui mesmo na Gramática da Ira.
O JEF e o Freeza estabeleceram contatos imediatos com a Blackitude e tornaram-se nossos irmãos - pela sincera amizade e cumplicidade como estamos construindo a cena estadual.

A cada novo dia, um dia atrás do outro.
- Você me entende?

Então vamos às idéias desse querido aguerrido guerreiro:

Gramática da Ira (GI) - Como o Rap chegou até vocês? Como é ser da cultura hip hop em Ilhéus?

Jéferson (JEF) - Pra cada um chegou de um jeito, eu conheci em minha área Banco Central (distrito de Ilhéus), através de um primo que sempre trazia uma fitas da furacão 2000, botava no som da casa dele no volume e no grave mais alto. Ele dançava muito, e nessa época eu tinha uns 13 anos, não sabia diferenciar, mas muito daquilo q eu chamava genericamente de “Funk” já era Kraft Werk, Run-DMC, MC Twist, entre outros. Depois q eu escutei a coletânea “hiphop cultura de rua” com Thaíde, Código 13, etc, é que eu passei a entender as diferenças e peculiaridades da cultura, a ponto de ter minhas preferências.

GI - As letras d’oquadro são bastante politizadas. E os componentes? De que movimentos sociais vocês participam? Qual a atuação de vocês?

JEF - Um é professor, outro jornalista, outro pintor de carro, e assim vai. Infelizmente vivemos num universo onde a política se faz necessária para a relação entre as pessoas, política de propriedade, política de segurança, política de comportamento e pensamento, política de educação (...) chego a acreditar q o fato de usarmos roupas é uma convenção política, já que todos sabem o que há por baixo delas. Por isso mesmo acredito que política é coisa de seres inferiores, ou seja, não evoluímos a ponto de dispensá-la. Mas enquanto isso não acontece, e como sei que cada um, de certa forma, tem a mão no volante do mundo, quero contribuir da melhor maneira, com as melhores ações, melhores pensamentos, seja individual ou coletivamente, independente de qualquer movimento ou partido q venha nos rotular ou nos determinar um certo panfletarismo. Nós somos os movimentos.
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GI -Sei que vocês admiram Fela Kuti. O que ele representa para a musicalidade d’oquadro?

JEF - O homem foi um grande gênio. Quando escutei Fela pela primeira vez, fiquei tentando entender o groove, às vezes parecia funk, às vezes parecia jazz, às vezes parecia samba, outras com os grooves latinos. É isso, é tudo numa coisa só, é a nossa África musical, que se manifestou e se manifesta de forma parecida em diversos lugares diferentes do mundo.

GI -Fale um pouco da formação do grupo. Quem é quem?

JEF - Somos: Rans, Freeza e Jéferson na voz// Ricco no contra-baixo// Rodrigo Da Lua na guitarra// Dieques na percução// Victor na bateria// e DJ Reneudes.

GI -Vocês têm algum trampo na praça? Fale um pouco disso.

JEF - Gravamos algumas músicas em um alguns estúdios, algumas num estúdio caseiro de um amigo, outras no estúdio de Comunicação Social da UESC, através de um projeto de fim de curso de Rans. Pra época foi importante, inclusive são as que estão no nosso myspace, mas sabemos o quanto está distante do que imaginamos para uma gravação. Por isso estamos tendo paciência pra sair com a qualidade devida.

GI - Como foi a experiência de vocês com o teatro?

JEF - O melhor foi perceber que a música que fazíamos tinha muita coisa em comum com o teatro feito pela “Casa dos Artistas”, aqui em Ilhéus. Pensávamos parecido. Aprendemos muito.

GI -Que perguntas vocês gostariam de deixar para os leitores do blog Gramática da Ira?

JEF - Você já se olhou no espelho hoje??

GI - Valeu, família, fica aí o espaço para as considerações finais de vocês.

JEF - Queria deixar bem claro que essas respostas representam o meu ponto de vista enquanto membro do’quadro, mas não de todo o quadro, afinal somos oito, e uma hora ou outra podemos discordar de alguma coisa. Agradeço a todos que sempre comparecem quando vamos aí a Salvador, Maca e toda a rapa da Blackitude, Rangel, Da Ganja, Dimack, os caras do Afrogueto, Quilombo Vivo, os caras do freestyle, Elementos X, Zambo, Ministéreo Publico, Sereno, Fal, Chiba, todo mundo. Valeu, Abração.
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Caravanas a caminho de Palmares se cruzavam na trilha,
se juntavam e seguiam lado a lado.
Ai de quem se metesse a tentar impedi-los de seguir em sua caminhada...
Eram varridos como ciscos incômodos e mal quistos!
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Nós, também, estamos, permanentemente,
Em Guerra Preta Estratégia Quilombola!
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One People! One Love!!

Nelson Maca

"Quem é do Gueto, sabe!"

O resto é conversinha de mamão pra boi babão dormir!!



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