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Pele negra, máscaras brancas
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Frantz Fanon se manifesta sobre o Quilombo Rio dos Macacos
Essa noite recebi um telefonema totalmente surpreendente. Frantz Fanon ligou-me em plena madrugada. Após conversarmos sobre suas vivências no Brasil, quando nos conhecemos, ele disse estar acompanhando, atentamente, todo essa agitação no Quilombo Rio dos Macacos. Já na hora de despedir, ele disse:
- Maca, eu tava, aqui, pensando: conheço um zilhão de antropólogos, sociólogos e pesquisadores de forma geral que estudam os quilombos no Brasil. Conheço também uma pá de poetas, atores, atrizes, músicos, dançarinos e artistas das várias espécies que representam, cantam, tocam, dançam toques e temas relacionado a quilombos. Conheço uma porção XXG de ativistas do Movimento Negro "Organizado" que batem no peito e dizem "Eu sou quilombola. E viva Zumbi... Zumbi vive", etc e tal. Todos gostam de citar minha obra inclusive. Pois é, amigo, eu tava pensando aqui: onde está essa massa revolucionária que ainda não se manifestou sobre o Quilombo Rio dos Macacos? Você sabe me dizer se estão tramando, em sigilo, o GRANDE LEVANTE que sempre prometem!!??
Eu disse apenas:
- Ã??
Obs. Depois de escrita esta nota sobre o telefonema de Frantz Fanon, recebi uma carta do Pai Tomaz. Ele manda lembranças para uma série de coligados dele aqui da Bahia e do Brasil. Logo transmito o recado!
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2 comentários:
Interessantíssimo o seu blog, Maca!
O título dessa postagem chamou a minha atenção e quando li: "Frantz Fanon ligou-me em plena madrugada", pensei exatamente:hã? Como assim? rs... prossegui a leitura!
"Pele Negra, Máscaras Brancas"...
O título da célebre obra de Fanon caiu muito bem na situação em questão.
Que telefonema inspirador, hein!
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