sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Dom Filó e os Movimentos dos Blacks

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.Dom Filó: do Black Rio a LUB

Desnecessário dizer mais uma vez: Dom Filó é o cara!
Quem duvidar que se antene na história do movimento Black Rio, na vitoriosa trajetória da equipe de baile Soul Grand Prix e na da incrível Banda Black Rio, do inesquecível Oberdan.

Na década de 70, o Black Rio atualiza e fortalece as bases do movimento de consciência e auto-estima da comunidade negra do Rio e do Brasil.

Dom Filó sempre é muito atento, com um olho na Negritude e outro na Paisagem Urbana; uma mão na massa e na outra mão uma câmera. Em 2001, reuniu o acervo de sua produtora de vídeo Cor da Pele e deu vida ao projeto Afro-Memória: Uma História em Movimento, com base na trajetória do movimento negro no Rio de Janeiro.

Assim tem sido a vida deste ilustre guerreiro etíope.

Além de ser pesquisador e professor universitário, ainda encontrou tempo para, em 2004, criar a primeira liga de basquete de rua no Brasil – a LUB: Liga Urbana de Basquete, que não pensa o esporte simplesmente como espetáculo ou competição, mas também como plataforma de inclusão social.


Entrevista de Dom filó para a Zulu Nation Brasil

.Zulu Nation Brasil
- Muito pouco se tem registro acerca da história do 'Movimento Black Rio'. Ele era simplesmente uma reprodução musical do 'Black Power' ou existia também um engajamento político como o viés de tudo?

Dom Filó - O Movimento Black Power nos EUA, tinha um viés político no combate à exclusão social e o avanço da elevação da auto-estima da comunidade negra americana. Com a música a seu lado, o negro conseguiu romper as fronteiras da terra do Tio Sam, influenciando vários simpatizantes, em especial os negros mais conscientes e informados. No Brasil ele chegou com uma sinalização positiva chamada Black is Beautiful (Negro é Lindo). Artistas da MPB na época, como 'Marcos Valle' e 'Paulo Sergio Valle', sensíveis aos acontecimentos, compuseram Black is Beautiful, que teve 'Elis Regina' como intérprete. Da mesma fonte que eles se informavam, alguns poucos negros brasileiros se informavam criando suas preferências, multiplicando-as por meio da música 'soul'.

ZNB - E a Soul Grand Prix, teve alguma participação importante nessa movimentação?

DF - No início dos anos 70, o Movimento era tímido entre os grupos que se organizavam como equipes de som. No Rio o Movimento explodiu anos mais tarde, mas em locais como Salvador, São Paulo e Minas a galera já curtia a soul music. A Soul Grand Prix foi a grande referência do Movimento por ter sido a primeira em tudo. A mais organizada estabeleceu-se como empresa para sobreviver à perseguição política da época da ditadura. Com isto ela foi a equipe preferencial e revolucionária do Movimento.
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Para ler a entrevista completa, link:

http://www.zulunationbrasil.com.br/entrevistas/domfilo.html
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.Evento da Blackitude na TV LUB

No final de maio de 2007, Dom Filó nos deu a honra de sua presença no evento Cultura Black na Diáspora: Tributo a James Brow, promovido pela Blackitude: Vozes Negras da Bahia. Uma presença marcante, história viva de nossos sonhos vividos nas pistas dos bailes blacks de todo o país. O evento foi muito louco: lançamento do zine especial James Brown, filmes sobre a cultura black, com destaque para a música, inclusive com um curta sobre Tim Maia, palestras com figuras da estatura de Carlos Moore, que falou de Fela Kuti, mesas redondas com presença de homens e mulheres que viveram aqueles anos em diversos estados do país, como o soulman Lazzo Matumbe, e Coutinho, ativista do Black na Bahia. Teve ainda rap – grafite - break - dj ao ar livre com ativisstas e parceiros da Blackitude. No encerramento: um baile black que balançou o centro histórico de Salvador e que trouxe o irmão Kleber (DJ KL Jay). Um pouco disso, Dom Filó registrou nos quase dois dias que passou com a gente numa semana que prosseguiu sadia, agitada e nossa. É o que mostra o vídeo abaixo, exibido, primordiamente, na TV LUB. Uma grande moral para nós: o reconhecimento interno de um mestre, não em forma de benção ou troféu, mas de registro sincero, e divulgação de nossas ações aos irmãos pretos de boa vontade.
Claro que não citei, acima, a maioria dos participantes na construção do Cultura Black na Diáspora. Depois vou contar melhor esta história, com imagens e sons.
Apenas queria dizer que acreditamos e nos influenciamos pelo que foi feito por Dom Filó e tantos outros no Brasilzão afora e na Bahia Preta.
Da nossa maneira, entendemos o hip hop e as ações da Blackitude como uma das possibilidades de prosseguimento do Black Blahia e do Black Brasil.
. . Grafite: Neuro - http://www.zinenalata.blogspot.com/

Por ora, fiquem sabendo que já se encontra em gestação o II Cultura Black na Diáspora: Tributo a....
Viiiiixe!
Melhor não falar ainda.
Aguardem!!
A terra vai tremer, e o céu mudar de cor:

Blackitude – África – América Negra do Norte - Salvador!

Obrigado Dom Filó, pela história, pela presença e, principalmente pela humildade e paciência!!

Vocês conhecem o homem?
Então, não marquem toca!!

Nelson Maca – Blackitude Ba / Liga Africana Atual

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito se fala de São Paulo, Rio de Janeiro de Belo Horizonte e nada se fala de Brasília. É isso mesmo Brasília. Terra da Soul Músic com inúmeros grupos e pessoas que cultivam esse grandioso estilo, a soul music.
Temos bailes, temos mega dançarimos e principalmente temos uma das melhores banda do gênro black do Brasil. A banda US Blacks.
Temos que conhecer e convidar, aliáis CONTRATAR para este próximo evento e quem sabe vem ai a revolução do estilo.
Para entenderem um pouquinho do que estou falando segue o endereço e site da rapaziada de Brasília; banda US Blacks: www.usblacks.com.br
Abs.