segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sarau Bem Black Cai no Samba!

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Sarau Bem Black Sacode Dia do Samba

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O Sarau Bem Black não para! Sempre na intenção de estabelecer o espaço da poesia divergente nas noites de quarta-feira, chega à sua nona edição. O evento é um projeto do coletivo Blackitude - Vozes Negras da Bahia e acontece nesta quarta-feira (02/12) a partir das 18:30h no Sankofa African Bar (Pelourinho). Com entrada gratuita, é um espaço de valorização das poéticas divergente, de artistas que lançam novos olhares para a arte e cultura na cidade.

O sarau é conduzido pelo poeta e professor de literatura Nelson Maca e por Negra Íris, cantora do grupo de rap R.B.F – Rapaziada da Baixa Fria. Eles se alternam com os convidados e “abrem” o microfone para a contribuição da platéia. Neste nono encontro terá a participação especial de dois expressivos compositores da música afro-baiana: Juraci Tavares e Caj Carlão. Juraci é compositor das canções “Fio condutor da memória” (1999) e “Demarcador de Espaços e Territórios”. (2000) Ambas - feitas em parceria com Luiz Bacalhau - foram tema de carnaval do Ilê Aiyê. Caj Carlão é, simplesmente, o criador de dois verdadeiros hinos de dois dos blocos afros mais cultuados da cidade: “Separatismo não” (Ilê Aiyê) e “” (Olodum). A noite promete!

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Trazendo esses dois grandes poetas da música, o Sarau Bem Black participa ativamente das homenagens ao dia samba, celebrado também na quarta-feira, dia 02 de dezembro. Inclusive, o sarau convidou os poetas que o freqüentam a declamar letras de sambas nesse encontro. E, para não deixar dúvida sobre a intenção da noitada, e da abrangência do estilo em destaque, antecede as performances poéticas um filme temático; e muitos hits do samba de malandro serão lembrados nas intervenções do DJ residente. Com certeza, tudo será bem-vindo e acompanhado pelos presentes.

O filme em questão é “Simonal: ninguém sabe o duro que dei” e começa às 18:30. Trata-se do polêmico documentário sobre a vida tumultuada do magnífico músico Wilson Simonal. Também polêmico, porém menos contraditório, é o sambista homenageado na trilha sonora que sacudirá o sarau. Bezerra da Silva terá seus sambas tocados pelo DJ Joe, para anunciar, comentar e animar os recitais. Ao final, para fazer dançar apenas. Esse grande sambista vem compor a galeria musical do Sarau Bem Black, que já homenageou Fela Kuti, James Brown, Bob Marley, Tim Maia, Gilberto Gil, Alpha Blondy e Ilê Aiyê. Cada semana um nome da musica negra mundial é e será lembrado. .


Quem conduz os trabalhos é o professor e poeta Nelson Maca e a cantora Negra Iris, declamando poemas, anunciando os convidados especiais e franqueando o microfone para a participação dos poetas da platéia. Tudo anunciado, intermediado e comentado pelas músicas conduzidas por Joe. O Sarau é aberto pelos rappers Lázaro Erê & Rone Dundum (foto de Fernando Gomes) do grupo Opanijé com a música Encruzilhada, uma saudação a Exu. Dão continuidade a abertura as poetas mirins Luiza Gata e Lucinha Black Power no momento denominado Erês. Após isso, começa as declamações dos poetas: residentes, convidados e voluntários da platéia. Ao final, volta o Opanijé, para um rap de despedida. Pelo menos até a chegada da próxima semana...

Em sua última edição (25/12), o Sarau Bem Black ferveu o Sankofa African Bar ferveu com a presença do poeta paulistano Akins Kintê, e do encontro de grandes poetas da cidade. José Carlos Limeira, Giovane Sobrevivente, Iara Nascimento, Hamilton Borges Walê, além do compositor Carlos Soares e dos poetas da platéia, movimentaram o espaço que já se tornou um novo ponto de encontro para a poesia, com destacada presença da juventude negra de Salvador. Não bastasse os 1000 graus poéticos que aqueceram a noite, o termômetro subiu ainda mais com as interferências musicais do Joe, que trouxe um repertório composto exclusivamente por clássicos do Ilê Aiyê. Nesta semana não será diferente.

Nossa idéia é que o Sarau Bem Black sirva como um espaço aglutinador para quem gosta de ouvir e recitar poesia e também para aqueles que desejam conhecer outras vozes da poética baiana. O sarau pretende consolidar um espaço democrático, para quem quiser mostrar seus versos.


CONVIDADOS


Caj Carlão

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Carlos Alberto de Jesus
, ou simplesmente Caj Carlão, começou a desenvolver seus dotes artísticos desde muito jovem. Seu início de carreira aconteceu nos programas de calouro e festivais escolares.

Na década de setenta começa a compor músicas para blocos afro, o que significa que participa ativamente do aparecimento do gênero na sua versão atual. No mesmo período, como dançarino, integrou o histórico grupo de dança folclórica do SESC/SENAC - Pelourinho, e também a companhia internacional Olodumaré.

Como músico, compôs canções para inúmeras grupos da cidade, a exemplo de Estudantes da Liberdade, Bloco Zumbi da Cidade Nova, Magnatas, Alerta Mocidade, Secos e Molhados, Alvorada, Orumilá, Apaches do Tororó, Korin Efan, Malê Debalê, Muzenza, Olodum, Ilê Aiyê e Filhos de Gandhy, dentre outros.

Envolveu-se profundamente com bloco afro já em 1974, fazendo suas primeiras músicas voltadas para o então nascente movimento que ganharia a Bahia e o Brasil. Logicamente, o nascimento do Ilê Aiyê, nesse mesmo ano, também contextualiza dessa história. Aliás, para esse bloco da Liberdade, ele compôs uma música que se torrnaria um verdadeiro hino da agremiação: “Separatismo não”. Conhecida com Zumbi, representa igualmente umas das mais belas homenagens das artes da Bahia feitas ao herói nacional da consciência negra.

Posteriormente, criou outra música que se consagraria, percorrendo o mundo com o Bloco Afro Oodum, para quem foi feita. Trata-se de “Lutar é preciso”, também gravada e popularizada pela extinta banda de reggae soteropolitana Terceiro Mundo.


Juraci Tavares

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Juraci Tavares
é compositor, cantor e educador. Há 32 anos, compõe obras que passeiam pelos multifacetados aspectos da formação humana, sem perder de vista a influência e os valores de seus antepassados. Em 1997, na propícia sede do bloco africano Ilê Aiyê, Juraci reinicia o trabalho musical de exaltação dos deuses africanos e dos valores do seu povo.

Entre 1999 e 2004, consagra seu nome como compositor de bloco afro. Há alguns anos, compõe para o Ilê Aiyê, Malê Debalê e, mais recentemente, Cortejo Afro. Das canções suas, em parceria com Luiz Bacalhau, “Fio condutor da memória” (1999) e “Demarcador de Espaços e Territórios” (2000), foram tema de carnaval do Ilê Aiyê. Lança-se com cantor em 2007, no show “Veia Aberta”.

Com o músico Márcio Pereira, possui um espaço cultural chamado “Ossos 21”, no bairro de Santo Antônio. Juraci Tavares também compõe letras e poesias para o público infantil. Em 2008, realiza o espetáculo "Vocábulos Caminhantes". Estabelece parceria produtiva com o grupo Afoxé Oyá Alaxé. Duas canções compostas Poe ele – “O Ancestral Oyálaxé” e "O Rosa" - fizeram sucesso nos carnavais de 2008 e 2009, em Pernambuco.

Compõe também para outro grupo pernambucano, o Afoxé Alafin Oyó. “Valores Entrelaçados” foi feita para o Alafin, e fará parte de seu repertório no carnaval de 2010. Como poeta, foi homenageado na 6ª edição do “Caruru dos Sete Poetas – Recital com gostinho de dendê”, ocorrido em setembro no município de Cachoeira. Em novembro, Juraci Tavares levou o show “Cordão Umbilical” à cidade de Santo Amaro, Recôncavo Baiano.


PROGRAMAÇÃO

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18:30 – Documentário:
Simonal: ninguém sabe o duro que dei”,
de Claudio Manuel, Micael Langer, Calvito Leal.

20:00 – Sarau Poético
Apresentação: Nelson Maca e Negra Íris
Participação: Lucinha Black Power, Luiza Gata,
Lázaro Erê & Rone Dundum (Opanijé)Convidados: Caj Carlão, Juraci Tavares
DJ Residente: Joe


SERVIÇO

Evento: Sarau Bem Black
Quando: quarta-feira (02/12), a partir das 18:30
Onde: Sankofa African Bar (Rua Frei Vicente, nº 7, Pelourinho)
Entrada franca.

Informações: blackitude@gmail.com

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Domingo é Dia do Sarau Bem Legal - Sabia?

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Domingo é dia de Sarau Bem Legal

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Domingo agora, dia 29 de novembro, amanhã - rsrs, a partir 10h da manhã, lá na Biblioteca Monteiro Lobato, no Largo de Nazaré, acontece a Segunda Edição do nosso Sarau Bem Legal.

Nosso convidado bem especial é o excelente grupo Nas Asas da Poesia, dirigido pela parceira Aceli Araujo, lá da Biblioteca Comunitária do Cabula. É show de bola, a criançada já tem um time legal e dialoga bem com o teatro. Muito Bom!

Desta vez, como anfitrião do projeto, o grupo Este Tal Recital abre a programação. Faz uma breve intervenção poética e passa logo a bola para os convidados. Vamos aproveitar e fazer uma singela homenagem ao mês da consciência negra com alguns poemas na temática (entre outros, versos de José Carlos Limeira). Mas vai ter Leminski de novo - rsrs...

Na Primeira Edição, no dia 25 em outubro, meu grupo de poetas mirins, Este Tal Recital, foi quem comandou a manhã com o recital Leminskianas Baianas. Tudo com o auxílio luxuoso do grafiteiro Marcos Costa que fez um grafite inspirado do poeta paranaense.

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Pois agora o Marcos Costa volta, para realizar sua segunda grafitagem "literária" com a gente. Dessa vez, retratando o poeta José Carlos Limeira, e prestando uma homenagem à literatura negra baiana e brasileira.

Depois vem mais: outros grafiteiros e outros escritores... de todas as cores, tá?

Detalhe: o graffiti é feito do lado de fora da biblioteca, no Largo de Nazaré, bem em frente ao Supermercado Bom Preço (Credo! rsrs). E sabe o que acontece ali, ao mesmo tempo?

- Apresentação de chorinho com o grupo Canto da Praça (5 anos lá)

Bom demais: muita gente, animação, e o graffiti chega chegando. Em outubro foi um sucesso total aquele Leminski bem pintado sob o céu da Bahia Preta e ao som de Pixinguinha!

É isso!

Para não esquecer então:

Evento: Sarau Bem Legal (sarau poético infanto-juvenil)
Grupo Anfitrião: Este Tal Recital
Grupo Convidado: Nas Asas da Poesia
Graffitti: Marcos Costa (Tema: José Carlos Limeira)
Local: Biblioteca Monteiro Lobato (Largo de Nazaré)
Horário: 10 (Graffiti) - 11h (Poesia)
Entrada: Franca

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Sarau Bem Legal

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O projeto Sarau Bem Legal” é um evento mensal da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato centrado num recital de poesias realizado por grupos composto de crianças e/ou adolescentes. Tem projetado para seu primeiro ano a participação de um grupo de poesia da cidade a cada etapa, sempre introduzidos pelo grupo residente Este Tal Recital. Além dos recitais, a cada mês, haverá a execução de um graffiti ao vivo, retratando poetas brasileiros. Ao final do primeiro ciclo (de 12 meses), será realizada uma exposição pública com os painéis confeccionados e um grande encontro com os grupos que presentes ao longo do ano (Out/09 – Out/10). Além da poesia e do graffiti, o projeto está em processo de captação para publicação de um livro-reportagem que registre textos, fotos e graffitis do projeto.

Direção da Biblioteca Monteiro Lobato: Rosane Rubin
Coordenação do Sarau Bem Legal: Nelson Maca

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Nas Asas da Poesia
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O grupo
Nas asas da poesia” é um grupo teatral infanto-juvenil que realiza apresentações de recitais de poesia com técnicas de declamações livres teatrais mescladas com cirandas, poesias e outros com um repertorio composto por autores como Cecília Meireles, Castro Alves, Solano Trindade, José Paulo Paes, Ruth Rocha, Carlos Drummond de Andrade, Elisa Lucinda, composição das próprias crianças do “Projeto Criança aqui tem arte” e outros que funciona, regularmente, na Biblioteca comunitária do Cabula, hoje atendendo 22 crianças.

Coordenação voluntaria do “Criança aqui tem arte” e de ações da Biblioteca Comunitária do Cabula: Acely Araujo

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Este Tal Recital

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O grupo Este Tal Recital” de poesia formado em setembro de 2009 por crianças entre 8 e 11 anos de idade, está sediado na Biblioteca Monteiro Lobato, no bairro de Nazaré, onde faz a s vezes de anfitrião do projeto “Sarau Bem Legal” que acontece mensalmente no espaço. Esteou publicamente juntamente com o Sarau em outubro passado com o recital “Leminskianas Baianas”. A cada edição desse projeto, estará abrindo o programa pra os demais grupos de poesia infantis e infanto-juvenis convidados. Como está explícito na expressão, foi uma singela homenagem ao grande poeta paranaense Paulo Leminski.

Coordenação: Nelson Maca

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Marcos Costa

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Marcos Costa, artista plástico, nasceu em São Félix. Desenvolve diversas expressões artísticas com variadas técnicas. É grafiteiro desde 1999, mantendo um ritmo dinâmico de produção das Intervenções Urbanas que ele começou a fazer em Salvador, e vem, ganhando novos rumos em outras cidades, sempre investigando novas possibilidades de intervenção com o graffiti. É graduando em Artes Plásticas pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, Educador Social Voluntário no Projeto Cidadão, no Projeto Caminhar e no Projeto Escola Aberta no CEARC. Também é Ilustrador. Já no projeto “Sarau Bem Legal”, realizou o primeiro graffiti da série, retratando o poeta paranaense Paulo Leminski.

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José Carlos Limeira

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O poeta José Carlos Limeira é natural de Salvador - onde reside atualmente. Seguramente, trata-se de um dos escritores mais expressivos e consagrados da chamada literatura negra brasileira atual. Publica desde a década de 70 quando se consagra com seus dois primeiros livros, Arco-Íris Negro e Atabaques, escritos a quatro mãos com o também consagrado poeta negro carioca, Èle Semog. Participa dos cadernos Negros desde sua primeira edição - há 30 anos atrás. Em 2008, teve alguns de seus poemas gravados no cd “Noite da Liberdade” pela coleção “Voz & Poesia” da Fundação Gregório de Mattos.

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Daqui a pouco... Zumbi na Luta!

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Acontece daqui a pouco, lá na Praça Municipal, em frente ao Elevador Lacerda e prefeitura, o I Torneio Zumbi dos Palmares de Boxe. Todos sabem o quanto nosso estado é forte no barato: com campeões brasileiros, panamericanos, olímpicos e mundiais. Mas sabem também da discriminação e falta de apoio para com este esporte praticado por negros fortes nos bolsões de miséria da Bahia Preta.

É hora de pensar e discutir estas questões de frente, não é, não? Mas sem perder a linha e ficar escorregando só no papo furado, sem apoiar a prática. Porque só bla bla blá não serve, não derruba, não nocauteia os inimigos de nossas demandas, negão!

Estarei lá, prestigiando o evento e, com mais parceiros, boxeando com poesias. O Geovani Sobrevivente e o Hamilton Borges Walê estarão por lá também.

O Hamilton é um dos organizadores deste e outros eventos de Boxe.

Também estará presente o poeta Akins Kintê, vindo direto das periferias de São Paulo. Para quem não teve a oportunidade de ver o bolão que é este poeta ao vivo lá no Sarau Bem Black de quarta-feira passada, há uma nova oportunidade hoje. Não deixe de assistir o combate da categoria peso pesado da poesia preta deste negão!

Tô indo... Vejo vocês lá.... Só não diga que eu não avisei, tá?

Nelson Maca - Blackitude na Luta!

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DEXTER SE MANIFESTA!

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Aos amigos; fãs; admiradores da verdade, transparência e justiça; e a quem mais possa interessar.


Venho, através deste manifesto, me posicionar em relação à produção do longa metragem “Entre a Luz e a Sombra”, dirigido por Luciana Burlamaqui, que irá estrear no dia 27 de novembro de 2009.

Estou aqui não para censurar todo e qualquer tipo de ilustração a respeito de minha história e de meu trabalho, mas não posso concordar e apoiar aquilo que desconheço. Meu único contato com a obra finalizada foi a sinopse do mesmo que não me passou o que me foi proposto quando aceitei que gravassem imagens minhas para o referido documentário. Pela sinopse entendo que o foco apresentado no início da proposta, adotou outro rumo. A intenção era que o mesmo mostrasse que a recuperação do ser humano que se encontra privado de sua liberdade é totalmente possível, desde que a própria pessoa se interesse por sua vida e seu futuro. E não relações humanas individualizadas, com temáticas corriqueiras a qualquer programa comercial de TV. (isso obviamente baseado no pouco material que tive contato). Com certeza isso não faz parte dos meus objetivos.

Reconheço as dificuldades presentes em trazer este material para minha apreciação, já que ainda me encontro privado de minha liberdade, porém não vi disposição por parte da produção em possibilitar este momento. Disposição esta que não faltou na época em que precisaram gravar as imagens, o caminho das pedras sempre foi o mesmo, o que mudou foi o interesse.

Tendo em vista estas dificuldades procurei também possibilitar que meu assessor de comunicação (Sr. Eduardo Bustamante) assistisse o referido documentário para que ele pudesse passar uma posição mais concreta sobre o enredo retratado, mas isso também me foi negado com a alegação de que a distribuidora não permitia a exibição do mesmo para qualquer pessoa antes de seu lançamento oficial. Porém mais uma vez a contradição se faz presente, já que outros que nem se quer são protagonistas da história já assistiram.

Como não recebi um retorno formalizado diante de minha solicitação, registrando a posição da produção do filme, decidi me manifestar, oficialmente, frente a esta questão. Responsabilizo-me totalmente por tudo aquilo que eu disse e fiz nas referidas imagens, porém não posso atestar, nem legitimar a intenção e/ou forma com a qual este material foi editado.

É bem verdade que cedi o direito de uso da minha imagem para esta produção e utilizando do meu direito de me expressar livremente e também o fato de ser um dos protagonistas da história, digo que não acho justo desconhecer o produto final, isso é inadmissível. Sem contar o desconhecimento total do orçamento, honorários, patrocínios e apoios, lembrando que não recebi cachê para isto.

Logo mais o filme estará nos cinemas e, diga-se de passagem, com destaque em salas de pouca circulação do povo da periferia, ou seja, lugares de difícil ace$$o para os que realmente deveriam assistir. Onde está a lógica? Obviamente alguém irá ganhar algo com isso e sinceramente não estou incluído. Em respeito a minha família, meu trabalho, minha vida pessoal e minha VERDADEIRA história, fica registrado aqui meu manifesto acerca do assunto.

“Sentar à mesa e te assistir jantar não fará de mim uma pessoa que também esteja jantando”

Sem mais para o presente.

PS- Maiores esclarecimentos com meu assessor de comunicação: Eduardo Bustamante (
periferiasoberana@gmail.com)


Dexter



sábado, 21 de novembro de 2009

Akins Kintê participa do Sarau Bem Black

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Palavras Faladas da BlacKitude

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Sarau Bem Black recebe Akins Kintê


Depois de uma reportagem inspiradora no programa Soterópolis -TVE (BA) no Dia Nacional da Consciência Negra, o Sarau Bem Black - Palavras Faladas realiza nova edição na próxima quarta-feira (25/11), no Sankofa African Bar (Pelourinho). E mantém o mesmo espírito, abrindo espaço para divulgação da poesia divergente, feita e consumida fora dos ambientes acadêmicos ou dos saraus tradicionais, e flertando diretamente com a música e o cinema. Passada a grande movimentação do 20 de Novembro, o sarau faz, na manha, seu tributo a Zumbi.

Realizado pelo Coletivo Blackitude - Vozes Negras da Bahia, o Sarau Bem Black é apresentado pelo poeta e professor de literatura Nelson Maca, em dueto com a cantora Negra Íris, do grupo RBF – Rapaziada da Baixa Fria. Antes, durante e após as apresentações, o DJ residente Joe comanda o diálogo musical com artistas da black music nacional e internacional. Nesta edição, o homenageado é o bloco afro Ilê Aiyê.

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A programação começa às 18h, com a exibição do documentário Abdias Nascimento: Memória Negra de Antonio Olavo, que conta a trajetória de nosso histórico militante negro. Depois do filme, tem inicio a poesia com colagens musicais e participações dos rappers Lázaro Erê & Rone Dundun, da banda Opanijé, que sempre abrem o recital com uma saudação a Exu; e das poetas mirins Luiza Gata e Lucinha Black Power. O microfone é também aberto aos poetas da platéia, que se inscrevem e recitam poemas seus ou dos autores favoritos. Sem dúvida, um dos momentos mais aguardados; e que revela boas surpresas.

Inspirado do Sarau da Cooperifa – que há oito anos reúne centenas de pessoas, todas as quartas, na periferia paulistana – o Sarau Bem Black já contou com participações especiais como o rapper GOG (Brasília) e os baianos José Carlos Limeira, Jocélia Fonseca, Landê Onawlê, Hamilton Borges, Iara Nascimento e Giovane Sobrevivente. Neste encontro o convidado será o poeta paulistano Akins Kintê, um dos nomes promissores da nova poesia negra praticada no Brasil. Além dele, o Sarau Bem Black convocou novamente o poeta Hamilton Borges Walê.

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SERVIÇO

Evento: Sarau Bem Black – Palavras Faladas da Blackitude
Quando: quarta-feira, dia 25/11, 18h
Onde: Sankofa African Bar (Rua Frei Vicente, 7, Pelourinho)
Ingressos: Grátis

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PROGRAMAÇÂO

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18h: Filme-Documentário
Abdias Nascimento: Memória Negra (Antonio Olavo)


20h: Poesia
Apresentação: Nelson Maca e Negra Íris.
Participação: Lucinha Black Power, Luiza Gata, Lázaro Erê & Rone Dundun (Opanijé)
Convidados: Hamilton Borges Walê (BA) e Akins Kintê (SP)

- DJ Joe toca Ilê Aiyê.

*Microfone aberto aos poetas da platéia

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:: CONVIDADOS



AKINS KINTÊ

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Akins Kintên nasceu na Zona Norte de São Paulo. É integrante do grupo de rap Patota D’ Firmino. Ao lado do poeta Cuti Silva, participou da peça teatral Negroesia, direção de Beta Nunes. Integrou as antologias Revista Grap, Negroesia e Sarau Elo da Corrente: Prosa e Poesia Periférica. Lançou o livro de poemas Punga em parceria com Elizandra Souza. Com Allan da Rosa e Matheus Subverso fez o documentário Vaguei os livros, me sujei com a m... toda, que aborda o conflito da negritude na literatura brasileira.


HAMILTON BORGES WALÊ

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Hamilton Borges Walê, antes de tudo, é o grande miliante do Movimento Nergro Brasileiro. Além de ativista e ator, é boxer aprendiz. Atua no Movimento Reaja ou Será Morto Reaja ou Será Morta, que luta contra o extermínio do povo negro e por uma nova segurança pública. Como ator, além da carreira teatral, atuou em filmes como Uma onda no ar. Tem estado presente em diversas atividades do Blackitude, onde, por exemplo, declama poesias combativas.


:: ANFITRIÕES


NELSON MACA

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Articulador do Coletivo Blackitude: Vozes Negras da Bahia, é poeta e professor de Literatura Brasileira da UCSal. Tem previsto, para 2010, o lançamento de seu primeiro livro de poemas: Gramática da Ira e também de um cd de poemas que contará com participações do rapper GOG (Brasília), do poeta Sergio Vaz (São Paulo), da atriz Vera Lopes (Porto Alegre) e do percussionista Jorjão Bafafé (Bloco Afro Okanbi)_que assina as percussões do disco, entre outros.

NEGRA ÍRIS

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Componente do coletivo Blackitude, é cantora do grupo de rap RBF – Rapaziada da Baixa Fria, do Cabula. Vencedor de edital de cultura digital da SECULT/2008, o grupo lança até o final do ano “Reação Sankofa” - um conjunto de faixas disponibilizadas gratuitamente na internet. Estudante de Artes Plásticas na UFBA, também atua com arte-educadora. Como cantora e declamadora, forma parceria com Nelson Maca...

DJ JOE

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Morador do Cabula, DJ Joe é um dos principais articuladores do coletivo Blackitude. Ex-integrante do grupo RBF – Rapaziada da Baixa Fria, tem desenvolvido projetos em sua comunidade, envolvendo os quarto elementos da cultura hip hop, assumindo pessoalmente o comando dos pick ups. Atua como dj residente dos eventos e parcerias da Blackitude.,


PARCERIA

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Sankofa African Bar

Bebidas e comidas; música de qualidade com programação diversificada, filmes, clipes e documentário retratando o continente africano. Tudo isso acontece no Sankofa African Bar e Restaurante. Continente de grande diversidade cultural, a África é fortemente ligada à cultura brasileira. Comandado pelo DJ ganense Sankofa, o espaço quer partilhar com os baianos um pouco dessa cultura envolvente. Sankofa é um símbolo gráfico de origem Akan, tribo da África ocidental, sobretudo de Gana e Costa do Marfim. A palavra tem uma conotação simbólica no sentido da recuperação e valorização das referências culturais africanas. Sankofa significa “nunca é tarde para voltar e apanhar aquilo que ficou atrás”, ou seja, voltar às suas raízes e construir sobre elas, o progresso e a prosperidade.

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Para ver o Sarau Bem Black no prra Soterópolis:


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Sarau Bem Black no Programa Soteropolis

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Sarau Bem Black nas Telas da TVE


Salve Parceiros,


no da 20 de novembro, o programa Soterópolis - da TVE BA - exibiu uma reportagem sobre o "Sarau Bem Black - Palavras Faladas" do Blackitude. Gostei do resultado! Os responsáveis pela reportagem foram bastante cuidadosos com tudo. Acho que a matéria dá uma mostra concreta do que temos feito lá no Sankofa African Bar!

E no dia 25 - semana que vem - tem Sarau Bem Black no Pelourinho!

Apareçam!!!


Nelson Maca
Exu Encruzilhador de Caminhos Consequentes


Segue ligue aí ni link:


Programa Soterópolis - TVE (BA) - 20.11.2009

http://www.irdeb.ba.gov.br/tve/catalogo/media/view/185


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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A hora e vez do CabelAfro!

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Tributo aos Cabelos, Pret@s


Filmes - Palestras - Debates -
Recital - Música
Instalações Atísticas


+ Apresentação de pesquisas sobre gênero
desenvolvidas no Campus II da UNEB - Alagoinhas.



No dia 19 de novembro, no Campus II da Uneb - Alagoinhas, estaremos realizando o evento Tributo aos Cabelos, Pret@s; uma homenagem aos nossos cabelos, pretas e pretos. Cabelos de outras cores e perfomances estão convidados a assistir a debates, ouvir música e poesia, conhecer o trabalho de Fela Kuti, a prosa de Fábio Mandingo, encontrar a galera do rap, do break, curtit um baile black. Enfim, estar com a gente.

É dia 19.

Estamos integrados às homenagens a Fela Kuti, que ocorrem desde outubro e também à Campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres

(DIVULGAÇÃO)


Para visitar o Blog do evento:

http://teafro.blogspot.com/

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O Silvio vocês já conhecem, né?


Parceiro de longa data; Irmão por livre escolha. Sempre colamos com ele, eu e a Blackitude, lá em Alagpinhas. E ele sempre cola com nós em Salvador, onde, aliás, reside de fato. Mas bem antes disso já havíamos nos reencontrado por aqui na Bahia Preta...

Sim, como vocês podem bem ler, aí - em cima, ainda celebramos o Fela Day. E vai continuar, pois não podemos mais cair nas delimitações de simplesmente comemorar o dia disso e/ou daquilo... Estamos curtindo nossas virtudes e amigos e combatendo nossos vícios e inimigos diariamente.

Esse seminário-espetáculo sobre nossos cabelos é de uma urgência urgente, Negrozzz.

Sempre falei e continuo falando que, antes de mais nada, precisamos afirmar nosso corpos pretos e suas especificidades divergentes dos modelos "imperiais".

Portar um blackão na cabeça e um sorriso aberto nos lábios grossos já é uma batalha vencida contra o assimilacionismo eur0-cêntrico.

Tamo junto, Silvio!

Nelson Maca - Blackitude.Ba


FICHA
Evento: Tributo aos Cabelos, Pret@s
Local: UNEB - Campus 2 - Alagoinhas
Data: 19 de novembro
Contato e detalhes: http://www.teafro.blogspot.com/

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Na Subida da Serra da Barriga

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Na Serra da Barriga

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O GOG está em turnê pelo nordeste
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Na quarta-feira última, seu telefonema me acordou cedo. Caramba, ele tava subindo a Serra da Barriga; e ele se lembrou de mim.

Foi um dos telefonemas mais loucos que já recebi. O Irmão estava profundamente emocionado. Eu, do lado de cá do fio, senti o baque no meu Reator que anda meio frouxo ultimamente.

A minha Admiração, Respeito e Amizade pelo GOG só cresce a cada dia.

Ele é mais um grande Irmão que o Hip Hop me deu. Só tenho a agradecer a esse movimento por ter me colocado tantos Exus deste quilate em minhas encruzilhadas.

Hip Hop, obrigado por existir e me deixar pongar em ti!

GOG,
Sempre Juntos,
Irmão!

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Na subida


Recebi o telefonema do amigo
Dizendo que tava subindo
A Serra da Barriga e
Na subida
Lembrou de mim!

Revelou-me
Ía vendo
A mata
O tempo
O vento


O coração batucando
Atento
Quase tocando
o passo
Quase pisando
No encalço
O calcanhar
De Zumbi!

E eu
Aqui
Nesta Grécia caída
Nesta Roma falida
Disse foi daí
Que eu vim

Dessa África
Querida
Dessa União
Aguerrida
Das feridas
Que venci


Por essas ladeiras inteiras
Pelas sombras das palmeiras
Eu sei
Outrora
Também
Subi

Ele disse
Vai vendo...

O abre-alas lá longe dizendo:
- Agora espero por ti!

Meu amigo
Serra adentro
Bem sabe
Há muito tempo
Em verdade
Escrevemos o que lemos
Aqui!

Agora recordo
Em detalhes

A subida da barriga
Da luta que nunca esqueci!



Nelson Maca

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On the Road Again!

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A Cooperifa volta a Santa Catarina


É muito lindo acompanhar do que é capaz a poesia quando conduzida com simplicidade e verdade. Tenho acompanhado muita coisa da Cooperifa, inclusive particpado de algumas, mas esses rolês são verdadeiramente invejáveis (se é que podens chamar de inveja um sentimento positivo e construtivo com sinto agora).

É muito louco tudo, não dá para explicar...

Acompanhe tudo você mesmo pelo blog Colecionador de Pedras do Irmão Sérgio Vaz! O link é http://www.colecionadordepedras.blogspot.com/

A saga começa assim:

"Povo lindo, povo inteligente,

como poesia pouca é bobagem nesta semana começa a segunda parte do Projeto VIAPOESIA do SESC Santa Catarina, e durante esta semana vamos divulgar nosso trabalho aqui no sul, que começou em agosto, só que agora comigo estão os poetas Márcio Batista, Lu Souza e Preto Will que terão a missão de representar o sarau da Cooperifa.

Aos poucos vou passando um pouco da caminhada, desta busca por novas experiências e o aprendizado constante que a poesia tem nos levado. Mó responsa.

Se você é do sul, se ligue na programação.

Cidades:

Chapecó
- segunda-feira 20hs - Teatro SESC Chapecó
São Miguel - terça-feira 20hs - Auditório do Colégio São Miguel
Xanxerê - quarta-feira 20 hs - Auditório do Costa e Silva
Concórdia - quinta-feira 20hs - Tulipa Bar
Rio do Sul - sexta-feira 19hs30 - Colégio dalfovo
Lages - sábado 20hs - teatro SESC Lages
Brusque - domingo 18hs30 - Hall do Colégio Energia
Florianópolis - segunda-feira (horário a confirmar) - teatro SESC Prainha"



(Sérgio Vaz / Bog Colecionador de Pedras)

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Boletim do Kaos; direto de dentro da Rua!

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Já tá na Rua o Boletim do Kaos - n.8/nov.




Loco, hein, Nego!
Logo completa um ano, né Nega!?


O lançamento oficial é daqui a pouco, lá no Sarau da Cooperifa,
né Maquinista?

Parabéns Buzo e Alexandre de Maio... e que venham muitos mais...

Nelson Maca - Blackitude.Ba

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Sarau Bem Black: Já é!!

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Quarta - 11/11 - é dia de

Sarau Bem Black!!



18:30 - Filme: "Povo lindo, povo inteligente"


*Documentário sobre o Sarau da Cooperifa - SP


20:00 - Poesia - Sarau Bem Black

Apresentação: Nelson Maca e Negra Íris
Participação: Lucinha Black Power, Luiza Gata,
Lázaro Erê & Rone Dundum (Opanijé)
*Microfone aberto para a plateia: Poetas e leitores


Intervenções: Dj Joe toca Alpha Blondy

Local: Sankofa African Bar - Pelourinho
*Ao lado do Rest. da Dadá e da Casa do Olodum



Realização; Blackitude: Vozes Negras da Bahia

Parceria: Sankofa African Bar

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Entrevista com Carlos Moore


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"Me siento afortunado de haber vivido"

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Carlos Moore
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el investigador que luchó
contra la manipulación racial del castrismo.


Por: Miguel Cabrera Peña, Santiago de Chile 05/11/2009


El Dr. Carlos Moore es un académico e investigador cubano que sufrió desde temprano el acoso del régimen de La Habana. Su caso es una muy singular expresión de identidad. Se acerca acaso a lo que Néstor García Canclini conceptualiza como cultura híbrida. Cuba, Norteamérica, varias islas de las Antillas, Francia y países africanos marcan sin duda su pasado y su ser actual, sin olvidar la lengua que heredó de España. No sólo la cultura de Moore es múltiple, sino que se cohesiona precisamente en su heterogeneidad, en sus espacios obligatoriamente fronterizos.

En un principio, la siguiente entrevista se dedicaría a la solidaridad que se está generando entre los afrobrasileños hacia los negros hostigados por el poder racial y político en Cuba. Pero la biografía del exiliado fue ganando en el diálogo espacios primordiales. Si su exilio enseña pasos usuales de tal condición, también muestra caminos no frecuentemente transitados.

Quizá Freud debió sumar el definir —o por lo menos intentarlo— como otra de las pulsiones humanas. Dueño de una cultura libresca que conjuga con aquella que le hierve debajo de la piel, el activista, académico y escritor Carlos Moore se hace y rehace en la lucha por poner un poco más de justicia en el presente, aunque sin percatarse acaso de que esto será, en cualquier instancia, un esfuerzo para acercar el futuro y poner allí una llama que entibie a aquellos que todavía no han abierto al mundo los ojos asombrados.

MCP - En varias fotos usted aparece cerca de Fidel Castro, y podría pensarse que tuvo lugar una aproximación que fue más allá del encuentro efímero…

CM - La verdad es que yo nunca tuve cercanía con Fidel Castro, y si la hubiera tenido no me avergonzaría de ello. Media una distancia muy grande entre nuestras respectivas edades y yo ni siquiera pertenecí al Movimiento 26 de Julio. Sólo colaboré con ese movimiento en Nueva York, cuando adolescente. Fue en esas circunstancias que, cuando el vino para dirigirse a la Asamblea General de la ONU, en septiembre de 1960, tuve la oportunidad de conocerlo por primera vez. Eso fue en el Hotel Teresa, en Harlem —donde él y su séquito se hospedaron— durante una recepción en su honor. Yo era un don nadie, ferviente adepto de la causa que él capitaneaba. Él era el gran dirigente de la Revolución que yo admiraba.

La segunda vez que lo vi, fue en medio de la calle, en La Habana, y aproveché para decirle que no concordaba con lo que él decía, que el racismo había desaparecido en Cuba. Fui a parar ante el Comandante Ramiro Valdés; firmé una "confesión" negando que hubiera racismo en Cuba, y se me envió a un campo de trabajo en Camaguey. Fue en esa ocasión en que, para mi, terminó la luna de miel con el régimen.

MCP - Si lo invitara a un balance autobiográfico, dónde situaría a África, la tierra ancestral de gran porción de los cubanos.

CM - Rompí con el régimen cubano en 1963, refugiándome precisamente en una embajada de un país africano (Guinea). Mi desafección vino por la manera en que el gobierno revolucionario estaba manipulando la cuestión racial, mientras mantenía intacto todo aquel edificio racializado y monopolístico que heredó. O sea, que, en ese renglón, pese a los muchos logros sociales obtenidos, se mantuvo una continuidad cómoda con la Cuba anterior a la Revolución.

Comprendí que la minoría blanca que arribó al poder, en nombre del marxismo, no tenía una mentalidad diferente sobre la cuestión racial que la minoría racial que la precedió. Rompí y me marché a África, porque me sentía más cercano a ese continente —sean cuales sean sus problemas internos— que a España. Yo no soy español; soy afrocubano y me identifico emocional, política y culturalmente con las culturas y los pueblos de ese continente. Comprendo perfectamente que los hispano-cubanos difieran.

MCP - Académico por muchos años en varias universidades, ¿podría usted decir cómo conjugó esta vida, que se suele imaginar apacible, con el activismo antirracista? Sin olvidar que su libro Castro, The Blacks, and Africa constituyó la primera profundización en un tema también fundamental de la historia reciente de Cuba, elogiado por intelectuales como Alex Haley, el autor de Roots, y criticado por otros.

CM - Soy "gramsciano" en el sentido de considerar que el intelectual debe ser, efectivamente, "orgánico"; aquel que combina acción social y reflexión critica. Esa es la visión que más se aviene con mi personalidad y formación académica. Me formé en Francia, donde los profesores suelen tener intensas vidas políticas, y donde hay desprecio por el académico burocrático que sólo piensa en hacer carrera. Soy un investigador nato y creo que mi función es ayudar a resolver los problemas de la sociedad, no proteger los intereses de las elites dominantes. Me gusta ser criticado; por lo menos indica que incomoda lo que digo, y eso siempre es bueno.

MCP - Tengo entendido que usted visitó Cuba hace relativamente pocos años. ¿Cómo se produjo aquella visita y cuál fue la impresión de un país del que estuvo separado por largo tiempo?

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CM - Cuando el régimen se vio en aprietos, tras el desplome de la URSS, se autorizó mi regreso a Cuba, después de 34 años de hostigamiento y prohibición oficial de entrada. Volví en el verano de 1997 para encontrarme con una realidad dolorosa: cubanos que ya no creían en nada, o aquellos que seguían creyendo en las más absurdas mentiras del gobierno; prostitución, corrupción y degradación moral y social. Y, además, había hambre.

Pero también encontré orgullo y añoranza por aquella primera etapa de la Revolución, donde se soñó con una nueva sociedad, libre y democrática. Me encontré con un país totalitario y cerrado, donde la nomenclatura dirigente parecía vivir en Marte. Y me encontré con un racismo y con prácticas de discriminación racial tan obvias y chocantes, que me sorprendieron.

MCP - ¿Pudo conversar con Walterio Carbonell, el autor de Crítica: cómo surgió la cultura nacional?

CM - Walterio fue mi mentor en los primeros años de la Revolución; fue mi amigo y mi aliado político. Nos queríamos mucho. Por eso, apenas puse los pies en la Isla, lo procuré. El espectáculo que presencié al verlo me llenó de dolor, horror y rabia. Lo habían destruido síquicamente en los manicomios donde fue internado después de haber resistido por años, indómito, en los campos de la UMAP (Unidades Militares de Ayuda a la Producción). Verlo así, destruido, desorientado, incoherente, me partió el alma. El pueblo de Cuba nunca lo olvidará. Un día se le celebrará como uno de nuestros más audaces pensadores.

MCP - Usted viaja constantemente como parte de su trabajo académico, pero Brasil ocupa desde hace tiempo un lugar especial. He sabido, además, que se está levantando allá un movimiento de solidaridad con los disidentes cubanos, y en particular con los de raza negra…

CM - Brasil es un país cuya población negra se acerca al 55% y, en ese sentido, guarda semejanza sociológica e histórica con Cuba. Pero, además, la población afro-brasileña se parece mucha a la de Cuba: iguales tradiciones religiosas (candomble); parecidos hábitos culinarios; el mismo optimismo social, pese a la gran miseria que reina en ese país; y la misma capacidad para resistir la aplanadora llamada occidentalización. En Brasil me siento como si estuviera en Cuba. Mi vinculación con los movimientos sociales negros de allá es profunda. Y, efectivamente, ahí se está desarrollando un amplio movimiento de apoyo al Dr. Darsi Ferrer y a la causa que él tan dignamente representa. La carta del profesor y ex senador federal, Abdia do Nascimento, es una prueba irrefutable.

MCP - ¿Comienzan en 1999 sus vínculos con el movimiento negro brasileño?

CM - Mis relaciones con el Movimiento Negro del Brasil surgieron, concretamente, con un encuentro que sostuve precisamente con Abdias do Nascimento, en La Habana, en el año de 1961. Él estaba de visita en Cuba y yo acababa de volver al país desde Estados Unidos, para integrarme totalmente a la Revolución. En aquella ocasión, él me hizo descubrir la dimensión latinoamericana del racismo, y con énfasis en Brasil. O sea, que a partir de ahí yo nunca tuve la menor ilusión al respecto.

Más adelante, cuando vivía ya exiliado en Senegal, vino a visitarme la otra dirigente histórica del movimiento negro brasileño —Lélia González, mujer carismática, brillante y generosa. Amaba mucho a Brasil, la música, la comida, la manera de ser de la gente, pero yo tenía prohibida la entrada en Brasil por causa del régimen militar. Brasil, junto con Haití, son los países en este hemisferio con los que más me identifico.

Por fin, en 1999, tras un accidente que por poco me cuesta la vida, decidí renunciar a mi cargo en la Universidad del Caribe y mudarme para Brasil, donde ya tenía muchísimos amigos. Nunca lamentaré esa decisión que me permitió terminar mi autobiografía y regresar a lo que más me gusta: la investigación etnológica. Mis vínculos con el Movimiento Negro de Brasil son estrechísimos.

MCP - En la actualidad, además de escribir (lo sé por su libro O racismo a través da historia: Da antiguedade à Modernidade [2007]), ¿cuáles son sus actividades fundamentales en el gigante sudamericano?

CM - Cuando el presidente Lula llegó al poder en 2003, dictó una ley que obliga a todas las instituciones educativas a enseñar la historia de África, de los pueblos de origen africano, y, de modo general, analizar la manera en que se pueda combatir el racismo. No hay otra ley como esa en todo este hemisferio. No es perfecta, pero es un inicio.

Mis actividades consisten en obrar a favor de su implementación, realizando workshops con los profesores y conduciendo seminarios para estudiantes. O sea, que me paso el tiempo dictando conferencias en las universidades y trabajando con los movimientos negros brasileños. El tiempo restante, me lo paso escribiendo los libros que aún están en mi cabeza. Mi recién publicado Pichón: raza y revolución en Cuba, es el primer libro de una trilogía autobiográfica.

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MCP - Por una extraña coincidencia, a un activista y exiliado se le suele preguntar por sus momentos más dolorosos, por sus añoranzas… Yo le pregunto por su momento más intenso, más feliz.

CM - ¿El momento más intenso y feliz de mi vida? Sin ninguna duda, fue el período de 1974 a 1980, cuando viví en África. En Nigeria primero y después en Senegal. Allí me vinculé estrechamente con el científico Cheikh Anta Diop, gran amigo, aliado y mentor. Creo que fue él quien más impacto mi vida intelectual. Pero aquel que me abrió de par en par las puertas a la vida, a la música y al disfrute de las cosas sencillas, fue indudablemente mi amigo, Fela Kuti, el mayor y más irreverente rebelde de África. Me fascinó a tal punto que terminé escribiendo su biografía, This Bitch of a Life (Esta Puta Vida), que acaba de ser reeditada en Estados Unidos en 2009.

África fue el punto culminante de mi vida, el ápice de la felicidad. Allí vi crecer a mi hijo, hablando el Wolof, la lengua dominante de Senegal; jugando en las calles, feliz, como cualquier otro muchachito africano. Todo ese período de mi exilio, en Francia y en África, lo pasé al lado de mi primera esposa —negra estadounidense— ¡una tremenda mujer! Pero después de 18 años juntos, el peso del exilio, etcétera, derrumbó nuestro matrimonio. Me fui a vivir a Guadalupe y, diez años después, me volví a casar; esta vez con una guadalupeña.

En los dos matrimonies tuve suerte, puesto que me casé con mujeres muy generosas, inteligentes e íntegras. Sin ellas, dudo que hubiera podido sobrevivir a la prueba a la que me sometió el régimen cubano. Con mi primera esposa tuve mi único hijo biológico. Mi segunda compañera ya tenía dos hijitos pequeños, que yo ayude a criar. Y luego, al mudarme para Brasil, adopté a una brasileña de familia paupérrima, que vivía en una favela pero quería estudiar. Chico, yo hice con ella exactamente lo que se hizo conmigo; le di una oportunidad. Hoy, es estudiante de Sociología en la universidad.

MCP - Para muchos es un asunto de lealtad afirmar que les gustaría vivir sus últimos años en Cuba. ¿Sucede lo mismo con Carlos Moore?


CM
- No particularmente. Me siento bien dondequiera que esté. Los escudos e himnos, las banderas, ni me conmueven ni me interesan. Y lucho por abolir las fronteras entre países y todas aquellas que separen a los seres humanos. Las personas son básicamente las mismas en todas partes, y los problemas también. En Brasil, lucho por, y contra, las mismas cosas que luché en Cuba.

Claro que me gustaría vivir algunos años más para producir un poquito más, pero eso no es tan importante. Morir hoy o mañana, ya sea en Cuba, Jamaica, África o Brasil, no me parece lo más importante. Siento que, fundamentalmente, ya di mi contribución, y no sólo en términos del país en que nací, sino en todos aquellos países en que me tocó vivir. Me siento muy afortunado de haber vivido.

Fonte:
© cubaencuentro.com
Carlos Moore. (drcarlosmoore.com)


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Li esta esclarecedora entrevista com meu Mestre querido, Carlos Moore, e gostaria de compartilhar com vocês, pois ela traz, efetivamente, uma face muito humana deste grande ativista que a vida cuidou de aproximar de nossa casa, trazendo mais qualidade à vida de minha grande família.

*A foto de Carlos Moore é do grafiteiro Neuro - feita para o Zine NaLata - Especial James Brown em 2007

Nelson Maca
Exu Encruzilhador de Caminhos Consequentes

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

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Sarau Bem Black volta a agitar Pelourinho

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Recital poético celebra o mês da consciência negra nas quartas de novembro no Sankofa African Bar


Depois de uma etapa experimental, o Sarau Bem Black – Palavras Faladas da Blackitude retoma atividades nesta quarta-feira (04/11), no Sankofa African Bar (Pelourinho). E volta com o mesmo espírito, abrindo espaço para divulgação da poesia divergente, feita e consumida fora dos ambientes dos saraus tradicionais, e flertando com outras vertentes da arte negra como a música, o teatro e o cinema. Em novembro, o evento junta-se à programação da cidade que celebra o Mês da Consciência Negra.

Realizado pelo Coletivo Blackitude – Vozes Negras da Bahia, o Sarau Bem Black é apresentado pelo poeta e professor de literatura Nelson Maca, em dueto com a cantora Negra Íris, do grupo RBF – Rapaziada da Baixa Fria. Antes, durante e após as apresentações, o DJ residente Joe comanda o diálogo musical com artistas da black music nacional e internacional. Nesta edição, o homenageado é o cantor e compositor Gilberto Gil.

A programação começa às 18h, com a exibição do documentário A negação do Brasil, de Joel Zito Araújo, sobre a presença negra nas telenovelas brasileiras. Em clima descontraído, o Sarau prossegue com muita poesia, colagens musicais e participações dos rappers Lázaro Erê e Rone Dundun, da banda Opanijé, que sempre abrem o recital com uma saudação a Exu, seguido do momento denominado Erês com as poetas mirins Luiza Gata e Lucinha Black Power, e do cantor Robson Véio (Lumpen). A segunda parte é reservada para os poetas da platéia, que se inscrevem e recitam poemas seus ou dos autores favoritos. Nas quatro edições iniciais - entre setembro e outubro – foi um dos momentos mais aguardados e revelou boas surpresas.

Inspirado do Sarau da Cooperifa – que há sete anos reúne centenas de pessoas, todas as quartas, na periferia paulistana – o Sarau Bem Black já contou com participações especiais como o rapper GOG (Brasília) e os baianos José Carlos Limeira, Jocélia Fonseca, Landê Onawlê, Hamilton Borges, Iara Nascimento e Giovane Sobrevivente. Os próximos encontros serão nos dias 11 e 25 de novembro. No dia 18 está programada uma edição especial na UNEB – Cabula.

Outras informações e programação completa no blog saraubemblack.blogspot.com.


SERVIÇO


Evento: Sarau Bem Black – Palavras Faladas da Blackitude
Quando: quartas-feiras (04/11, 30/09, 07/10 e 14/10), 20h30
Onde: Sankofa African Bar (Rua Frei Vicente, 7, Pelourinho)
Ingressos: Grátis


PROGRAMAÇÂO

18h: Documentário
A negação do Brasil (Joel Zito Araújo)

20h: Poesia: Nelson Maca e Negra Íris.
Participação: Lucinha Black Power, Luiza Gata, Lázaro Erê, Rone Dundun e Robson Véio

21h: Microfones abertos aos poetas da platéia

22h: DJ Joe toca Gilberto Gil

*Haverá distribuição gratuita do Jornal Boeltim do Kaos n.7, mês de outubro



ANFITRIÕES


NELSON MACA

Articulador do Coletivo Blackitude: Vozes Negras da Bahia, é poeta e professor de Literatura Brasileira da UCSal. Tem previsto, para novembro de 2009, o lançamento de seu primeiro livro de poemas: Gramática da Ira. Está em processo de gravação de um cd de poesia com lançamento previsto para 2010, que contará com participações do rapper GOG (Brasília), do poeta Sergio Vaz (São Paulo), da atriz Vera Lopes (Porto Alegre) e do percussionista Jorjão Bafafé (Bloco Afro Okanbi)_ que assina as percussões do disco, entre outros.

NEGRA ÍRIS

Componente do coletivo Blackitude, é cantora do grupo de rap RBF – Rapaziada da Baixa Fria, do Cabula. Vencedor de edital de cultura digital da SECULT-BA-2008, o grupo lança em novembro próximo “Reação Sankofa” - um conjunto de faixas disponibilizadas gratuitamente na internet. Negra Íris é estudante do curso de Artes Plásticas da UFBA e atua com arte-educadora. Como cantora e declamadora, forma parceria com Nelson Maca em recitais e também no cd a ser lançado em 2010.

DJ JOE

Morador do Cabula, DJ Joe é um dos principais articuladores do coletivo Blackitude. Ex-integrante do grupo RBF – Rapaziada da Baixa Fria, tem desenvolvido projetos em sua comunidade, envolvendo os quarto elementos da cultura hip hop, assumindo pessoalmente o comando dos pick ups. Atua como dj residente dos eventos e parcerias da Blackitude,

SANKOFA AFRICAN BAR

Bebidas e comidas; música de qualidade com programação diversificada, filmes, clipes e documentário retratando o continente africano. Tudo isso acontece no Sankofa African Bar e Restaurante. Continente de grande diversidade cultural, a África é fortemente ligada à cultura brasileira. Comandado pelo DJ ganense Sankofa, o espaço quer partilhar com os baianos um pouco dessa cultura envolvente. Sankofa é um símbolo gráfico de origem Akan, tribo da África ocidental, sobretudo de Gana e Costa do Marfim. A palavra tem uma conotação simbólica no sentido da recuperação e valorização das referências culturais africanas. Sankofa significa “nunca é tarde para voltar e apanhar aquilo que ficou atrás”, ou seja, voltar às suas raízes e construir sobre elas, o progresso e a prosperidade.

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Brasília vai ficar Preta!

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Festival Cara e Cultura Negra

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Nesta quarta-feira, 04 de novembro, o Teatro Nacional Claudio Santoro receberá mais uma vez o Festival de Cultura Afro Brasileira Cara e Cultura Negra.

Em sua V edição, Cara e Cultura Negra incorporou de vez sua característica de itinerância. Com as exposições e palestras realizadas em diversas escolas do Distrito Federal ao longo do segundo semestre de 2009, o festival ganhou mais corpo como programa de ações anuais e agora chega ao Teatro Nacional Claudio Santoro com a exposição NOS CAMINHOS DE ZUMBI, totalmente aberta ao público.

Mas não é só exposição. Quem conhece o festival sabe bem: fotografia, vídeos, multimídia, teatro, dança, música e capacitação.

Na quarta-feira, 04/11, a abertura das apresentações culturais ficará por conta do Bando de Teatro Olodum, diretamente da Bahia.

No dia 05 começa o Fórum Nacional Conexões AFRICABRASIL que trará importantes discussões como Ações Afirmativas, Políticas Culturais e Saúde da População Negra, com a participação de Nei Lopes (RJ), Nelson Maca (BA), Gabriel Omar Alvarez (apresentando o estudo Tradições Negras, Políticas Brancas), o rapper GOG, Murilo Chaves (Unb), Lia Maria e Mãe Baiana, entre outros.

Dia 20 o encerramento será na Praça Zumbi dos Palmares com apresentações musicais de Ellen Oléria, Luciana Oliveira, Pegada Black e Sandra de Sá.

Toda a programação do Festival Cara e Cultura Negra é gratuita.

Para assistir ao espetáculo Áfricas do Bando de Teatro Olodum, basta retirar, gratuitamente, os ingressos na bilheteria do Teatro Nacional Claudio Santoro no dia 03 de novembro das 12h às 20h e, no dia 04, das 12h às 17h. Ingressos limitados! A apresentação será às 21h na Sala Villa Lobos.

Mais informações: Jaqueline Fernandes
caraeculturanegra@gmail.com
grioproducoes@gmail.com
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Griô Produções
valores que agregam produção
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Nelson Maca + GOG = Confederação do Nagôs

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Participo do Festival Cara e Cultura Negra em Brasília esta semana.

Depois de estar com Sérgio Vaz e Alessandro Buzo na II Mostra Cultural da Cooperifa em São Paulo no mês passado, chega a hora de sentar - lado a lado com o Irmão GOG - numa mesa sobre políticas culturais no DF. A corrente se solidifica a cada dia... e amplia, pois o contato com o Guti Fraga, do Nós do Morro - Rio de Janeitro, por exemplo segue por este mesmo caminho de solidariedade crítica. Já estamos trançando os projetos! Entre tantos outros...

Lá na capital federal, Vai ser bacana, eu sei, pois quem me chamou foi a Jaqueline da Griot Produções, e isso já me deixa aliviado quanto a pegada do evento. É uma honra esse reconhecimento que a Blackitude vem recebendo para além das cercanias da Bahia Preta. Espero merecer esse reconhecimento ao nosso trampo e representar por lá a Bahia que nos cabe.

Nelson Maca - Blackitude.Ba
Exu Encruzilhador de Caminhos Consequentes

Foto 1: Meu amigo Jorge Washington em apresentação de Áfricas do Bando de Teatro Olodum
Foto2: Eu e GOG em debate promovido pela Blackitude em Savador - na Zauber.

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